Capítulo Trinta e Um

60 6 3
                                    


— Você ficou maluca?

Frederico não gostou nada da ideia. Sarah também sabia que Branca havia oferecido à Micael, as duas chegaram em uma conclusão.

— Vai ser melhor para todos nós, Fred! — Sarah tocou o ombro de Frederico. — Imagine se alguém descobre. Imagine se... Djah...

— Cruzes, não! — Frederico balançou a cabeça. — Isso jamais pode cair na boca dele.

— Por isso mesmo. — Sarah o encarou. — Pelo menos Sophia pode cuidar muito bem do bebê, ela adora crianças.

Frederico não havia pensado nesse lado.

— É o único vestígio de filhos que ela vai ter. — Ele soltou, rindo sarcástico em seguida.

— Como? — Sarah não entendeu.

— Não seja tola, você ainda não percebeu? Micael não quer ter filhos. Ele é veado demais para esse assunto.

Sarah se surpreendeu. Nunca havia descoberto esse lado.

— Quem disse isso à você?

— Eu sou primo dele, ele conta tudo da vida dele para mim. — Frederico riu leve. — Micael ainda é criança! O negócio dele é putas, vida mansa e bebidas. Ele não quer nenhuma responsabilidade.

— E Sophia sabe disso?

— Óbvio que sim. — Os dois se encararam. — Acontece que uma hora ele vai ser pressionado, não tem como fugir.

— Meu Deus. — Sarah realmente não sabia. — A Sophia deve estar péssima!

— Ela sobrevive. — Frederico saiu andando.

— O que quis dizer com isso, Fred? Eu não gosto quando você se refere a minha irmã, desse jeito.

Ele voltou, segurando firme no braço de Sarah, a machucando.

— Sua irmã é uma mimada de merda que só quer mandar em Borgerith. — Cerrou os dentes. — Esse baile anual nunca me convenceu. É claro que sua mãe precisava do dinheiro para se manter. Vocês venderam Sophia como uma barra de ouro!

— MENTIRA. — Sarah gritou. — Sophia casou-se com Micael porque acreditavam no amor. Eu acho. — Ela também se confundia.

— Amor? Que amor? — Frederico riu com sarcasmo. — Micael nunca gostou dela! Foi um casamento forjado para que sua mãe não passasse fome com vocês. — Largou o braço de Sarah.

A menina queria chorar diante das ofensas. Recolheu o corpo ao ver Frederico montar em seu cavalo, preparando-se para voltar. A noite começava a cair.

— Voltarei na semana que vem. — Avisou.

Ela não disse nada, estava magoada pelas palavras ditas.

No reino, a paz reinava. Sem crianças, sem nenhuma música clássica, sem Jorge reclamando. Apenas Micael com duas opções: ter um filho com Sophia, ou, aceitar o filho de Sarah como se fosse seu.

As duas opções eram péssimas à ele. Como iria aceitar aquilo tão fácil? Estava quase morrendo por dentro.

Pensou enquanto jantava, pensou enquanto se banhava e pensou enquanto atravessava o imenso corredor, indo até o seu aposento. Abriu a porta, revelando Sophia, sentada na ponta da cama. A mesma passava uma loção pós-banho, muito cheirosa por sinal.

— Você já pensou? — Cutucou Micael, sem ao mesmo olhar para ele.

— Eu também tenho tempo para a resposta? — Foi irônico.

— Claro! A barriga de Sarah irá crescer. — Massageou suas pernas, circulando sua coxa. Micael sentou na poltrona, em frente à esposa. Assistiu a mesma. — Ou você pensa na primeira opção? — Encarou o marido.

— A primeira opção foi deletada da minha cabeça, querida. — Lhe fuzilou com o olhar. — Estou pensando em como vamos criar o bebê de Sarah, em meio à tantos urubus.

— Chama o seu povo de urubu? — Sophia segurou o riso. — Não faça assim! No fundo você está muito preocupado.

Ela dizia em tom de sarcasmo, pois sabia que Micael estava muito perdido com seus pensamentos.

Sophia deixou a loção de lado, usava um robe transparente, onde Micael podia ver tudo de seu corpo, agora, macio e cheiroso pelo produto. Ela levantou-se, retirando a veste, ficando nua em frente ao marido. Sentou-se na cama, deitando, o provocando para que ele perdesse completamente o sentido.

— Não gosto de ver você pensar. — Ela soltou, passando a mão em todo seu corpo.

— Demônio. — Observou a esposa, se segurando ao máximo.

— Não fale assim! Você é muito sortudo de ter um demônio como esse. — Dedilhou os mamilos, que agora, ficaram pontudos.

— Por que faz isso? — Micael apertou os olhos. Queria tanto ela! — Eu jamais quero transar com putas novamente. Eu... Não quero mais ouvir essa palavra. Eu não sei o que são... Putas. — Não sabia o que estava dizendo. Estava vidrado no corpo de Sophia.

Ela sorriu, parecia estar perturbada pelo tesão. Levantou-se novamente, caminhando até Micael, que ainda ficava em transe ao ver a esposa daquele jeito. Foi rápida ao sentar no colo do marido, que ainda estava vestido.

— Me diga uma coisa. — Passou a mão no pescoço de Micael, segurando. — É quente? — Sussurrou em seu ouvido.

Ele fechou os olhos. Já estava mais do que duro.

— É quente, querido? — Mordiscou seu lóbulo. — Eu queria tanto sentir, se é quente. — Sussurrou.

— Sim, é quente. É muito... Quente. — Ele apertou o traseiro de Sophia, ainda de olhos fechados.

— E quando sai é grosso? Muito líquido? Que cor tem? — Sophia beijou o canto de sua boca, o seduzindo mais ainda.

Micael não estava se aguentando, ali, sentado naquela poltrona. Segurou o cabelo de Sophia, lhe fazendo encarar.

— Onde você quer chegar com isso?

— Eu quero você. — Dedilhou o rosto do marido. — Por favor, Micael. Eu só quero isso! — Disse baixinho, fechando os olhos. — Por favor.

Micael sentiu seu coração se quebrar ao analisar o rosto da esposa, em quase suplico. As sobrancelhas franzidas e a vontade repentina de chorar. Ele foi ágil ao retirar sua veste, com a ajuda de Sophia.

Beijou a esposa com gana, trilhando seu ombro com centenas de beijos. Sentiu Sophia tão entregue à ele, que seu corpo estava mais quente do que nunca.

Foi rápido ao segurar seu membro, bastante duro, para que Sophia se encaixasse. Ela teve medo no começo, mas se acostumou, deixando seu corpo fazer o que deveria ser feito. Apoiou-se no pescoço do marido, subindo e descendo calmamente, sentindo o grosso de seu membro lhe preencher por inteiro.

Para Micael? Uma maravilha! Ele amava o jeito que Sophia se entregava, como era inocente e tinha tudo que aprender ainda. Ela foi feita especialmente à ele.

Sophia gemeu, logo após de arfar enquanto revirava os olhos. Apertou o ombro forte de Micael, sentindo seu orgasmo vir. Concentrou-se no que viria, colando seu corpo mais próximo do marido.

Micael apertou os olhos, passou o dedo, tendo que pensar rápido. Era como se fosse uma corrida contra o tempo, estava passando mal. Pela primeira vez, Sophia presenciou algo jamais visto por ela.

Ele apertou o lado da poltrona, achando uma maneira de se segurar. Revirou o olho quando soltou um gemido másculo, de alívio. Ela o abraçou, sorrindo. Sentiu o quente invadir sua intimidade, que pulsava a cada gotícula adentrada. Sabia que Micael estava gozando, agora, dentro de si.

Ele terminou, por fim. E Sophia, nunca havia ficado tão feliz na vida.

Ele aceitou a primeira opção, depois de tanto pensar.

Xeque-Mate Para o Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora