Capítulo Quinze

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— Graças a Deus eu casei com alguém que sabe cozinhar.

Micael deu a última garfada em sua refeição. Estava satisfeito! Sophia sabia cozinhar, o que lhe deixou mais feliz ainda.

— Não se acostume, é por uma semana. — Parou de comer.

— Não vou mentir, estou sentindo falta da comida de Gertrudes. — Lembrou-se.

— Ela é como se fosse sua mãe, não é mesmo? — Sophia corou ao perguntar.

E Micael ficou sério, em outra expressão. Não gostava de saber que os outros pensavam isso. Gertrudes lhe ajudou bastante, mas não seria igual sua mãe.

— Ela só uma grande ajudante na família.

— Desculpa. — Pousou as mãos na nuca. — Eu só queria saber...

— Da minha mãe? Ela morreu, fim. — Soltou, ácido. — Igual ao seu pai.

— Desculpa mesmo, eu não queria tocar nesse assunto. — Corou novamente. — Bom, acho que vou me banhar e depois me deitar. — Sophia deu impulso, saindo da mesa de jantar.

Micael observou.

— Está tudo bem? — Foi cauteloso.

— Sim. Só estou cansada da viagem. — E estava mesmo. Não havia pegado no sono, o oposto de Micael. — Boas noites!

— Eu lavo a louça! — Sorriu leve. — Boas noites. Até daqui à pouco.

Sophia deu outro sorriso leve, subiu as escadas e saiu das vistas de Micael, que ficou por algum tempo lá em baixo.

Lavou a louça, as secou e por fim, deu uma última ronda onde estavam, fechando tudo para ir dormir. Subiu as escadas depois de apagar as luzes.

Banhou-se em outro toalete. Estava cansado, acabado. Sentiu-se como Sophia, que só queria dormir.

Vestiu um roupão felpudo, andando até o aposento onde a esposa estava, já de banho tomado e com vestimentas de dormir. Sophia lia um livro, atenta. Assustou quando presenciou Micael, de roupão.

— Pensei que estivesse dormindo. — Abriu sua mala.

— Estava lendo. — Explicou.

Micael desfez o laço do roupão, retirando. Ficou nu tão rápido que Sophia não teve tempo de ter alguma reação. Acabou vendo sua nádega, perfeitamente redondinha. Deitou-se rápida, encarando o teto.

— Sabe. — Soltou, ainda encarando o teto. — Você precisa ter o hábito de se trocar no toalete.

Micael tinha um calção de dormir no corpo. Respeitou Sophia, já que geralmente dormia nu.

— Você jura? — Debochou. — Me desculpe! Foi só dessa vez. — Riu sarcástico, afofando os travesseiros, pousando sua cabeça em seguida.

Ficou observando Sophia, que desistiu de ler o seu livro. Deixou ao lado, apagando a luz do abajur e por fim, ajustando-se para dormir.

Virou-se de costas à Micael, tentando pegar no sono o mais rápido possível. Diferente dele, que estava sem sono.

Ela cochilou, o mais necessário possível. Porém, seu sonho foi tão esquisito e erótico, que não parecia Sophia. Parecia que estava fora de si.

Lembrou-se do beijo de Micael, sentiu calor no corpo, arrepios. Parecia até que seu corpo fazia os próprios movimentos, sem ela ter controle. Um calor absurdo, que lhe entreabriu os lábios enquanto estava dormindo.

Quando acordou, estava assustada. Não era um pesadelo, era um outro tipo de sonho.
Um sonho realista, cheio de desejo.

Tinha gotículas de suor na testa, virou-se para ver Micael, que fingia estar dormindo. Presenciou todo o sonho de Sophia e decidiu ficar quieto, lhe enganando.

Ela acreditou, virando novamente, dessa vez, encarando o teto. Dedilhou as coxas até subir o tecido leve da camisola, tocando sua intimidade, já que também estava nua por debaixo da camisola.

Fechou os olhos e deixou que seus dedos lhe levassem. Não tinha o hábito de fazer aquilo, mas naquele momento, precisou. Seu corpo pediu, foi um sinal.

Sophia não introduzia os dedos, para ela, ainda doía. Ficava somente no clítoris, massageando. Foi maravilhoso quando descobriu essa mágica, não precisava sofrer para se divertir.

E naquele momento, ela estava se divertindo. Lembrou do beijo mais uma vez e se assustou quando outro dedo lhe ajudou. Ela saiu do transe rápido, arregalando os olhos.

— Eu não estou aqui. É só fingir que eu não estou aqui. — Micael sussurrou, ficando mais próximo à ela.

Estava a tocando, mesmo não vendo nada. Ela corou mas deixou, seus dedos sabiam o que estavam fazendo, ela percebeu isso.
O toque de Micael era o mais suave possível, os movimentos rápidos não cansaram Sophia, ele teve cautela naquele momento, sabendo que ela ainda era virgem.

Sorriu tentado quando alisou o corpo de Sophia, com a outra mão. Apalpou os seios da esposa, por cima da camisola, o que lhe fez ir ao céu. Prendeu de leve os mamilos da menina, entre os dedos, fazendo Sophia soltar um gemido manhoso. Ela se assustou.

Micael continuou, circulando seu indicador no clítoris de Sophia, até a mesma chegar em seu ápice, que não demorou. Pela primeira vez, Sophia soltou outro gemido com gosto, avisando seu orgasmo.

Relaxou a cabeça no travesseiro, ainda em órbita. O coração pulsava duas vezes mais rápido. Micael retirou sua mão de lá, puxando Sophia pelo quadril, até se juntar com seu corpo.

Ela sentiu algo bastante duro entre sua barriga. Abriu os lábios, se impressionando.

— Seja minha. — Micael sussurrou, tentado por Sophia. — Por favor.

O silêncio tomou conta. Ela queria, mas tinha medo.

— Eu... — Não sabia o que dizer. — Vai doer!

— Eu prometo que não. — Passou tranquilidade à ela.

Sophia engoliu seco, uma dúvida cruel. Sorriu após tocar o rosto de Micael, ainda pensando. Os olhos se entreolhando de segundo à segundo. Ele entendeu quando não obteve resposta. Beijou o topo da cabeça de Sophia, se acomodando para dormir.

Jurou que iria respeitá-la. Pelo visto, não estava dando muito certo.

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