Capítulo -3- Mudança.

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Naquele dia, papai fez questão de ir até o centro da cidade me comprar roupas novas, desta vez eu fui agarrada em seu braço olhando para todos os lados e a atendente da loja, me olhou como se eu estivesse com chifres na cabeça por estar agarrada n...

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Naquele dia, papai fez questão de ir até o centro da cidade me comprar roupas novas, desta vez eu fui agarrada em seu braço olhando para todos os lados e a atendente da loja, me olhou como se eu estivesse com chifres na cabeça por estar agarrada no braço do meu pai e piorou a situação quando eu chamei para mostrar um tênis que queria. 

Realmente já estava acostumada com os olhares, sinceramente não importava com isso e não ligava se as pessoas pudessem pensar o que fossem de mim, mas ir para a faculdade e ter a experiência própria com outras pessoas era diferente, meus estudos todos foram feitos dentro do convento e eu não queria ter contato com nenhuma outra pessoa porque sabia que não iria gostar, sou uma pessoa antissocial por natureza. 

Eu entendo e sei que meu pai está fazendo tudo isso para que eu possa aprender como é a vivência entre as pessoas fora do convento, ele quer que eu viva para não escolher ficar dentro como irmã Milena, tudo isso para que eu não seja uma mulher amargurada na vida por querer casar e ter filhos no futuro. 

Nunca nem passou pela minha cabeça que um dia eu poderia me casar assim como nunca passou pela minha cabeça que eu iria dar o meu primeiro beijo como criminoso que poderia ser procurado pela polícia, só de lembrar que ele havia me usado naquele dia para fugir da polícia me enche de raiva e frustração, como ele usa fazer algo assim? 

Inconscientemente eu levantei a mão colocando sobre o rosto onde ele havia deixado o beijo como se tivesse se despedindo de mim, neguei com a cabeça porque não poderia pensar em coisas assim, era pecado e eu não queria fazer coisas ruins ou pensar no pecado carnal. 

Logo após tudo isso, meu pai me levou até a faculdade onde me registrou para fazer direito em sua ideia eu poderia ser uma grande advogada e viver salvando as pessoas da cadeia, o que basicamente eu não vou fazer, pois sei como é ridículo tudo isso. 

O diretor ficou muito feliz com a visita do padre e meu pai, parecia radiante observando cada detalhe da faculdade e até mesmo a forma em que eu andava pelo corredor olhando para tudo, era estranho estava vazia para a minha felicidade e ainda assim me sentia estranha nesse lugar, era espécie de um pressentimento ruim. 

Papai arrumou as minhas coisas e me levou de volta para o momento depois da reunião com o diretor da faculdade ao qual nem mesmo me lembro o nome, estava ansiosa demais observando tudo ao meu redor como se estivesse sendo jogado em um mundo diferente. 

Tomei um banho e ajeitei a roupa e meu corpo, a hora de dormir veio rápida e as outras irmãs vieram se despedir de mim como se eu estivesse indo embora para sempre, Mary até mesmo chorou dizendo que estava orgulhosa de mim enquanto eu ainda estava parada que nenhuma estátua tentando entender o que estava acontecendo. 

Nos finais de semana eu poderia estar aqui, não sou louca de ir para qualquer outro lugar porque sei que aquele cara ou qualquer outro criminoso pode querer abusar de mim de novo. 

Na manhã seguinte acordei com meu pai entrando no quarto e abrindo as janelas, claro que eu não dividi o teu quarto com ninguém porque a minha casa ficava separada das outras irmãs, eu morava em um prédio diferente já que eu morava com meu pai que fazia questão de me acordar todos os dias de manhã. 

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