Capítulo 2

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Saio do escritório e vou até Andrea.

— Vamos? — ela sorri ao me ver.

— Sim senhor Gr...er....Christian. — sorrio. Saio com ela da GEH e vou até meu carro. Abro a porta para Andrea entrar, ela olha para mim e depois para o carro. — Er...obrigada. — entra e eu fecho a porta.

Chego em um restaurante e abro a porta para ela, que sai e me fita. Seu rosto está ruborizado.

— Não precisa abrir a porta para mim.

— Eu quero abrir. Não posso? — ela arregala os olhos. Será que assusto tanto meus funcionários dessa forma?

— Er...Pode. — dou um sorriso, tentando ser mais descontraído.

— Ótimo. — a porta do restaurante pra ela, que entra.

Sentamos em uma mesa que eu tinha reservado pra mim. Fico observando-a. Ela parece meio sem graça.

— O que foi?

— Er...nada...é que...

— O que?

— É meio chique só para um almoço com a sua secretária.

— A comida daqui é boa. — ela me fita por uns segundos.

— Tenho certeza que sim. — meu telefone toca e Andrea desvia o olhar. Atendo sem verificar a identificação.

— Grey.

— Christian, sou eu.

— Eu quem? — estou distraído olhando Andrea. Nunca tinha reparado em como ela é linda.

— Ana.

— Ah...oi querida.

— Oi, onde você está?

— Almoçando.

— Ah...

— Por que está ligando?

— Eu queria saber se podemos sair pra jantar. Só nós dois.

— Mas e as crianças?

— Vão para a casa da sua mãe.

— Ok. A que horas te pego senhora Grey? — digo, fazendo uma voz formal.

— Às 20h senhor Grey. — ela responde no mesmo tom, não consigo conter um sorriso.

-Ok. Até baby. — desligo e volto a olhar Andrea. O garçom vem até nós.

— Já sabem o que vão pedir?

— O que você vai querer? — pergunto.

— O que você quiser.

— Mesmo? — concorda com a cabeça.

Peço a comida e ela me olha com um sorriso nos lábios.

— O que foi? — pergunto sorrindo também.

— Nada, é que o senhor é lindo. — ela diz mas em seguida ruboriza, parecendo arrependida de ter dito isso.

— Você também é linda Andrea. Muito linda. — digo e ela fica mais vermelha ainda.

— Obrigada senhor Grey, mas eu discordo.

— Já disse para me chamar de Christian. Por que discorda? Não se acha linda?

— Eu não sou linda Christian. — ela respira fundo.

— É sim. Deve atrair muitos homens. — fico olhando os detalhes de seu rosto. Ela é perfeita. Não sei como nunca tinha reparado isso. Ela é bem diferente do que eu imaginava. Ela tem um perfil de submissa? Isso é o que eu vou descobrir.

— Muito pelo contrário. — O que? Ela só pode estar brincando.

— Eu duvido.

— Não duvide. Posso te dar uma lista de homens que convivem comigo e não mostraram interesse.

— Me diga um.

— Você. — me inclino para frente, colocando os braços na mesa.

— Eu estou interessado. — digo, olhando no fundo de seus olhos.

— O que?

— Sim, estou interessado.

— Mas o senhor é casado.

— Eu quero te conhecer melhor.

– Mas Christian...

— Por favor. — respira fundo e fica em silêncio por alguns segundos.

— Tudo bem... — ela diz por fim.

São 19h horas e eu saio do escritório. Olho Andrea e me dirijo até ela, enquanto arruma suas coisas.

— Já acabou tudo?

— Sim.

— Como você vai pra casa?

— Geralmente no meu carro. Mas hoje eu emprestei para o meu irmão. Ele vai levar uma garota para jantar.

— Então vem. Eu te levo.

— Não precisa. Eu vou pegar um táxi.

— Nada disso. Venha.

— Sério. Não precisa senhor Grey.

—Venha logo Andrea. — ela revira os olhos pensando que eu não vi. Que vontade de dar umas palmadas nela agora. Para com isso Christian! Ela pega seu blazer e vai para o elevador. Entro com ela e aperto o botão da garagem.

Ela está olhando para frente. Sinto sua respiração mudar. Ela morde o lábio. Porra. Ela não devia ter feito isso. Vou para a frente dela e a beijo encostando-a na parede.

Cinquenta Tons de Traição Onde histórias criam vida. Descubra agora