𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐎𝐑𝐓𝐘-𝐓𝐇𝐑𝐄𝐄

764 53 7
                                    

𝐁𝐄𝐋𝐋𝐀 não se lembra da última vez que sentiu tanta raiva assim. O sangue ferve dentro de si e de repente tudo o que você enxerga é vermelho. Você quer expulsar esse ódio, essa frustração e acaba fazendo isso do pior jeito possível.

E Bella percebe que a mesma fez do pior jeito possível, quando se perde no tanto de sangue que reside em suas mãos, após vários socos depositados no rosto de Elizabeth.

— CORRE, BELLA, A POLÍC...Puta merda..— Theo para imediatamente ao ver a situação da garota. Os dois se encaram com medo. Theo, sabendo que não tem tempo para isso agora, apenas puxa Bella e corre com ela para fora da festa.

— Eu fiz muita merda, Theo! — A morena grita, enquanto corre.

— Não fez não. Relaxa, a gente dá um jeito nisso. — O garoto responde na mesma intensidade.

Enquanto Isabella corre, ela sente um medo massivo e assustador a dominar por inteiro, como se estivesse a comendo viva. E é tão apavorante que ela começa a tremer. Uma falta de ar, junto de uma dor avassaladora no peito a atinge e ela não sabe o que fazer para isso parar. Vários cenários negativos de como poderá ser seu futuro sendo projetado no fundo de sua mente, a apavorando mais ainda. Será que ela matou a Elizabeth!?

— O que está fazendo!? Continua correndo! — Theo grita e só então ela percebe que parou de correr.

— Eu.. E-eu..— A morena não está conseguindo nem terminar uma frase. Ela engole em seco, pressionando seu peito delicadamente.

— Isa, olha para mim..— O menino pede, aproximando-se dela, que o fita desesperada. Um pedido de ajuda sufocado em sua garganta. — Tenta focar na sua respiração, okay? Consegue controlar ela para mim?

Aos poucos, Bella se concentra num exercício de respiração, tentando não pensar em mais nada, o que foi difícil. Uma lágrima solitária escorre por sua bochecha.

— Isso, muito bem. Muito bem, Bella. Eu estou aqui e vou dar um jeito nisso, tá? — O garoto garante, preocupado com o estado da irmã.

— E-eu quero ir pra casa. — Ela fala entre soluços. Theo assente e eles mudam a rota, indo para a casa da menina.

Ao chegarem, os pais dela obviamente preocupados, iniciaram um questionário. Mas Bella não respondeu nada, apenas andou lentamente até o banheiro mais próximo.

— O que houve com ela? — Sua mãe pergunta, preocupada.

— Olá, eu sou um amigo dela. A trouxe pra casa porque ela passou mal no meio da festa. — Disse Theo, com medo de que eles o reconhecessem.

Os adultos olharam para ele, e logo depois, se entreolharam. Theo engole em seco.

— Qual é o seu nome? — O pai perguntou, compartilhando o mesmo pensamento que a mulher ao seu lado.

No mesmo instante, Bella sai do banheiro, fungando. Os três direcionam a atenção à ela.

— Precisa de alguma coisa, querida?

— Não, eu só estou com dor de cabeça. — Bella resmunga num fio de voz, com a testa franzida.

— O remédio está lá na gaveta da escrivaninha do meu quarto, querida. Pega lá, por favor. — A mulher fala, com um pequeno e forçado sorriso no rosto.

A garota anda lentamente até o quarto dos pais, sentando-se na cama e esgueirando seu corpo para alcançar a gaveta. Ao abrir, se depara com carteira, jóias, o remédio e bem lá no fundo, uma surpresa.

Enquanto isso, na sala de estar, os adultos fitam o jovem, esperando uma resposta.

— M-meu nome é Theo. — O garoto engole em seco pela milésima vez em uns cinco minutos, e desvia o olhar. — Theo Ross Gomez.

𝐓𝐇𝐄 𝐎𝐍𝐄 𝐓𝐇𝐀𝐓 𝐆𝐎𝐓 𝐀𝐖𝐀𝐘 | 𝐅𝐚𝐥𝐜𝐚𝐨 + 𝐘𝐨𝐮Onde histórias criam vida. Descubra agora