𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐄𝐋𝐄𝐕𝐄𝐍

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𝐓𝐑𝐄𝐒 𝐌𝐄𝐒𝐄𝐒 𝐃𝐄𝐏𝐎𝐈𝐒. Em fevereiro, para ser mais exata, Isabella acorda de seu coma.

Ela abre os olhos com tudo, assustada. Senta na cama, ofegante e suada, tentando entender o que está havendo ali. É noite e há vários buquês de flores, cartas, doces. Parecia até que ela havia morrido. ELA HAVIA MORRIDO!?

Bella se levantou rapidamente da cama, e foi se olhar no espelho do banheiro. Respirou fundo e relaxou os ombros, quando tirou sua conclusão. Não é um fantasma. Só está com uma aparência meio estranha por meio que ter dormido por três longos meses, mas ela ainda nem sabe disso. Para ela, foi só um looooongo dia.

Voltou para a cama lentamente e se sentou. E então, começou a reparar bem nas flores. Prendeu a respiração e foi até elas, alcançando uma carta. Olhou a data e arregalou os olhos, deixando a carta ir ao chão. Estamos em fevereiro de 2023!? E o ano novo!? E sua mãe, seus amigos!? E o torneio de karatê!? Quem ganhou? E a apresentação de ballet!? Foi cancelada!? Alguém a substituiu!?

Todas essas perguntas surgem e tomam conta da cabeça dela. Ela sente que precisa de uma resposta para todas elas agora, se não ela vai surtar.

E é nesse momento, que sua mãe adentra seu quarto e se assusta ao ver sua filha acordada. Ela começa a chorar de emoção e as duas se abraçam.

— Mãe, o que aconteceu? Por quê eu dormi por três meses!? E a apresentação de ballet!? E os meus amigos!? — Ela dispara, nervosa e ansiosa.

— Calma, Isabella. Se acalme. Sei que quer respostas, e eu vou te dar, mas preciso que fique calma. — A mãe diz e ela respira fundo, massageando a têmpora para não surtar.

— Bom, se lembra do dia que aconteceu praticamente a terceira guerra mundial na sua escola? — A mulher pergunta e Bella assente, rindo fraco. — Você e o Miguel se machucaram feio, os dois entrando em coma, mas Miguel acordou quatro semanas depois. Ele foi empurrado do terceiro andar e você bateu a cabeça no chão e perdeu muito sangue. O torneio de karatê foi cancelado e seus amigos não lutaram. Sua apresentação de ballet foi adiada. Está tudo bem, pode respirar agora. — Explicou a mãe, fazendo Bella rir aliviada.

— Por quê cancelaram o torneio? — Pergunta Bella, curiosa e preocupada. A mais velha suspira, desviando o olhar.

— Eu não sei como te contar isso, Bella, mas.. Depois do que aconteceu na escola, os pais não querem mais que seus filhos façam karatê. O torneio está suspenso do Vale. — Disse a mãe.

— Ah... Nossa...— Bella murmura, se sentindo mal pelos seus amigos que gostavam de lutar. E daí, ela lembrou. Seus amigos! — E meus amigos? Eles que deixaram isso pra mim? — Ela pergunta, depois de um tempo, olhando para as flores com as cartas.

Sua mãe sorri maliciosa, e Bella não entende.

— O quê? — Ela pergunta num sussurro, rindo confusa.

— Bom, os doces sim, foram seus amigos. Sam, Aisha, Demetri, Miguel, Melanie, Chris... Mas as flores e as cartas foram do Eli. — Sua mãe explica, com um sorrisinho cúmplice, o que faz Bella corar.

— O Eli? Por quê ele fez tudo isso? Não precisava. — Bella nem tentou esconder o sorriso bobo que foi crescendo há cada segundo e corou, enquanto desvia o olhar da mãe.

— Bella, se eu te contar, você nem acredita, filha. Ele passou a maior parte do tempo aqui, faltava as aulas de karatê pra vir, dormia aqui, ele estava esquecendo da vida lá fora. Então, eu tive que intervir e conversar com ele. No começo, ele não aceitou muito, mas depois ficou de boa. Agora ele só vem, quando seus amigos vem junto. Mas ele estava sendo muito mais do que só um melhor amigo preocupado. — A mãe conta, fazendo Bella corar ainda mais e começar a rir de nervoso.

𝐓𝐇𝐄 𝐎𝐍𝐄 𝐓𝐇𝐀𝐓 𝐆𝐎𝐓 𝐀𝐖𝐀𝐘 | 𝐅𝐚𝐥𝐜𝐚𝐨 + 𝐘𝐨𝐮Onde histórias criam vida. Descubra agora