Nem sempre o seu porto seguro é a sua família como dizem seu sangue até mosquito tem e no meu caso quando eu precisei de um porto seguro de apoio carinho e compreenção a minha família foram os primeiros a me darem as costas fui expulsa de casa porque julgam que a minha sexulidade é escolha que eu posso excolher gostar de mulher ou homem que não nasci assim que eu escolho ser assim, fui parar nas ruas vi e passei por coisas que não desejo a ninguém era matar ou morrer as pessoas são cruéis e não importa o que sempre vão pensar em si mesmos.
Vim parar na prisão um dos últimos lugares onde eu pensei que pisaria nessa minha vida, sem família, amigos, conhecidos nada tive que trabalhar com o que eu tinha para sobreviver ou seja o meu corpo e como em todos os lugares aqui não foi diferente sempre tem um querendo se aproveitar de você e foi na prisão que eu encontrei minha família.
Jeff, Zeus, Perreco e Cocaia fizeram por mim o que nem quem me colocou no mundo fez me deram dignidade e esperança de não precisar usar o meu corpo para sobreviver, são criminosos temidos não ouvi nada que não me desse medo deles quando entraram aqui, mas foram eles que me acolheram e me tiraram dessa vida de prostituição me deram uma oportunidade na vida do crime mas é melhor do que pegar uma doença indo para cama com um desconhecido por algumas notas.
Quando a advogada me disse que hoje eu estaria livre eu realmente custei acreditar depois que se é rejeitada por tantos de tantas maneiras jurei que eles iriam me esquecer aqui depois que saíram e ainda bem que eu estava errada tinha um cara me aguardando na porta do presídio e me disse que ele estava ali a mando do sub do morro da Maré, agora estou aqui dentro de um carro com um desconhecido indo para uma nova vida que eu sinto no fundo da minha alma que me trará muitas felicidades.
- Chegamos. O cara fala parando o carro em frente a uma barreira de caras armados não demora muito o carro é liberado subimos o morro e eu olho tudo com esperança de uma vida melhor, o carro para e quando eu olho para fora vejo as pessoas que se tornaram as pessoas mais importantes da minha vida em todo o mundo sou capaz de dar a minha vida por eles.
- Preparada para uma nova vida? Zeus fala assim que desço do carro abraço ele e o Jeff.
- Eu senti a falta de vocês. Eles sorriem.
- Também sentimos a sua falta Cristal. Olho para o Jeff e ele e Zeus riem. - Todo bandido precisa de um vulgo e o seu será Cristal.
- Eu gosto. Digo e eles me apresentam para o dono do morro e o gerente que são um escândalo de lindos meu cristalzinho até pisca, mas pela cara deles sei que são héteros não que eles me tratem mal ou me olhem feio mas está na cara.
- O Jeff vai mostrar a sua casa e você tira o dia para descansar hoje e amanhã aqui na boca as 5:30 da manhã nenhum segundo atrasada. Alemão fala e eu concordo, fico feliz que eles me tratam como eu quero ser tratada como ela e não como a minha biologia diz que sou.
- Obrigada pela oportunidade. Ele concorda e saí assim como o gerente.
- Já que está tudo certo por aqui preciso ir para o meu morro. Zeus fala e se despede da gente. - Juízo. Assinto e tenho vontade de chorar quando vejo ele indo embora.
- Vamos ver a sua casa? Jeff pergunta e eu concordo, ele vai andando comigo pelo morro e sorri quando ver uma menina com um bebê no colo e com ela tem mais três meninas que devem ter a mesma idade. - Na rua safado. O bebê da os braços para ele que o pega e o cheira.
- Já estou levando ele de volta para a Ester hoje ela não deixou ele ficar muito. A menina diz e o Jeff ri.
- Sua mãe está te dando horário para chegar em casa é Leke. O bebê é a cara do Jeff e ele se acaba de rir para ele. - Esse é o meu herdeiro Cristal o nome dele é Jefferson e todos menos a mãe dele o chama de Jeffinho. Seguro a mão do bebê que me olha super sério e todos riem.
- Ele não sorri para quem ele não conhece. A menina diz e eu sorrio.
- Estou vendo.
- Essa é a minha irmã Laura a paixão do Jeffinho. Sorrio para a menina. - E as amigas dela. Sorrio para as outras meninas. - Vai com a sua tia, antes que a sua mãe venha te procurar e você já comece a ficar de castigo. Ele entrega o bebê para a irmã dele e o menino fala com ele com palavras de bebê a coisa mais fofa, Jeff beija ele e seguimos.
- Seu filho é lindo. Ele sorri todo orgulhoso.
- Meu maior orgulho e amor. Concordo ele tem cara de ser um pai incrível, chegamos em uma casinha que é pintada de amarelo a minha cor preferida Jeff abre o portão e então a porta de madeira o quintalzinho da frente é bem pequeno, mas já imagino várias plantinhas por ali dando um ar mais aconchegante de casa mesmo. - Não é uma casa gigante é uma Kitnet e eu não estou te dando você vai pagar ela aos poucos com o seu salário. Concordo é mais do que um dia eu já tive na vida.
A sala é bem pequenininha tem um sofá de dois lugares encostado na meia parede que divide a sala e a cozinha e uma TV na parede e mais nada fica somente um corredorzinho para passar, na cozinha tem os armários e um fogão de quatro bocas e uma geladeira e uma mesinha com tampo de vidro e quatro cadeiras parece uma casinha de bonecas o quarto é o maior cômado nele tem uma cama de casal e um guarda roupas de casal também um bom espaço e tem ar condicionado puro luxo, o banheiro fica no quarto ele é pequeno mas é funcional e na cozinha tem uma porta que leva para a lavanderia e lá tem uma máquina de lavar eu não tenho do que reclamar.
- Muito obrigada Jeff por tudo que fez e está fazendo por mim a minha lealdade é sua até a morte. Ele bate em meu ombro.
- Sem vender o seu corpo, vai trocar tiro ouvir muita piadinha porque o mundo do tráfico é machista, homofóbico e tudo mais só que é melhor do que as ruas faz o seu nome impõe respeito no seu trabalho não deixe nada que possa alguém querer jogar na sua cara seja mais que eles, seja melhor que eles e aos poucos você vai subindo presta muita atenção com quem você vai para a cama vão querer te usar nesse sentido não estou dizendo para não ficar com ninguém mas para ter cuidado e de resto você vai aprendendo com o tempo.
- Vou te dar orgulho você vai ver.
- Eu sei que vai, amanhã minha mulher vai fazer um almoço lá em casa e está convidada agora vou te deixar descansar aqui tem uma grana e nos armários tem comida. Ele me da 500 reais sorri para mim e sai, olho para a casinha a minha casinha que vou pagar com o dinheiro do meu trabalho mas é minha eu não preciso mais me preocupar onde e quando eu vou dormir e nem se vão me matar no meio da noite.
Tranco a porta vou para o quarto abro o guarda roupas e lá tem algumas peças de roupas, pego uma toalha e vou para o banho choro de felicidade quando a água morna bate em meu corpo eu não preciso de mais nada se Deus me levasse hoje eu iria feliz porque alguém se importa comigo.
Mudei de ideia.
Fabi vulgo Cristal - 19 anos ( Amiga do Jeff e futura contadora da Maré )
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Proibido - Visita íntima
RomanceJeff sub do morro da maré caiu voltando de uma missão, ele não tinha nada que o comprometesse, mas os policiais armaram um flagrante e o prendeu o ódio que o sistema tem dele por nunca conseguir provar nada é gigante e enquanto sua advogada luta par...