Júlia 05

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Me olho no espelho enquanto me arrumo eu sou linda loira olhos claros tudo o que os homens querem, mantenho a minha postura não sendo corrimão de vagabundo porque como mamãe diz isso aqui não é para qualquer um é para quem pode e na favela quem pode são os cabeças vapor fica olhando, quando cheguei aqui na maré já sabia que o dono estava fora de cogitação já era casado e eu não nasci para ser amante e sim a oficial então mirei no Sub e no gerente. 

Jeff é um homem e tanto se ele fosse feio ainda daria moral para ele devido ao cargo, mas veio com o bônus de ser lindo então melhor ainda fiz tudo como deve ser dei moral mas não tanto não fui me entregando para ele de primeira fiz uma média para que ele não me confundisse com mais uma das putas desse morro o caso é que ele estava indo de encontro a outra pessoa, a amiga da Juliana minha irmã disse que o Jeff estava de quatro por uma menina do trabalho dela. 

Fiquei escutando a conversa delas como quem não quer nada, e descobri que ele começou a dar um jeito de sempre ver ela mesmo que discretamente segundo a amiga da minha irmã e isso me irritou e muito, comecei a investir pesado nele dei o chá no desgraçado fiz meu nome e nada fui atrás de ver quem era essa menina que ele estava tão impressionando e quando eu vi só faltei cair porra nada de mais, uma pretinha bonitinha só que é mais do mesmo é o que mais tem na favela não vi nada que chamasse a atenção assim para ele ficar hipnotizado. 

Nem saber se vestir direito ela sabia roupas bem fechadas só via ela de calça e camiseta sempre nem explorar o corpinho bonito que ela tem sabe é totalmente sem sal eu não vou perder aquele homem para uma mosca morta, continuei investindo dei um jeito da amiga da minha irmã me escutar falando com ele de ver ele vindo ficar comigo para que ela tirasse qualquer ilusão da mente da menina da padaria. 

Estava no baile doida para ele me chamar para o camarote e o desgraçado fingia que nem me via eu já estava puta, mas não iria mandar mensagem ou me rebaixar macho assim não se atraí por mulher que fica no pé então voltei a dançar e parei de olhar para ele no camarote, dancei com outros caras e ele nem ligou e isso me deixou puta de verdade que porra esse escroto está pensado um mulherão que nem eu dando condição para ele e ele de graça se foder. 

Vi o Jeff saindo do baile e eu sai atrás falei para a minha irmã que ele tinha me mandado mensagem para ela não me seguir vi ele descendo para a casa dele só que ele deixou a moto na frente da casa e entrou na viela, sentei bem mais para cima na calçada do outro lado da rua e esperei ele sair deve ter ido resolver alguma coisa e quase não acreditei quando ele saiu do beco de mãos dadas com a vadia da padaria, a não cara eu não vou perder para essa mendiga. 

Claramente o Jeff estava chapado ele usou lança a noite inteira que eu vi e bebeu para caralho também fiquei do outro lado da rua para ver se ele iria ficar com ela a noite inteira ou se seria só uma foda mesmo, como eu pensei foi só uma foda ela saiu mais ou menos duas horas depois pelo menos ele ia me deixar em casa ela nem isso otária dei risada e corri para a casa dele era arriscado, mas eu iria jogar todas as minhas cartas não vou perder ele minha passagem para uma vida melhor para uma mendiga que vende o almoço para comer a janta. 

O portão estava aberto e quando peguei na maçaneta da porta sorri também estava aberta subi para o quarto e a sorte estava comigo ele estava apagadão roncando tive até que abrir um pouco a janela do quarto porque o cheiro do álcool que exalava dele era muito forte, vi o bilhete que a vadia deixou para ele na mesa de cabeceira é muito otária. 

Amor eu adorei a nossa noite desculpa não ficar o meu turno na padaria em dia de baile é mais cedo, vai me buscar mais tarde que eu juro que o resto do meu dia será dedicado a você. 

                                                                                                                                                      Ester. 

O Jeff nunca nem vai saber que esse bilhete existiu e muito menos que dormiu com você carrapata, com o tanto de droga e bebida que ele ingeriu ele deve estar em nárnia quem vai acordar do lado dele vai ser eu, rasco o bilhete e jogo na privada e dou descarga tiro toda a minha roupa e me deito ao lado dele e termino pegando no sono quando acordo ele está me olhando confuso. 

- Bom dia meu amor. Vou beijar a boca dele que vira o rosto. - O que foi Jeff?

- Nada. Ele levantou e foi para o banheiro a cara de decepção dele era nitida eu não acredito que ele gosta da mendiga, fui para o banheiro escovei os dentes com os dedos e fui para o banho com ele que mal me olhava então não entendi nada quando ele me agarrou no quarto, mas não era como as outras transas que tivemos ele parecia procurar algo ele passava o nariz pelo meu pescoço o tempo inteiro e simplesmente broxou ele não gozou eu não gozei foi a pior transa da minha vida. 

- Foi mal eu não estou no clima. Sorrio para ele. 

- Não tem problema depois da canceira que me deu essa noite nada me abala. Fiquei na ponta dos pés e fui beijar ele que negou meu beijo. 

- Eu não estou no clima Júlinha. Filho da puta, os dias passaram e Jeff não era mais a mesma coisa comigo a gente chegou até transar o sexo era bom eu gozava horrores mas ele parou de beijar a minha boca no máximo um selinho beijo mesmo nunca mais des daquela noite que ele passou com ela e então tempos depois ele foi preso e o meu mundo caiu. 

- Agora eu entendo o porque o HG deu uma coça no dono da padaria que quase matou. Leila a amiga da minha irmã comenta ela trabalha na padaria. 

- E por qual motivo ele fez isso? Pergunto me sentando com elas. 

- A mando do Jeff a Ester é fiel dele o neném que ela teve é dele. O brigadeiro que eu estava comendo desceu com tudo chega a minha garganta ardeu de tanto que eu tossi. 

- Que história é essa eu nem sabia que essa garota teve filho. 

- Acho que nem ela sabia que estava grávida ela não tinha barriga nenhuma, só descobriu na hora de parir aí o dono da padaria quis dar uma de esperto se fodeu legal o Jeff mandou bater de madeirada nele e fez ele pagar tudo o que ele devia para a Ester e ele dizia que não ia pagar, e agora o morro inteiro sabe que ela é fiel dele e que eles tem um menininho juntos. 

- Isso é se for dele né, Digo e a minha irmã me olha feio. - Ué não estou falando nada de mais. 

- Primeiro que o menino é a cara dele. Minha irmã fala. 

- Já viu o pirralho? Pergunto e ela concorda. 

- O pai dele estava com ele na marmitaria hoje apresentando para todo mundo. 

- E segundo que a Ester é muito na dela, ela não pega um farelo se não for dela ou se alguém não autorizar trabalhei com ela e sei do caráter dela vadia ela não é e bem que eu já desconfiava teve um dia que ele do nada disse para ela não ficar sorrindo para os clientes e quando ela passou mal acho que ela já devia estar grávida ele ficou puto quando eu disse que ela só comia as sobras da padaria precisava ver ele mandando ela ir na marmitaria e como ele falou com ela quando ela rejeitou. Leila completa.

- É uma mendiga mesmo. 

- Para com isso Júlia, o cara não te quis pronto, casou com outra bola para frente fica aí xingando a mulher do cara alguém escuta vai dar ruim para você. Juliana fala. 

- Me deixa. Vou para o quarto puta da vida desgraçada dos infernos, mas eu conheço o Jeff ele não é homem de uma mulher só vamos ver até quando vai esse posto dela eu não aceito perder para uma mendiga. 

Os dias passam e quando vejo a mendiga na rua solto piadinha ela passa direto e finge que não escuta é uma sonsa quer se mostrar posturada, dou risada quando a chamo de mendiga e ela olha para trás com os olhos cheios de lágrimas. 

- Recado do Jeff para você piranha. Me assusto quando HG me pega pelo pescoço no meio na rua e me encosta na parede na luz do dia para todo mundo ver me fazendo passar vergonha. - Se continuar jogando piadinha para a mulher dele a fim de humilhar ela e fazer ela perder a linha a única que vai ser cobrada será você e eu vou deixar pão careca. Ele me joga no chão monta na moto dele e sai. 

- Que merda foi essa Júlia? Me levanto com mais ódio ainda daquela mendiga do caralho. 

- Me erra Juliana, me erra. E vou para casa enquanto vejos os fofoqueiros comentando e rindo aquela puta me paga essa humilhação ela me paga. 

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