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Ele continuou em silêncio, certamente processando minha fala

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Ele continuou em silêncio, certamente processando minha fala.

— No dia que eu perdi meu bebê, eu fiquei totalmente traumatizada. Logo depois, o estado de saúde do James havia piorado, e o pior, é que ele se culpava pela morte do bebê. – expliquei, me relembrando do passado.

— Como assim? – perguntou, perdido.

— Pra explicar melhor...– proferi, tentando achar uma forma de explica-lo perfeitamente.– no passado, antes de eu descobrir que o James estava com câncer, eu havia descoberto minha gravidez. Estava entrando no quarto mês de gestação, porém eu acho não sabia sobre ela.– expliquei, ele parecia compreender.– depois que eu descobri a gravidez, eu corri para contar pra ele, quando eu contei pra ele, ele ficou tão, mas tão feliz.

Confessei, me relembrando do passado. As vezes, ainda era doloroso relembra-lo.

— O tempo foi passando, e já no quarto mês da minha gestação, eu descobri por acaso, que James estava com câncer. Ele não queria me contar por medo de interferir na gravidez. Mas...quando eu vi ele, naquela cama com aparelhos que o ajudavam a respirar, eu desabei.
Nós brigamos por ele não ter me contado, mas nos acertamos, e eu entendi seu lado. Depois, saí correndo em direção ao elevador. Queria chorar em paz, sem precisar preocupa-lo, então, desabei a chorar no elevador.
Mas em meio a dor e o desespero de perde-lo, eu vi sangue escorrendo pelas minhas pernas e manchando todo o chão do elevador. Logo depois eu fiquei presa no elevador, estava tão em pânico que não conseguia me mexer e apertar o botão para as portas abrirem. Graças a Deus alguém havia chamado o elevador, fazendo com que ele descesse e abrisse, assim, os médicos me viram e me socorreram. Depois disso, eu apaguei, acabei desmaiando.

Continuei a explica-lo, ele escutava tudo atentamente, enquanto me fitava.

— Por isso não consegue entrar no elevador sem ficar "incomodada? – perguntou, se relembrando das vezes que eu não conseguia usar um elevador tão descente mente, por conta da minha "fobia.

— Sim...– assenti, soltando um suspiro.– depois daquilo, os médicos me deram a triste notícia que eu havia perdido o meu bebê de quatro meses, meu mundo desabou mais ainda.
Uma das piores partes foi ter que contar para o James, depois que eu contei, o estado dele piorou drasticamente. Ele vivia se culpando, mesmo eu dizendo que não era a culpa dele.

— Eu sempre cuidava dele nesse meio tempo, mas o estado dele se agravava cada vez mais. E eu não conseguia fazer absolutamente nada, apenas...me sentia culpada por não ser capaz de fazer nada! – Continuei, me relembrando daquele passado tão triste.

— Em um dia chuvoso, ele me chamou para ir na casa dele pela primeira vez. Por nosso namoro e noivado ser proibido e escondido na época, então nunca cheguei conhecer ninguém da família dele. Mas eu sabia que eles eram muito ricos.

Soltei um suspiro, agora, fitava o céu estrelado de Paris.

— Eu sequer cheguei a conhecê-los, ou entrar naquela mansão enorme. Na varanda, que era onde ele estava, ele terminou comigo. Eu neguei, recusando por diversas vezes e que não queria deixá-lo, ainda mais com ele naquele estado. Mas ele insistiu, alegando que não poderia ser meu marido, e que eu deveria encontrar uma pessoa melhor para minha vida! – soltei novamente um suspiro.– mesmo eu negando com todas as minhas forças, ele insistiu naquele assunto, e acabou com tudo naquela tarde. Então eu fui embora, voltaria no outro dia para conversarmos com calma, mas, no meio do percurso para minha casa, recebi um telefonema da madrasta do James, ela me odiava, mesmo nunca a tendo visto sequer uma foto ou descoberto seu nome.

Uma Esposa Para Um Mafioso Domênica Santos ✍🏼Onde histórias criam vida. Descubra agora