CAPÍTULO 43. Edital

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Oi, pessoal, como vocês estão?
ANTES QUE ELA VÁ EMBORA atingiu 31K leituras e 3,5K votos! ❤️🎉
Eu ainda não sei como expressar minha gratidão por isso. Do fundo do meu coração, quero agradecer a todo mundo que está tornando isso possível. Cada mensagem de apoio, cada comentário, cada voto, cada... este livro só existe graças a vocês. Muito obrigada!

E, ah, temos um grupo de leitoras no TELEGRAM. Se você é minha leitora e ainda não faz parte do grupo, me mande uma mensagem no Instagram (@Mabelhungria) para que você possa entrar.

Um grande beijo da nossa quadrilha e meu,
Mabel 💫

*

ERIS

Manchester - Inglaterra

Em algum lugar do universo, alguém deve conseguir explicar o que acontece com os nossos planos quando eles não saem como o esperado.

Digo isso porque você pode escrever um roteiro, fazer uma lista de afazeres para dar check, criar todas as condições ideais para que tudo siga conforme os critérios estabelecidos... mas, inevitavelmente, algo dará errado. Quando se trata de seres humanos, pode apostar: não importa o quanto você tenha planejado, algo sairá do previsto.

Quer uma prova disso? Eu imaginei todos os cenários possíveis para esta noite. 

Todos. 

Menos este.

— E então — ela cruzou os braços — o que está rolando entre você e a ruiva? — Misha perguntou, me analisando.

A rua continua deserta, a chuva continua caindo sobre nossas cabeças, eu continuo completamente ensopada. E ela? Exatamente igual. Quer dizer... Puxo Misha para mim, trazendo-a para perto e diminuindo consideravelmente a nossa distância. Ela, por fim, desfaz os braços cruzados e me abraça.

— É claro que a Catarina não ia conseguir fechar aquela boca — digo enquanto levo a minha mão livre à testa, enxugando-a. Ela ajusta a postura e me olha diretamente nos olhos, ainda abraçada a mim. — Eu não sei o que aquela menina te disse, mas não é o que você está pensando — falo, por fim.

Foco nas poças de água no chão, para o táxi que passou por nós duas e para o reflexo da chuva através das luzes amareladas dos postes.

— Eu não estou pensando nada — Misha me responde de forma firme. — Sei que vocês estão mais próximas. E não é como se eu procurasse por notícias suas, porque eu nunca procuro. As informações sobre você simplesmente aparecem, e acredite em mim quando falo que eu não gostaria que isso acontecesse — ela me olha, interrompendo sua fala instantaneamente — e... te perguntei isso porque não quero ser feita de boba, Eris. Não gostaria de ser feita de boba.

Subo minha mão, que descansa em suas costas, até encontrar seu pescoço, passando por baixo das dobras do cachecol e tocando com a ponta dos dedos a correntinha. Agora tenho certeza de que ela está usando meu cordão. E meu músculo cardíaco idiota se alegra ao perceber isso, mesmo sabendo que não significa... ah, deixa pra lá. Respiro fundo e procuro seus olhos mais uma vez.

— Te fiz uma promessa, carioca. E esse cordão significa isso — ou deveria. — Não menti quando disse que eu enxergava sentido em você.

Trago seu rosto para mim mais uma vez.

— Eu nunca ficaria com alguém enquanto você está usando o meu cordão. Ou enquanto estou tentando fazer tudo certo para... Olha só, Misha, sim, nós terminamos em janeiro, eu sei disso, mas também foi porque eu não queria impedir você de viver experiências aqui. Nós duas nem chegamos a... Enfim, eu não me perdoaria se isso acontecesse. Eu sei que você não concordou com essa decisão, mas eu não poderia fechar suas possibilidades — falo, restaurando meu ar e refletindo se consegui usar todas as palavras certas. — E existe um motivo para eu ter me aproximado consideravelmente da Bruna e a gente vai conversar sobre isso assim que sairmos dessa chuva — falo, por fim, fechando meu pensamento.

ANTES QUE ELA VÁ EMBORA | ROMANCE LÉSBICOOnde histórias criam vida. Descubra agora