Jeongguk afundou o pé no acelerador e dirigiu até Yonsei mais rápido do que nunca. Seu destino era o mesmo de um mês atrás, onde provavelmente seu sangue ainda estaria entre os vãos do piso da casa imunda de Hanseok. O desgraçado quase o matara e isso ainda fazia seu sangue ferver. E agora, se encontrasse Taehyung nas mãos dele, seria a sua vez de fazê-lo engolir os próprios dentes. Seria a sua vez de fazer o que já deveria ter feito há muito tempo.
Yoongi, ao seu lado, havia pedido para que o resto dos Nebbioso viessem encontrá-los o mais rápido possível. Não sabiam o que os aguardava e, contando com ele, eram apenas cinco: Yoongi, Jimin, Jihoon e Hoseok — o último, sendo mais um problema do que uma ajuda. O garoto apertava firme o banco da frente e respirava com certa dificuldade. Estava nervoso e ansioso. Jeon começou a cogitar que havia sido uma péssima decisão deixá-lo vir, mas sua mente não estava trabalhando como deveria, porque sua preocupação com Taehyung engolia todos os seus nervos e fazia seus músculos doerem.
Ele não conseguia raciocinar direito. Só queria ter certeza de que Taehyung estava bem e que toda aquela situação acabaria logo.
— Bogum acabou de enviar uma mensagem. Ele está nos esperando na entrada da Reserva — Yoongi avisou.
— Ainda acho uma merda confiarmos nesse cara. Quem garante que ele não ajudou a pegar o Taehyung? Até porque não seria a primeira vez que ele entra no seu apartamento, JK — Jihoon arriscou dizer.
Ele apenas lhe lançou um olhar de desgosto pelo retrovisor e continuou a levantar a fumaça de terra da estrada. Não pôde deixar de sentir seu maxilar travar com aquelas palavras, uma vez que automaticamente a imagem de Bogum e Taehyung juntos lhe dava vontade de parar o carro e fazer Jihoon deitar na estrada para poder passar por cima dele. Seria um favor à sua sanidade, seria um favor a Nayeon, seria um favor a todos. Nem mesmo sabia como ainda havia estoque de paciência dentro dele para suportá-lo.
— É... eu também acho que não deveríamos confiar muito nele... — Hoseok concordou, incerto.
— Desde que ele entregou Hanseok ao Junseo, Bogum não faz mais parte da fraternidade — explicou Yoongi. — E agora que Hanseok está solto, o melhor que ele tem a fazer é ficar do nosso lado, porque se Hanseok realmente estiver com Taehyung, o próximo será ele.
— Não podemos ligar para a polícia? — Hoseok sugeriu, inocentemente.
Se Junseo soubesse o que estava fazendo, estragaria tudo. Sua prioridade não seria Taehyung, mas sim o irmão. Ele o barraria como uma mureta de concreto antes mesmo que saísse de Seul; viria desesperado e, talvez, as coisas acabassem bem piores. Seu celular vibrou enquanto eles discutiam. Ele continuou com uma das mãos no volante e levou a outra até o bolso, puxando o aparelho e abrindo o anexo do número desconhecido.
Ele não soube distinguir o momento em que as rodas derraparam e o veículo invadiu a pista contrária, quase colidindo com a mureta de proteção. Ouviu os protestos dos garotos no banco traseiro, e sua mão se cravou tão forte ao volante que nem mesmo Yoongi conseguiu recuperar o controle do carro. Seus olhos estavam fixos na tela. Fixos naquelas imagens. Fixos nele. No corpo dele. Nas suas mãos na pele dele.
Desgraçado filho da puta!
Seu sangue parecia correr um milhão de vezes mais rápido em suas veias. Sempre dissera a si mesmo que jamais se sujaria dessa forma, principalmente por Hanseok, doente, sádico, psicopata. Ele não merecia assistir à sua desgraça do inferno por ter seus miolos em suas mãos. Mas agora? Agora ele estava sedento. Agora ele o faria pagar pelas ruindades que havia feito com Taehyung. Nada o seguraria. Ninguém o faria parar.
— Jeongguk, porra! — O grito de Yoongi o trouxe de volta. Ele derrubou o celular e, com os dedos trêmulos, controlou a embreagem, recuperando o controle do carro e voltando a colocá-lo na estrada.
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Nebbioso (taekook)
Fanfiction[taekook | gangster] Em busca de vingança pelo irmão espancado, Taehyung confronta Jeongguk, líder da fraternidade da universidade, e ambos se envolvem em um perigoso jogo de segredos e desejos, sem perceber o risco de se apaixonarem.