Cabelos de prata e olhos violetas

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UM CAMPO DE DESNTES-DE-LEÃO se estendia até onde seus olhos não alcançavam. Verde. Uma brisa fresca fez com que as sementes branquinhas esvoaçassem. Ela fitou o céu azul.

Tudo calmo.

Então, pouco a pouco os botões murcharam, secaram e morreram. O chão se fez negro. E o frio. Neve. Começou a cair. Fria. Voltou seus olhos novamente para o céu, esfregando os braços.

Tudo branco.

Sentiu algo às suas costas.

Virou-se.

Tinha um homem de estatura muito alta e postura ereta. As mãos, trazia às costas, as roupas finas, os cabelos como prata, os olhos violeta, a pele de porcelana. Ele lhe fitava com muita atenção.

— Quem é você?

O homem sorriu.

A neve aumentou.

Tudo branco.

A neve aumentou. Subiu. Subiu. Subiu. Até que já cobria todo seu corpo. Até lhe sufocar.


A garota acordou de supetão. Procurando o fôlego. Enfiou os dedos nos cabelos. Quem era aquele? Cabelos de prata, olhos violetas. Ela já havia o visto em algum lugar.


Despertar: entre a ordem e o caosOnde histórias criam vida. Descubra agora