capítulo 39

868 45 32
                                    

ʙéʟɢɪᴄᴀ, ʙʀᴜxᴇʟᴀꜱ, 2017

Eu estava tão surpresa por saber que ele estava vivo, mesmo depois do que aconteceu na boate. Achei que Domenic tivesse o matado.

— sei que deve estar pensando em como eu ainda estou vivo depois do que aconteceu em Tirana.

Olhava para ele curiosa, aquelas cicatrizes horríveis em seu rosto, as queimaduras...

— está vendo isso aqui.

Ele apontou para o seu rosto.

— e isso aqui.

Gabriel me mostrou a palma da sua mão direita, tem a cicatriz de uma cirurgia que com certeza precisou ser feita por conta de um tiro que ele levou na mão.

— tudo isso foi o maltido do Domenic que fez, ele acabou com a minha vida. E tudo isso por culpa sua.

Rosnou.

— Minha culpa? Eu não tenho nada haver com isso.

— claro que tem, por sua culpa ele atirou em mim, só por que você queria sair daquele lugar.

— eu não obriguei você a me tirar da boate.

Gabriel segurou meu rosto com a mão e o apertou. Aproximou seu rosto do meu, e, olhando em meus olhos, falou:

— você é uma vadia, me seduziu para tirar você de lá. Você sabia perfeitamente, Lilith, do que aquele infeliz do Domenic é capaz de fazer.

— você também sabia perfeitamente, milagre você estar vivo.

Falei. Gabriel apertou mais um pouco minhas bochechas e depois soltou meu rosto, o jogando com violência para trás.

— ele não me matou por que sabia perfeitamente a guerra que aconteceria depois disso. Mas se ele achou mesmo que eu deixaria o que ele fez comigo barato, ele está muito enganado.

Ele tirou a arma da cintura e apontou para mim.

— agora eu estou aqui, com o bem mais precioso dele, amarrada e tão indefesa, Lilith.

Não demonstrei nenhuma reação, eu tenho certeza que ele queria que eu mostrasse medo e implorasse pela minha vida, e isso eu não iria fazer, não mesmo.

— onde estamos?

Perguntei, impassível. Gabriel franziu o cenho e logo mostrou um sorriso torto.

— Bruxelas, meu bem. Estamos na amada Bélgica.

Se eu não estiver tão ruim em geografia, da Albânia até a Bélgica, leva umas três horas de avião.

— a quanto tempo estou aqui?

Sua cara se fechou e ele abaixou a arma.

— a muito tempo, Lightwood. Não estamos aqui para ficar batendo papo.

Revirei os olhos e mirei meu olhar no aquário que tem no canto da parede.

— gosta de peixes?

Perguntou. Continuei a olhar para o aquário e não respondi sua pergunta idiota.

— sua sobrinha, Emma, gosta.

Olhei imediatamente para ele com raiva.

— está vigiando meus sobrinhos, seu infeliz?

Um sorriso nojento se formou em seu rosto.

— seus sobrinhos, sua cunhada, seu irmão. É uma família muito bonita, Lilith. Sua sobrinha tem uma beleza significativa.

APOSTA DA MÁFIA ( Livro 1 )Onde histórias criam vida. Descubra agora