capítulo 13

1.4K 69 1
                                    

ᴀʟʙâɴɪᴀ, ᴠʟᴏʀë , 2017

Enquanto Lilith estava em crise, eu temia que seu quadro avança-se e eu a perdesse. Eu só queria cuidar dela naquele momento, queria deixa-la segura e não sair do seu lado. Mas Lilith não é boa em demostrar suas emoções, ainda mais para mim. Eu via em seu olhar que ela estava grata por tê-la a ajudado nesse momento, mas o seu "obrigada" ainda saía com dificuldade.

Eu a compreendo totalmente, eu também não sei o que faria se meu pai tivesse me apostado em um jogo de cartas. E eu não saberia o que faria se tivesse perdido Melani para Teodoro. Ela é tudo o que tenho.

Eu queria que Lilith aceitasse logo de uma vez tudo o que esta acontecendo, mas não posso exigir isso dela. De um dia para o outro sua vida mudou, ela está longe de casa, da sua família, e acreditava em uma mentira. Talvez eu esteja sendo egoísta demais, suas tentativas de fuga, tinha uma razão. Ela só queria ir para a casa.

- onde você vai?

Perguntei, quando Lilith se levantou da cadeira e pegou a cartela de remédio.

- deitar, estou cansada.

Lilith passou a mão em uma lágrima que caiu dos seus olhos.

- Melani vai acompanhar você.

Por incrível que pareça, Lilith não questionou. A garota se virou e saiu da sala, acompanhada por Melani.

Joguei as costas na cadeira, que foi para trás com o meu peso. Olhei o papel da aposta no chão e o peguei, subi para o meu quarto e o guardei no cofre. Na manhã seguinte, Melani e eu descemos para o porão, aonde costumamos castigar quem merece, e outras coisas difíceis de contar.

- está pronto? Estou melhor que antes.

Debochou.

Peguei minha pistola e Melani foi até o armário de armas e pegou um Fuzil M16.

- quer provar que melhorou com um fuzil?

Ironizei.

- eu acertaria o alvo até com uma pedra.

Respondeu, piscando seu olho para mim. Nos posicionamos em nossos lugares, esperando os alvos chegarem.

- como ela está?

Questionou, enquanto conferia as balas.

- eu não sei, não a vi ainda.

- deveria ter contado a verdade logo para ela, teria evitado tudo isso.

Coloquei a arma em cima da mesa e me virei para a minha irmã.

- eu fiz o que o pai dela pediu, não queria que ela pensasse que ele é um canalha que a apostou.

- eu pensei isso de você, mas o perdoe depois.

Melani também colocou o fuzil na mesa. Dobrou os braços na altura do peito e ficou me olhando com o seu olhar irônico e a sombrancelha levantada.

- é diferente, eu sabia que ganharia.

- e se não tivesse ganhado? Eu estaria passando as mesmas coisas que ela, ou até pior! Você ainda tem paciência, Teodoro com certeza já teria me matado de tanto eu tentar escapar.

Contrai a mandíbula, ao imaginar como seria Melani nas mãos de Teodoro. Ele teria menos compaixão que eu. Voltei a olhar para frente, dobrei a manga da minha blusa e falei:

- ela vai se acostumar, só precisa de alguns dias.

Quando Melani ia falar algo, meus homens entraram com os alvos. O primeiro era um estuprador que conseguiu esconder suas atitudes nojentas por muito tempo. O outro era Carlos, um antigo fornecedor meu, o dinheiro subiu a cabeça e ele tentou me passar a perna no mês passado.

APOSTA DA MÁFIA ( Livro 1 )Onde histórias criam vida. Descubra agora