capítulo 31

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ꜱᴜíçᴀ, ɴᴇᴜᴄʜâᴛᴇʟ, 2017

Passei dois dias tentando me recuperar e esquecer o que aconteceu na casa de Domenic. Também estava me preparando para o encontro com meu pai, eu irei hoje na mansão.

Pela manhã fui até o banco sacar dinheiro da minha conta. Para a minha surpresa havia mais dinheiro do que eu me lembrava de ter guardado, com certeza tinha as mãos de Domenic nisso. Chamei um uber para me levar até a minha casa, quando ele me deixou em frente ao portão e os guardas me viram, abriram as portas para eu entrar.

Nada havia mudado nem fora e nem dentro da mansão durante esses quase cinco meses que não estive aqui. Procurei meu pai nos lugares mais óbvios que ele estaria, mas não o encontrei em nenhum deles. Procurei por um dos seus guardas e perguntei:

- meu pai não está?

- não, senhorita. O senhor Ligthwood saiu de manhã e ainda não voltou.

- hum, ok.

Dei as costas para o guarda e comecei a andar pela casa. Passei pela sala de jantar, pela sala, pela biblioteca, e cheguei no salão de treino, onde costumamos treinar nossas habilidades na luta, com as faca e espadas. Me encostei no umbral da porta e fiquei olhando para o centro.

Leon se afastou de mim um pouco, apoiou as mãos no joelho e abaixou a cabeça. Coloquei as mãos na cintura e joguei meu tronco para trás, recuperando o ar.

- está melhorando, Lili, mas ainda não é melhor que eu.

Me ajeitei e o encarei.

- você não aceita perder, não é mesmo?

- eu não perdi para você.

Leon ajeitou sua postura e relaxou os ombros.

- então vamos de novo.

Falei, me posicionando mais uma vez.

- agora.

Respondeu.

Corri em direção a ele e me preparei para dar um chute em Leon. Ele se esquivou e me segurou por trás, pressionando meu pescoço com o seu braço.

- muito lenta.

Debochou.

- eu acho que você que não pensa muito.

Segurei em seu braço com as duas mãos e joguei meu corpo para frente. Leon passou por cima de mim e caiu de costas no chão.

- de novo.

Disse.

Ele se levantou com rapidez e fechou os punhos. Rodamos lentamente no centro do salão, Leon desferiu um soco, tentando acertar meu ombro, mas eu fui mais rápida e me esquiviei. Pensei rápido e comecei a dar socos em sua barriga. Ele me segurou pela cintura e me jogou com força no chão.

- agora eu ganhei.

Falou.

- o que vocês pensam que estão fazendo?

Olhamos para a porta e vimos nossa mãe parada no meio dela.

- mãe.

Leon saiu de cima de mim e colocou um sorriso descarado no rosto.

- eu já disse que não quero você treinando com a sua irmã. Você pode machuca-la.

Me levantei do chão e andei até minha mãe.

- ele é um fracote, não consegue me machucar.

Falei. Minha mãe limpou meu rosto com as mãos e o segurou.

APOSTA DA MÁFIA ( Livro 1 )Onde histórias criam vida. Descubra agora