capítulo 5

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ᴀʟʙâɴɪᴀ, ᴠʟᴏʀë , 2017

Eu já estava lá a algumas horas, Domemic não entrou no quarto mais. Minha mente só sabia planejar as atrocidades que faria com aquele mafioso de merda quando me soltasse.

Um som de chaves vindo do lado de fora do quarto me chamou a atenção. Olhei para a porta e vi a maçaneta girar e a porta se abrir. Uma mulher de cabelos negros e pele clara entrou no cômodo, quando viu que eu estava acordada, sorriu e se aproximou da cama. Olhei para o seu rosto e vi a semelhança com Domenic. Seus olhos são tão pretos quanto o seu cabelo e os olhos do meu sequestrador, sua boca parecia ter sido tirada de Domenic e colocado na mulher. Ela parecia ter minha idade, o barulho dos saltos da sua bota batia no piso como uma batida de música eletrônica.

- olá, Lilith, que bom que acordou!

Não a respondi, continuei a observando para saber oque ela faria em seguida.

- me chamo Melani Torricelli, é um prazer conhece-la pessoalmente!

Ainda sem ter minha resposta, a garota enrrugou a testa e me olhou com deboche.

- ou posso dizer que não?

Revirei os olhos e olhei para a janela do quarto.

- bem, eu vim te soltar, mas me parece que você não está muito afim de sair da cama.

Ela se virou para ir embora e então eu falei:

- é irmã de Domenic?

A garota se virou, apoiando seu peso em uma das pernas e girando a chave em seu dedo.

- que eu saiba sim.

Torci a boca encarando-a, e sem muita opção, exigi.

- me tire daqui.

- daqui? Daqui da onde? Da cama ou da mansão?

- você tem o mesmo senso de humor do seu irmão.

Disse, revirando os olhos.

- acredite, lindinha, se ele tivesse o meu senso de humor, seria mais agradável.

Ela voltou para perto da cama e apoiou sua perna esquerda encima do colchão.

- como está sendo sua estadia aqui? Está gostando?

- eu não sei se você notou, mas, eu estou presa a correntes a uns... 5 dias, talvez?

Falei, com sarcasmo. Ela sorriu, mostrando os dentes.

- ah, é mesmo!

Minha paciência estava se esgotando aos poucos, mas eu não podia falar com agressividade com a garota até que ela me soltasse.

- então, vai me soltar ou não?

- vou, tenho ordens para fazer isso.

A morena tirou uma arma que estava em suas costas, que estava bem camuflada em sua saia preta de couro.

- sem gracinhas, garota. Eu não vou pensar duas vezes se tiver que atirar.

Ela se aproximou de mim com a arma em punho e começou a soltar as braçadeiras que prendia meu pulso. Com as mãos livres pude me sentar na cama. Segurava o cobertor em meus seios para que não o mostrasse. A garota soltou meus tornozelos e guardou a chave.

- prontinho.

- obrigada.

Dizer isso foi como se estivesse sendo ameaçada.

A garota desfilou pelo quarto e abriu uma porta onde parecia ser o banheiro, entrou e voltou com um roupão em mãos.

- vista isso.

APOSTA DA MÁFIA ( Livro 1 )Onde histórias criam vida. Descubra agora