Já faziam cerca de vinte minutos que eles estavam no carro e Arthur estava dirigindo em um completo silêncio, e ainda faltava mais alguns minutos para que eles chegassem em casa,Katherine volta e meia observava a menina através do retrovisor no banco de trás, a menina estava olhando para um ponto fixo em sua frente, a cabecinha da menina estava confusa e sua mente estava a mais de mil por hora.
Beatrice também estava estranhamente calma e não havia falado nada até aquele momento,mas ela sabia que não deveria deixar eles vencerem tão facilmente, a batalha mal havia começado e ela já estava levantando bandeira branca,e se ela queria fazer da vida deles um inferno tinha que começar de algum lugar e mostrar que a convivência com ela não iria ser fácil, ela então começou a gritar enquanto esperneava na cadeirinha do banco de trás.
-EU EXIJO QUE VOCÊS PAREM O CARRO AGORA! EU QUERO IR EMBORA! ME DEIXEM SAIR AGORA!EU NÃO QUERO FICAR AQUI COM VOCÊS! EU QUERO SAIR! EU QUERO!
Os gritos da menina eram extremamente finos e ela estava fazendo juízo para que eles achassem que ela era uma criança extremamente birrenta,Arthur olhou para Katherine e os dois já imaginaram que não seria fácil pois a menina tinha um gênio forte, eles mal haviam ficado juntos e a menina já estava fazendo uma birra enorme e eles não faziam ideia do que fazer pois ainda não haviam chegado naquela parte,Katherine então falou de uma forma calma e carinhosa enquanto olhava para a filha no banco de trás em uma tentativa de acalmá-la.
-Nós já conversamos Sofi e explicamos como as coisas vão funcionar daqui pra frente,agora se você quiser continuar fazendo birra pode fazer a vontade, mas isso não vai mudar o fato de que você é nossa filha e que vai morar com a gente.
Arthur achava que só Katherine mesmo pra conseguir ter paciência pra conversar com a menina, já Beatrice não deu a mínima para o que a mãe havia falado,então apenas cruzou os braços sobre o peito pois se Katherine achava que aquele discurso meia boca havia mudado em alguma coisa na maneira dela pensar,estava muito enganada,ela então fechou e abriu os olhos de novo e gritou ainda mais alto e mais forte aumentando a birra.
-EU NÃO ESTOU NEM AÍ PRO QUE VOCÊ DIZ! EU JA FALEI QUE EU QUERO IR EMBORA! SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA! SOCORRO! TEM DOIS MALUCOS ME SEQUESTRANDO! SOCORRO!...
A menina tinha uns gritos finos que era capaz de estourar os ouvidos de qualquer um,Arthur respirou fundo buscando paciência,ele nunca gostou e muito menos tolerou birra de criança, ele não sabia como uma coisinha tão pequena e tão fofa conseguia fazer tanto escândalo,outras pessoas ficariam com medo de acabarem sendo parados por alguém,mas os gritos da menina não perturbava as outras pessoas do lado de fora pois além dos vidros do carro serem todos pretos eram a prova de som.
Quem quer que estivesse do lado de fora jamais veria ou ouviria qualquer coisa que acontecesse lá dentro,caso contrário concerteza já haviam chamado a polícia pra eles,Arthur e Katherine ignoraram a birra da menina e cerca de dois minutos que pareceram horas a menina cansou e parou de espernear e de gritar, a garganta dela já estava seca do tanto que ela havia gritado.
Vendo que ela não parecia ter atingido eles nem um pouquinho a menina cruzou os braços e formou um bico nos lábios enquanto afundava ainda mais já cadeirinha do carro,Arthur e Katherine tiveram vontade de parar o carro só pra morder as bochechas da menina que agora estavam vermelhinhas, ela era tão fofa que dava vontade de apertar, Arthur então falou sorrindo e brincando com a menina sem tirar os olhos da estrada.
-Nossa parece que a bateria da sua birra finalmente acabou, e pode ter certeza que eu não vou te ajudar a carregar, você fica muito fofa quando está bravinha,dá vontade do papai morder.
A menina apenas olhou pra ele e fez uma careta resmungando alguma coisa que ela parecia ter falado em outra língua pois eles não entenderam nada, Katherine vendo que a menina estava cansada e que não iria descansar por livre e espontânea vontade,sem que ela percebesse pegou uma garrafinha de água que ela sempre trazia em sua bolsa e pegou um calmante colocando lá dentro e agitando levemente para que o comprimido se dissolve-se,em seguida ela falou de uma forma calma enquanto abria a garrafinha de água e entregava para a menina.
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The Princess Royal.
General FictionNessa história iremos acompanhar o crescimento de uma princesa,Beatrice Dávila é uma garotinha de dezessete anos,mesmo com a pouca idade ela já tem uma enorme carreira,como atriz,cantora e modelo, porém uma das características que sempre se destacou...