41° Capítulo da Chloe

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• Bom dia, sunshine - meu beijo diário é depositado - • Você está pronta?
• O que é sunshine?
• Te conto mais tarde.
• Que coisa- bufo - Onde vamos?
• Misericórdia, que curiosa. - ele fala sério - já se despediu deles?
• Siiim - eu fecho a porta - tô levando a bolsa que Natália me deu, que você pediu a ela. - falo acusando - vamos?
• Sim, meu sunshine.

Ele segura a minha bolsa, estende o braço para segurar a minha mão. Caminhamos até a porta, ele gentilmente abre para que eu possa sentar justamente no banco que se tornou meu. Quando ele se aproxima de mim para fivelar o meu cinto, seus lábios quentinhos encostam em minha bochecha, fazendo um rubor aparecer.

Durante o caminho de só Deus sabe aonde, ficamos ouvindo músicas, de vez em quando um ou outro contava uma piada para arrancar gargalhadas.

O sol está quente, diferente de outros dias. Os raios de sol são fortes, fazendo com que todos os carros estejam com suas janelas fechadas com o ar ligado. Pois é, a vibe de praia é hoje, certeza. Fico observando pela minha janela o caminho que estamos fazendo, são dez horas da manhã, não sei o que se passa na cabeça dele para estar me levando um pouco mais longe da cidadezinha que vivemos.

Quando o carro começou a estacionar, olho confusa ao meu redor por não reconhecer o lugar onde eu estava. Me viro para Mason que já está saindo do carro, quando tiro o meu cinto, ele já está abrindo a minha porta. Toda confusa pergunto logo a ele

• Son… que lugar é esse? - Olho em direção a uma casa enorme antiga à minha frente
• Em um orfanato, querida - Ele olha para mim com seu doce sorriso
• Vamos adotar uma criança? - Pergunto sem jeito
• Não, sunshine - Ele ri de mim - Pelo menos ainda não.
• Então? - falo esperando a resposta
• Viemos aqui para entregar picolés a estas crianças. - ele aponta para o sol - Está muito quente, não?

Concordo com a cabeça.
Quando entro neste ambiente, vejo vários rostinhos diferentes a cada passo que vou dando. A maioria desses que estão aqui são entre dois a sete aninhos. Todos eles demonstram felicidades ao ver Mason por aqui, é tanto que não notam muito a minha visita aqui.

• Tio lips - um garoto abraça a perna, ao me ver seus olhos brilham em minha direção - Sua namorada, tio?
• Ela é sim, Rick. - eu me agacho para ficar no mesmo tamanho com ele - Diga um oi para tia belle.
• Tudo bem tia belle?
• Com certeza, querido. E você?
• Tô aprendendo a ler a bíblia.
• Uau - falo espantada - quantos aninhos você tem?
• Uns 5 anos.
• Rick - interrompe Son - a gente trouxe picolé para vocês, pode avisar os outros por favor?

Em resposta o garotinho com cabelos castanhos escuro saí correndo para atender ao pedido de Mason. A cada dia que se passa fico mais admirada com o coração desse garoto. Sempre soube que nunca na vida ele iria mudar o seu jeitinho de ser. Fico tão grata por ele ser assim.

Enquanto eu e outras crianças estamos sentados no pátio exposto ao sol não tão forte, Son está fotografando momentos mágicos de felicidades dessas crianças que tomam um gelato. Sua câmera sempre fica em seu pescoço quando saímos, em suas mãos durante os domingos a noite ou em seu quarto quando quer revelar umas fotos.
As crianças fazem várias perguntas como: quanto tempo eu conheço ele, se eu sou feliz, quando eu vou voltar e quantos anos eu tenho. Apesar do garotinho Rick ter aparentado ser extrovertido, sua boca só abre para lamber o gelato.

*
Após o almoço que aconteceu com as crianças, Mason disse que temos outro lugar para ir, então aqui estamos indo em direção ao sul da nossa cidade.
O vento que faz meu cabelo balançar, está gentilmente agradável. A brisa está muito boa, fazendo até meu corpo estremecer um pouco de como o vento bate em mim. Mal dormi esta noite, a animação e preocupação ocupavam a minha mente sem querer deixar meus olhos fecharem um pouco. Só consegui tirar um cochilo depois de deixar uma playlist de louvores tocar de madrugada. Meu pai disse que amanhã tem algo muito importante para falar comigo, isso fez meu pobre estômago se revirar, quase pude sentir as dores passadas em sua voz, as lembranças passaram pela minha frente tentando fazer bagunça comigo. Apesar de ainda ter algo trancado dentro de mim, não pude aceitar.

Acho que demonstro algo, porque Son toca em minha mão para chamar a atenção, ao olhar para ele, sou reconfortada com seu sorriso doce que só demonstra para mim. Todos os meus pensamentos saem vagando pelo ar, deixando assim eu me concentrar nesse garoto que amo. Com os dedos de nossas mãos entrelaçadas uma na outra, sinto um leve calor subindo pelo meu corpo, deixando a mim mesma, tranquila.

10 minutos depois
Um sorriso travesso aparece em seu rosto assim que estacionamos em frente A PRAIA!!!
Dou um tapa em seu braço, sem conseguir conter os risos de meus lábios ressecados. Tento morder meu lábio para conter a minha enorme alegria, mas falho terrível, pois este é meu terceiro lugar favorito com a minha vovó.
Sem saber dizer as palavras certas, eu abraço para demonstrar a minha gratidão por isso.

SUPERANDO MEUS LIMITES  | romance cristãoOnde histórias criam vida. Descubra agora