𝟐𝟓

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Ajoelhei-me no chão, acorrentada à parede sombria e empoeirada

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Ajoelhei-me no chão, acorrentada à parede sombria e empoeirada.

O ar na sala era sufocante, e cada respiração queimava como areia descendo por minha garganta. A dor latejava nas minhas costas, irradiando em ondas quentes e implacáveis a cada segundo, cada chicotada arrancando mais sangue.

Meus joelhos estavam encharcados, imersos na poça de sangue que eu mesma criara ao me banhar no próprio sofrimento.

Meu coração martelava no peito, mas o pulsar era fraco, como se a vida estivesse escoando aos poucos.

À minha frente, Stijn se deleitava em sua própria mesa, observando com um sorriso vertiginoso, satisfeito por me ver assim; ajoelhada, sangrando, quebrada.

As risadas que escapavam dele a cada estalar do chicote eram como punhais que perfuravam minha alma.

Apoiei-me nas correntes, mas outra chicotada desceu, a dor rasgando minha espinha e sobrepondo-se às feridas anteriores.

Sibilei entre os dentes, recusando-me a ceder ao grito, até que uma risada feminina ecoou atrás de mim, sombria, como o riso de um corvo.

"Vamos, querida," a voz sussurrava, seu tom frio e sedutor. "Você já está quebrada. Por que não ceder?"

E, mais uma vez, o chicote rasgou minha pele, fazendo as lágrimas quentes escorrerem.

Stijn gargalhou enquanto espetava um pedaço de carne.

"Tão fraca, pequena guerreira... Sempre chorando."

"Vá... Para o inferno..." Murmurei entre as respirações ofegantes.

Outra risada escapou dos lábios dele.

"Ah, já estamos lá." Ele sorriu, e eu rosnei em resposta, mostrando os dentes.

O chicote veio outra vez, desta vez me surpreendendo.

Um grito escapou dos meus lábios, um som rasgado e ensurdecedor que ecoou pelo lugar.

Stijn sorriu satisfeito, enquanto passos delicados soavam contra a pedra quando Amarantha se aproximou por trás.

Ela agarrou meu pescoço, puxando minha cabeça para cima, obrigando-me a encará-la.

"Aí está," ela murmurou, seu rosto a pura personificação do mal.

"Danika," chamou Stijn, mas Amarantha segurava meu queixo, obrigando-me a sustentar o olhar.

"Danika," ele repetiu, mais alto.

"Onde está sua família, vermezinho? Para onde eles foram?" Amarantha zombou, seus olhos fixos nos meus. Ela se inclinou, o sussurro sombrio escorrendo em meu ouvido: "Eles se foram."

Uma lágrima solitária escapou enquanto eu lutava, em vão, para manter meu rosto inexpressivo.

"Danika?" Stijn gritou, mas sua voz soou abafada, distante, como se estivesse do outro lado de um vidro.

𝑨 𝑪𝑶𝑼𝑹𝑻 𝑶𝑭 𝑳𝑶𝑽𝑬 𝑨𝑵𝑫 𝑾𝑹𝑨𝑻𝑯Onde histórias criam vida. Descubra agora