•• EU, VOCÊ e o que não dizemos! ••
Quando os olhos falam, as palavras silenciam.
______________________________________"Você e eu, somos um clube agora!" - UP ALTAS AVENTURAS
DESPEDIDAS NUNCA SÃO FÁCEIS, especialmente quando o coração está cheio de sentimentos não correspondidos ou mal compreendidos. Embora eu tenha percebido os sinais de que os sentimentos de Donavan por mim estavam florescendo, ainda me sentia como um borrão em suas memórias, uma sombra que ele não conseguia realmente ver. Deixá-lo para trás, quando tudo o que mais desejava era viver o que sentia, era uma dor que atravessa meu peito.
Enquanto o táxi seguia seu caminho para o aeroporto, flashes de nossas lembranças me invadem. A primeira vez que o vi, meu coração disparou de tal forma que perdi o fôlego, e essa sensação ainda parece tão recente que me toma com força, o peito aperta como se aquele instante nunca tivesse passado. Eu apoio meu queixo nos braços cruzados contra a janela e vejo as luzes da cidade passarem num borrão, refletindo a turbulência dentro de mim. A noite está linda, mas ela parece tão solitária quanto o meu coração agora. Uma lágrima desliza silenciosa pelo meu rosto, simbolizando a despedida que nunca quis dar, enquanto tento encontrar forças para seguir adiante. O mundo lá fora não parece ter pressa, mas dentro de mim, tudo está em desordem.
O vento frio que entra pela janela arrepia minha pele, a angústia me cerca e meu coração dói.O trânsito flui tranquilamente, e de repente, o som de uma moto ao lado do táxi me desperta, mantendo-se na mesma velocidade. Meu coração acelera sem que eu saiba o porquê. A princípio, penso que é apenas mais um veículo passando, até sentir minha mão ser suavemente tomada por um toque quente de uma mão sobre minha. Meus olhos se erguem, atônitos, e encontro o impossível. A viseira do capacete se levanta, revelando aqueles olhos que tantas vezes me deixaram vulnerável, e lá está ele. Donavan!
O ar parece desaparecer do meu peito enquanto nossos olhares se encontram, sem palavras, sem promessas, apenas a intensidade do momento. Jamais imaginei essa cena, nem em mil verões poderia prever que estaríamos de mãos dadas, eu dentro do táxi e ele ao meu lado, em sua moto, como se o tempo tivesse parado apenas para nós.O táxi segue pela ponte, e ainda assim estamos conectados, ligados de um jeito que nem as palavras não poderiam explicar. Tudo ao redor se move em câmera lenta, exceto o meu coração, que dispara numa batida dolorosa e urgente.
Donavan faz um gesto suave antes de soltar minha mão, e o táxi vira à esquerda. Mesmo assim, ele continua me seguindo, seus olhos nunca deixando os meus. Há algo neles - uma ternura que quebra todas as minhas defesas. Quando o táxi para, meu corpo age antes de minha mente, e eu corro em sua direção, incapaz de conter o que sinto.- Donavan, o que está fazendo aqui? - minha voz sai fraca, trêmula, como se o meu corpo todo estivesse à beira do colapso. Minhas mãos tremem enquanto ele desce da moto. Com a boca seca, sei que o nervosismo está claro em cada movimento meu.
Donavan tira o seu capacete preto fosco com uma calma quase cruel, deixando seus cabelos bagunçados pela brisa da noite. Ele está ali, tão real, tão perto, ele coloca o capacete sobre o assento da moto. Está deslumbrante, vestido de preto, como se também estivesse de luto, mas não pela despedida... talvez pelo tempo perdido. Quando ele se aproxima, suas mãos seguram meu rosto com uma ternura que desarma todas as minhas defesas, e seu olhar, profundo e cheio de algo que não consigo decifrar, me embriaga por completo. Seus lábios, úmidos, reluzem sob a luz fraca, e quando ele lambe os próprios lábios, quase como um gesto inconsciente, sinto a respiração dele entrecortada, tal como a minha.
Meus dedos, sobre o peito dele, sentem o calor de seu corpo, e a proximidade nos consome. Sem qualquer aviso, ele se inclina, tão próximo que posso sentir o calor de seu fôlego contra os meus lábios.Em um sussurro, ele diz: "Eu me lembro!"
Enquanto as mãos de Donavan seguravam meu rosto com ternura, seus olhos brilhantes buscavam os meus, silenciosamente pedindo permissão.
Ele então sem qualquer aviso deslizou sua mão até minha nuca, envolvendo-me em um toque que é ao mesmo tempo suave e urgente, como se o tempo parasse ao nosso redor.
Antes que eu possa sequer reagir, Donavan me beija, um beijo que não é apenas apaixonado, mas cheio de tudo o que nunca foi dito. Seus lábios, quentes e macios, encontram os meus, e uma onda de doçura toma conta de mim. O gosto de menta me traz de volta ao momento, me ancorando na realidade, mas ao mesmo tempo, tudo parece um sonho.Sinto como se o mundo inteiro se resumisse àquele instante. O sabor do seu beijo, doce e delicado, desperta em mim uma sensação esquecida, um desejo profundo que parecia adormecido.
Sua língua explora minha boca com uma paixão contida, e eu me perco completamente em sua entrega. Seus lábios, macios e tentadores, lembram o néctar de um pêssego maduro, me fazendo ansiar por mais, incapaz de resistir ao impulso de me render.Ele me senta sobre sua moto, nossos corpos se fundindo como se fossem feitos um para o outro. Perco o fôlego, cada toque seu é um convite a mergulhar mais fundo no desejo que compartilhamos. Sua mão firme na minha lombar me puxava para mais perto, até que não houvesse mais espaço entre nós. Quando ele ergueu minha perna, envolvendo-a em seu quadril, o calor entre nós se intensificou, e nosso beijo se tornou uma dança fervorosa de paixão há muito reprimida.
Nesse momento, o muro que nos separava desmorona. As barreiras que construímos ao redor de nossos sentimentos são destruídas, e deixamos para trás o peso do passado. Agora, não há mais medo ou hesitação, apenas a entrega completa de nossos corações, um ao outro.
Aquele beijo... Ele reacendeu em mim uma chama que eu acreditava estar extinta, uma conexão tão poderosa que me faz perceber que este amor, escondido por tanto tempo, nunca realmente morreu.
Não podia mais negar. Ele me amava. Donavan me amava.
E nesse momento, todas as dúvidas, todo o medo, se dissolvem no calor daquele beijo.
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EU, VOCÊ e o que não dizemos!
Любовные романыA única coisa que Chloé não podia, ou melhor dizendo, a única pessoa por quem ela não devia se apaixonar, era Donavan, seu meio-irmão. Mas seria impossível ignorar a atração que sentia por aquele olhar profundo e enigmático, uma sombra sedutora que...