A sala fica em total silêncio. Ninguém diz nada, só conseguimos ouvir a respiração ofegante de Luffy e o som das ondas batendo no casco do Sunny. O ar está pesado, carregado de emoção e mistério. A imagem do Luffy, com os ombros curvados e a cabeça baixa, me parte o coração. Ele parece tão frágil e perdido, como se estivesse carregando o peso do mundo.
— Ace... — Luffy sussurra, com a voz trêmula, como se estivesse tentando processar a informação. Ele se levanta e começa a andar de um lado para o outro, com as mãos nos bolsos da calça, como se estivesse tentando acalmar os seus próprios nervos. Ele parece inquieto, e seus passos ecoam pela sala, como se estivesse tentando escapar dos próprios pensamentos.
— Pronto, cambada, vão procurar o que fazer. Acho que o Luffy quer conversar sozinho com ela, — diz Zoro, saindo da sala seguido pelos demais. Zoro está com uma expressão séria, e seus olhos esverdeados refletem a preocupação. Ele sempre foi uma pessoa de poucas palavras, mas seus atos mostram sua grande generosidade e cuidado com o Luffy e os outros
— Então, Luffy, você só me quer aqui porque sou irmão do Ace? — Pergunto, meio nervosa, com a voz tremendo um pouco. A incerteza me corrói por dentro. Eu preciso saber se a minha presença é realmente importante para ele, ou se é apenas uma questão de lealdade ao Ace.
— Não! Claro que não, — ele diz, parando de andar e me olhando diretamente nos olhos. Ele está sério, com uma expressão de determinação no rosto. Ele me transmite uma sensação de tranquilidade, mas eu ainda estou um pouco receosa.
— Você foi mais irmão dele do que eu, Luffy. Você passou anos, eu passei dias. — A dor da distância e da perda me invade novamente. Mesmo que eu tenha passado apenas um mês com ele, a conexão que sentimos foi intensa e inquebrável.
— Prometi que cuidaria de você. Então é isso que vou fazer. Ace é meu irmão, — diz Luffy, com um tom de voz firme e determinado. Ele me olha com um brilho nos olhos, como se estivesse prometendo algo muito importante.
— Então você vai me considerar uma irmã? — Pergunto, com um toque de curiosidade e esperança na voz.
— Não ,irei cuidar da irmã do meu irmão e de uma companheira, — diz ele, com um sorriso leve nos lábios. Sua resposta é surpreendente, mas ao mesmo tempo, tranquilizadora.
— Então, Luffy, por que você me pergunta isso agora? Por que não me perguntou antes? — Pergunto, com uma pitada de curiosidade e confusão. Preciso entender o que se passa na mente dele.
— Porque esperei você falar, — diz ele, com um tom de voz sério e direto. Seus olhos transmitem uma sensação de profunda compreensão.
— Não posso sair por aí falando essas coisas, — digo, olhando para o chão. Eu estou um pouco sem graça
— Vamos seguir em frente... E sobre o que aconteceu na ilha, não vai voltar a acontecer, — diz Luffy, segurando o chapéu com firmeza. Ele está determinado a proteger a sua tripulação e a todos que ele ama.
— Você já tinha deixado as ordens para os outros? — Pergunto, com uma pitada de curiosidade e admiração na voz. Ele é um líder nato, e eu me sinto segura sob sua proteção.
— Não preciso. Eles sabem o que fazer na hora certa, — diz ele, subindo as escadas em direção ao próprio quarto. "Ele está me dando uma lição?
Sigo ele pelas escadas, com o coração batendo forte no peito. Cada passo que dou ecoa pela madeira velha do navio, como se estivesse me lembrando da fragilidade da minha situação. "Preciso saber o que ele realmente está pensando".
— Foi isso que você falou com o Zoro naquela hora pra ele me perguntar? — digo, atrás dele, com a voz baixa e inquieta.
— Foi sim. Talvez estivesse com medo de ouvir sua resposta, — diz ele, baixo, parando na minha frente e me olhando com os olhos cheios de uma mistura de curiosidade e preocupação.
— O que você falou? — pergunto, pra entender melhor, com os olhos fixos nos dele. "Eu preciso saber a verdade".
— Nada. Lembra daquela menina que o Sanji e o Zoro ajudaram? Ela não tinha sinais vitais. Era um fantasma. Foi isso que falei com o Zoro, — diz Luffy, voltando a andar em direção ao seu quarto. "Ele está tentando me desviar da verdade, mas eu sei que ele está me escondendo algo".
— Fantasma? — pergunto, nervosa, com a voz tremendo um pouco. Encolho-me um pouco, enquanto olho para o céu estrelado, como se estivesse tentando encontrar alívio na beleza da noite.
— Sim. Deveria querer vingança, — diz Luffy, calmo, com um tom de voz sério e reflexivo. Ele se inclina para trás, apoiando as mãos no convés do navio, e olha para o horizonte, como se estivesse pensando em tudo o que aconteceu.
— Você fez isso por ela? — digo, segurando a mão dele com firmeza, com uma mistura de gratidão e admiração nos olhos. A minha mão treme um pouco enquanto aperto a dele, e eu sinto o calor da sua pele contra a minha.
— Aqueles piratas só são subordinados. O chefe ainda está por aí, — diz Luffy, com um tom de voz ameaçador. Ele se levanta e começa a andar de um lado para o outro, como se estivesse tentando descarregar a tensão que o incomoda.
— Nós vamos encontrar eles, — digo olhando as nuvens que vão se espalhando no céu. Sinto uma sensação de determinação e esperança invadir o meu corpo.
— Talvez sim, talvez não. Vamos focar no presente e nos preparar para o futuro, — diz Luffy, se abaixando à minha frente com uma expressão de determinação no rosto. Ele me olha nos olhos, com um brilho de coragem e esperança que me contagia.
— Irei melhorar minhas habilidades... Já vai amanhecer, — digo, vendo o sol começando a clarear o céu com suas cores douradas e rosas. Um sorriso de esperança se espalha pelo meu rosto enquanto olho para o nascer do sol.
— Verdade, — Luffy solta um pequeno gemido de cansado, com um sorriso fraco nos lábios. Ele se espreguiça e olha para o céu, como se estivesse buscando forças para enfrentar o novo dia.
— Me espera aqui, — digo, me levantando e correndo até meu quarto. Pego uma coberta macia e aconchegante, e volto ao encontro do Luffy, que está apoiando a cabeça nas mãos, já cochilando. Jogo a coberta sobre ele, e me ajeito ao seu lado, com cuidado para não acordá-lo. Sinto uma sensação de paz e tranquilidade enquanto observo o seu rosto sereno e cansado.
começo a traçar com o dedo as linhas imaginárias do seu rosto. A sua pele é macia e quente, e o seu nariz ligeiramente arrebitado me faz sorrir. Sinto uma sensação de calor e tranquilidade enquanto fico perto dele, e uma pontada de algo novo começa a florescer no meu peito.
Luffy resmunga algo incompreensível no sono, e se enrola na coberta como um gatinho. Ele parece tão vulnerável e tranquilo que me dá vontade de ficar para sempre ao seu lado, protegendo-o de tudo e de todos. A sua presença me tranquiliza de um jeito que eu nunca imaginei ser possível, e eu me pego pensando se o que estou sentindo é apenas gratidão ou algo mais profundo.

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Monkey D. Luffy
Fanfiction.... Kiara, uma jovem talentosa com o poder da Akuma no Mi "Hikari no Mi", vive uma vida simples Mas sua rotina pacata é interrompida quando um grupo de marinheiros a acusa de ser uma criminosa. Em meio à perseguição, ela se vê envolvida em uma...