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Deixei o chapéu de Ace sobre a cabeceira da cama, a textura do feltro aveludado ainda quente do toque dele. Era um presente de aniversário,  ele insistia em usar, mesmo sob o sol escaldante.  E o cheiro,  aquele aroma inconfundível de  “Ace”,  me  enchia de saudade. Fechei os olhos,  e a brisa da noite,  trazendo o cheiro do mar,  me levou de volta às nossas caminhadas na praia.

A areia macia sob os pés,  a risada dele ecoando no ar...  A imagem era tão real que eu podia sentir a força da sua mão na minha
O sol da tarde pintava o céu com cores vibrantes,  e a promessa de um futuro juntos  brilhava em nossos olhos.  Era a nossa promessa,  a nossa felicidade.

Mas,  de repente,  a imagem começou a se desfazer.  O som do mar se tornava um murmúrio distante,  e  a  figura de Ace  se esvaiava  como  fumaça.  Tentei segurar,  agarrei-me  à lembrança,  mas  era  como tentar  prender  a  água  nas  mãos.  A  dor  da  saudade  me  atingia  com  força,  um  aperto  no  peito  que  me  tirava  o  ar.

Então,  um  raio  de  luz  se  acendeu  no  horizonte,  a  mesma  luz  que  sempre  me  guiava  na  escuridão.  Era  ele,  de  pé  em  um  penhasco,  seus  cabelos  negros  esvoaçando  no  vento.  Ele  me  chamava,  seu  sorriso  radiante  iluminando  a  noite.  Corri  em  sua  direção,  com  um  misto  de  alegria  e  medo.  A  distância  era  imensa,  mas  eu  sabia  que  ele  estava  ali,  esperando  por  mim.

Estava  quase  alcançando-o,  quando  a  luz  se  apagou  e  eu  acordei,  suando  frio.  A  sensação  de  vazio  me  invadiu,  mas  a  lembrança  do  seu  sorriso  ainda  brilhava  em  meu  coração.

Olho pela janela e o sol já está brilhando no céu, uma luz dourada que invade o quarto e me aquece o rosto. A brisa fresca da manhã entra pela porta, carregando o cheiro do mar e me despertando do meu devaneio.

Olho pela porta e vejo aquela animação toda que me faz sorrir.

— Sanji!  grita Nami,  seu entusiasmo contagiando o ambiente, e ela gesticula com as mãos, como se estivesse chamando o cozinheiro

— Chopper, você não me pega! grita Usopp,  sua voz cheia de medo enquanto se esconde atrás de um barril,  e  ele  espreita  com  cuidado  para  ver  se  o  reno  está  perto.

  Zoro, com uma expressão de desconfiança, abre a porta e me encara com os olhos frios,  cruzando os braços sobre o peito.

— Hoje você dormiu mesmo, diz Zoro,  seu tom de voz era frio e um tanto crítico.  Ele inclina a cabeça para o lado, como se estivesse me avaliando.

— Vamos treinar, digo animada,  meus olhos brilhando

— Como você quiser, vai demorar para chegar na próxima ilha, diz Zoro,  ele  dá  de  ombros,  como  se  não  estivesse  muito  animado  com  a  ideia  de  esperar.

— Tempo suficiente, digo, meu sorriso se alargando.

— Quem tava com você ontem?  pergunta Zoro,  sua expressão impassível não me deixa mentir.  Ele me observa com atenção,  como se estivesse tentando ler meus pensamentos.

— Um amigo que me achou, digo,  evitando o seu olhar.  Olho para o chão,

— Hum... tudo bem, —  diz ele, com um leve aceno de cabeça,  como se estivesse  desconfortável com a conversa. Zoro vira as costas para sair, com passos pesados.

— Luffy mandou perguntar, — digo, minha curiosidade crescendo.  Olho para Zoro com uma pitada de esperança,  esperando  que  ele  me  diga  mais.

—  Eu vi, — diz ele, uma sombra de um sorriso se esboça em seus lábios.  Zoro se vira e me olha com um brilho peculiar nos olhos.

— Tudo bem, — digo, respirando fundo, como se estivesse tentando controlar a ansiedade que me toma por dentro.

— A Boa Hancock tá no quarto. O Luffy na cozinha, — diz ele saindo,  com  um  gesto  de  mão  como  se  estivesse  se  despedindo.

O tempo começou a passar rápido. Eu comecei a evitar qualquer lugar que o Luffy pudesse estar com a Hancock. E se eles chegassem, eu saia.  Aquela cena começou a me deixar doida, vê-los juntos me irritava.  Pelo tempo hoje, tudo parece parado.  Estou no convés tomando um banho de sol,  com  o  vento  soprando  em  meu  rosto,  tentando  acalmar  os  meus  pensamentos.

—  Tempestade! —  grita Usopp,  e  um  vento  frio  sopra  sobre  minha  pele,  como  se  uma  mão  gelada  me  acariciasse  brutalmente.  Gotas  de  chuva  começam  a  cair  violentamente,  transformando  o  céu  azul  em  uma  massa  cinzenta  e  turva.  O  mar  que  antes  era  tranquilo,  agora  se  agita,  ondas  altas  e  esbranquiçadas  se  chocam  contra  o  casco  do  navio,  como  se  quisessem  engolfá-lo.  O  ar  está  cheio  de  um  cheiro  de  sal  e  umidade,  e  o  som  da  chuva  batendo  no  convés  é  ensurdecedor.  Raios  brilham  no  céu,  iluminando  a  paisagem  com  um  brilho  violento  e  efêmero,  seguidos  de  trovões  ensurdecedores  que  fazem   tremer.  A  tempestade  é  uma  força  indomável  da  natureza,  e  o  navio  se  debate  nas  suas  mãos  cruéis.

— Todos se protejam! —  grita Sanji,  com  um  tom  de  voz  urgente,  como  se  estivesse  ordenando  uma  manobra  de  guerra.

— Ondas gigantes estão vindo em nossa direção! — diz Zoro, que está parado olhando o mar, com um olhar fixo e sereno, como se estivesse  meditando  sobre  o  movimento  das  ondas.

— Vamos continuar pela tempestade, — diz Luffy,  segurando  o  chapéu  para  o  vento  não  leva,  com  um  sorriso  contagiante,  como  se  estivesse  se  divertindo  com  a  situação.

— Droga! Droga! Agora é a Marinha! — grita Usopp,  com  um  tom  de  voz  de  pânico.

Enormes ondas,  como  paredes  de  água  esbranquiçada,  se  chocam  contra  o  navio,  fazendo  ele  balançar  violentamente,  como  se  estivesse  sendo  sacudido  por  um  gigante  invisível.  A  água  salgada  esguicha  por  todos  os  lados

A  tempestade  se  intensifica,  o  céu  fica  completamente  negro,  e  o  som  da  chuva  é  ensurdecedor.

De  repente,  no  meio  da  tempestade,  surgem  navios  de  guerra  da  Marinha,  com  canhões  apontados  Sunny.  Uma  rajada  de  balas  de  canhão  é  disparada,  os  projéteis  voam  pelo  ar  com  um  zumbido  ameaçador,  e  explodem  perto  do  navio,  criando  ondas  de  choque  e  deixando  um  cheiro  de  pólvora  no  ar

A  tripulação  se  agarra  em  tudo  o  que  pode,  tentando  se  manter  de  pé.  A  tempestade  é  uma  força  indomável  da  natureza,  e  o  navio  se  debate  nas  suas  mãos  cruéis.A  tripulação  se  agarra  em  tudo  o  que  pode,  tentando  se  manter  de  pé.  A  tempestade  é  uma  força  indomável  da  natureza,  e  o  navio  se  debate  nas  suas  mãos  cruéis.

— O que vamos fazer? — grita Nami, com um tom de voz desesperado,  segurando  o  corrimão  do  navio  com  força,  como  se  estivesse  tentando  se  manter  firme  no  meio  da  tempestade.

— Se algum de nós cair no mar será difícil salvar, — diz Robin,  com  um  tom  de  voz  sereno,  mas  com  um  brilho  de  preocupação  nos  olhos,  como  se  estivesse  avaliando  a  situação  com  cuidado.

— Não vamos cair! —  grita Luffy,  com  um  sorriso  determinado,  como  se  estivesse  tentando  transmitir  confiança  para  a  tripulação.

— Luffy, não seja idiota! —  grita  Sanji,  com  um  tom  de  voz  irritado

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