Amy Grace 1 parte 2

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Acordei de manhã com uma dor de cabeça insuportável, me levantei e fui até o espelho me olhar e dei um grito, me assustando com a merda que eu tinha feito

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Acordei de manhã com uma dor de cabeça insuportável, me levantei e fui até o espelho me olhar e dei um grito, me assustando com a merda que eu tinha feito. Eu bebi por causa dele de novo, não posso acreditar que dessa vez eu cortei o meu cabelo.

— Que grito foi esse? — Ethan entrou no meu quarto assustado.

— Olha o que eu fiz com o meu cabelo — falei, passando a mão nos meus fios.

— Eu disse que estava horrível — ele saiu rindo.

Não posso acreditar no que fiz, me levantei e fui tomar um banho, estou com cheiro de álcool. Saí do banho colocando outra farda, ainda tenho que trabalhar hoje e já estou me sentindo muito exausta. Fui para a sala e Ethan estava sentado comendo panquecas enquanto assistia televisão. Eu me joguei no sofá, colocando a cabeça no seu colo. Nesses anos em que ficamos juntos, viramos praticamente irmãos de verdade, um ajuda o outro e um defende o outro.

— Saí de cima de mim, bafo de onça — ele me empurrou, me fazendo cair no chão.

— Só para você saber, eu já escovei os meus dentes — falei, dando um tapa na cabeça dele.

É, viramos irmãos mesmo, fui até a nossa cozinha americana e peguei um copo de café preto bem cheio, preciso aguentar o dia de hoje, me sentei do lado dele que estava assistindo ao jornal.

"Mais meninas estão desaparecendo aqui em Saler Viw, a cidade já bateu o recorde de sequestro e de tráfico humano, as coisas só pioram"

Ele desligou a televisão e ficou pensativo. Do mesmo jeito que eu chorei pelo Elliot esse tempo todo, Ethan sofreu pela Ana, eu nunca parei para perguntar como eles se conheceram, eu tenho medo de deixá-lo ainda mais triste, sempre o escutei gemendo, chorando sozinho.

— Você acha que ela está viva? — Ele perguntou, deitando sua cabeça no meu ombro.

— Tudo é possível, Ethan, não podemos desacreditar— falei encostando a minha cabeça na dele.

— Mas é que já se passaram tantos anos, não gosto de imaginar tudo o que ela passou até agora — seus olhos se encheram de lágrimas.

Olhei para o lado para que ele não percebesse meus olhos vermelhos querendo chorar.

— O que vocês tinham era muito especial? — Tomei coragem para perguntar.

— Sim, Amy, muito. Ela é a mulher mais linda que já vi na minha vida, seu cabelo loiro escuro brilhava quando o sol batia, seus olhos azuis chamavam a atenção de longe.

Ele é diferente do Elliot, apesar de serem muito parecidos na aparência. Ethan é carinhoso e pelo visto muito romântico, pelo menos ele não virou um amargurado como o irmão. Os olhos dele brilham quando ele fala da Ana Fuller.

— Vocês se beijaram? — perguntei.

— É claro que sim, na verdade eu esperava o Elliot sair do quarto todas as noites para ir para o seu. Assim que ele saía, eu pulava a janela e ia para a casa dela e voltava de manhã antes de o Elliot voltar para o quarto — ele falou, rindo e um pouco envergonhado.

Mas  invadir o quarto das garotas de que eles gostam parece que faz parte do DNA. Virei o resto de café na boca, fiz qualquer penteado no cabelo, nada estava dando jeito depois que eu cortei, vou ter que arrumar essas droga.

— Estou indo, se alguém na faculdade fizer alguma coisa com você, é para me ligar, não tente resolver sozinho — falei antes de sair.

Depois que  Elliot foi acusado de todos os crimes que ele não cometeu, tráfico, assassinato, abuso e vários outros, quem mais sofreu com tudo isso foi Ethan. Depois de anos, ele começou a ter um pouco de paz agora, mas no começo ele quase morreu várias vezes porque agrediram ele.

Usei o elevador para descer, quando entrei, o vizinho do andar de baixo me cumprimentou, lembrei do que eu disse ontem: "Vou transar com o primeiro pênis que eu ver na rua". Eu entrei em crise de risos dentro do elevador. O homem me olhou assustado, bom, se um dia ele me olhou de forma diferente querendo me cantar, essa vontade passou agora com certeza. Quando o elevador abriu, ele ainda assim me cumprimentou na saída.

— Tenha um bom trabalho, Amy.

— Obrigado, você também, senhor Evans — falei, dando um aceno.

Quem sabe eu não abra uma nova porta para o amor, posso dar uma chance para mim de novo, eu não posso viver nas sombras do Elliot, como se ele estivesse vivo.

— Vamos, garota, temos que correr atrás de bandidos hoje — Morgan estava me esperando no seu carro.

Morgan Brown, minha parceira de trabalho e filha do delegado Lucas, meu chefe.

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