Amy Grace 2 parte 2

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Eu voltei para casa bem irritada, subi no elevador e encontrei de novo o meu vizinho do andar de baixo

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Eu voltei para casa bem irritada, subi no elevador e encontrei de novo o meu vizinho do andar de baixo.

— Eu vi você na televisão hoje — ele sorriu e olhou para os lados.

— Se eu soubesse que ia passar na televisão, teria ajeitado o meu cabelo torto — respondi com um sorriso de canto.

— Você estava linda, é o meu andar — ele falou, saindo.

Ele é bonito, não é muito forte nem magro, faz o meu tipo, Evan e Amy, acho que combina. Cheguei indo direto para o meu quarto, peguei a minha jaqueta e joguei por cima do meu traje de policial, peguei uma bolsa e guardei a minha arma. Ethan estava deitado no sofá, então deixei um recado para ele antes de sair.

— Eu vou demorar para chegar hoje, não se preocupe comigo, estou investigando um caso.

— Você passou no jornal — ele disse.

— EU SEI — dei um grito antes de sair.

Peguei minha picape e coloquei a localização da casa que quero ir no GPS, eu tenho que encontrar alguma coisa lá, qualquer resquício para convencer o delegado. Dei voltas e voltas, parece que o GPS sempre me manda para o local errado. Depois de umas duas horas, eu finalmente encontrei a casa que um informante me passou.

Deixei o carro longe e entrei. Estava tudo escuro, fiquei preocupada ao notar que a porta já estava aberta. Tinha um senhor jogado no chão, uma menina deitada no sofá completamente dopada, tem gente dentro dessa casa. Fui aos cômodos debaixo, olhei um por um e não encontrei ninguém, subi as escadas lentamente, tinham três portas no grande corredor, a primeira estava aberta e não tinha nada, a segunda estava fechada, mas não trancada, porém, não tinha ninguém dentro, tentei abrir a terceira e não consegui, vou ter que usar os métodos que aprendi como policial, fui para longe, corri e dei um belo chute que abriu a porta, entrei apontando a minha arma.

— Que merda! — tomei um susto.

Meu coração palpitou quando vi três elementos quase  me comendo viva. Um deles estava ao lado da porta, também apontando para mim. Sua arma mirava para a minha testa, já a minha apontava para o seu peito. Do meu lado esquerdo, havia mais dois homens apontando as armas para mim. Os três homens são fortes, altos, o homem que estava do meu lado foi para a minha frente, tapando toda a minha visão, sua arma encostou na minha testa, ele usava uma balaclava, eu só conseguia ver seus olhos, ele se aproximou mais um pouco e eu pude ver, lindos olhos azuis, minhas pernas tremeram, não pode ser idêntico, mas ele está morto, não consegui me conter e então perguntei.

— É você, Elliot? — perguntei sem parar de apontar para o seu peito enorme.

Perguntei, mesmo sabendo que ele morreu, ele tem o triplo do tamanho dele. Se Elliot estivesse vivo, ele teria vinte e sete anos. Uma voz rouca e forte tomou conta do ambiente.

— Abaixem as armas, só eu posso apontar a minha arma para o seu rostinho lindo.

É ele ou não é? Sua voz é mais grossa, seu corpo está muito maior, seus braços são como de um homem que malhou a vida inteira, só que agora, em vez de usar máscaras que topavam só da boca até o pescoço, eles usavam balaclavas pretas com caveiras. A sua tinha uma caveira vermelha e a dos dois homens lá traz,  um usava uma caveira branca e o outro estava usando uma caveira azul escura. Ainda não sei se realmente são eles, estou há tanto tempo sem os ver que posso estar alucinando.

— É você, não é? Olha o que você se tornou, te falei para não se afundar na porra do inferno e você se tornou o próprio diabo — falei tentando tirar alguma coisa dele.

Sua boca foi até os meus ouvidos, sua mão livre segurou no meu pescoço sem apertar e mesmo assim me machucava, é pesada e cheia de calos. Seu hálito quente na minha orelha, sua voz rouca e grossa disse:

— Parece que você se tornou policial, Amy Grace — falou grosseiramente.

Sua voz era como dezenas de trens passando, ou melhor, como a de um trovão caindo bem em cima da minha cabeça.

— E você se tornou a porra do seu pai — falei.

Sua mão apertou mais forte o meu pescoço.

— Você tem a boca suja agora, prefiro a Amy de antes.

— Aquela Amy morreu, caralho.

— Então, parece que você está pronta agora — sua voz me fazia tremer.

— Pronta para quê? — perguntei.

— Para receber meu pau dentro do seu rabo — ele rosnava enquanto falava.

Que homem ridículo.

— Nem na porra dos seus sonhos — respondi.


Quero acreditar que seja uma pegadinha, alguém fingindo ser ele. Eu joguei a porra do seu nome naquela fogueira, eu fiz o meu próprio ritual, o ditado era "Jogue dentro da fogueira aquilo que é ruim". Eu joguei o seu nome, sua imagem, suas doces palavras ditas a mim, eu joguei você, Elliot, dentro daquela fogueira.

— Você está morto, é uma miragem — falei, deixando uma lágrima escorrer.

— Levem as malas com droga, pode deixar que eu a levo — seus olhos voltaram para mim.

Eu não deixei de apontar a minha arma nem por um minuto, mas ele conseguiu tirá-la de mim. Ele me virou de costas, seus músculos me espremiam no seu corpo. Eu podia sentir minha bunda roçando nele. Um pano tapou o meu nariz e eu desmaiei.

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