Amy Grace 13 parte 1

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O que eu escutei foi aterrorizante, o sangue escorrendo no chão, a voz do homem pedindo socorro, como eles aguentam tudo isso? Eu não posso suportar, não posso ver algo como aquilo, eu sou policial, mas nunca vi um homem ser torturado na minha pro...

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O que eu escutei foi aterrorizante, o sangue escorrendo no chão, a voz do homem pedindo socorro, como eles aguentam tudo isso? Eu não posso suportar, não posso ver algo como aquilo, eu sou policial, mas nunca vi um homem ser torturado na minha profissão. Preciso conversar com o Elliot sobre isso, eu sou uma policial, não posso compactuar com as coisas que eles fazem.

Ele está deitado na minha perna, brincando com o gatinho, nem parece que há alguns minutos estava torturando um homem. Ele levanta o gatinho e olha-o nos olhos, passa seu nariz no nariz do gatinho, tão diferente, outra pessoa, outro homem está aqui sentado no chão, com a cabeça na minha perna.

— Ele é tipo o nosso filhinho — ele falou, me dando o gatinho.

— Nosso segundo filhinho — respondi.

Nos olhamos entristecidos, mas sem falar no passado, principalmente aquele que mais nos magoou, aquele que transformou o Elliot no que ele é hoje.

— Qual vai ser o nome? — ele perguntou.

— Pode ser enemy, o que acha? — perguntei, acariciando o gatinho que estava deitado no seu colo.

— Eu acho que combina com ele — sua cabeça repousou na minha perna.

Acariciei o seu rosto, eu estava segurando o choro, algumas lágrimas caíam, mas porque eu vou precisar falar umas verdades para ele, verdades que machucam.

— Você terá que cuidar do Enemy sozinho — sussurrei.

— Do que está falando? — Ele me olhou sério.

— O que eu venho te falando há um tempão, hoje eu só confirmei tudo o que já pensava, eu tentei ficar ao seu lado, Elliot, talvez se eu não fosse policial aí sim poderíamos ficar juntos — tirei a minha mão do gatinho.

Ele se levantou, colocou o gatinho na cama, longe da gente, e se aproximou de mim. Ele estava ficando irritado.

— Então você vem até a minha casa, me traz um gato e depois fala que a gente não pode ficar juntos? — Ele falou em pé na minha frente.

— Eu trouxe o gato exatamente para isso, para te trazer paz. Depois do que eu vi hoje, vocês precisam de algo para se agarrar — falei, me levantando.

— Eu não posso acreditar no que eu estou escutando — ele passou a mão no seu cabelo.

Elliot nunca vai entender o meu lado. Ele se acha foda, acha que pode tudo, mas eu não sou desse jeito. Se descobrirem que uma policial está andando com assassinos, vamos todos nos ferrar juntos e ainda tem o fato do Elliot não confiar em mim.

— Pois acredite, Elliot, porque estou falando sério — fui para frente dele.

— Então, você me trouxe o gato para eu não sofrer tanto por você não querer ficar ao meu lado, Amy? É isso mesmo?

Assenti.

— Caralho, Amy, você não presta — ele estava bufando.

Sofrer agora vai ser mais rápido do que deixar para sofrer depois. Nós temos que nos superar de algum jeito, precisamos ficar longe um do outro.

— Isso é necessário, você também não confia em mim — olhei para o fundo dos seus olhos.

— Eu confio sim, Amy — ele respondeu.

— Então me conta por que assumiu toda a culpa naquele dia, qual foi a condição para aquilo, não me esconda mais — segurei na sua blusa com força.

Ele olhou para os lados, tentando não me fitar. É isso que me irrita nele, ele nunca me conta nada de importante, sempre escondendo alguma coisa.

— Isso é passado, eu já falei — ele sussurrou, olhando para o teto.

Balancei a cabeça em negação.

— Eu preciso de alguma informação sobre o Carson, sei que vocês podem me dar alguma coisa para levar para a delegacia, você pode me dar alguma informação? — perguntei seriamente.

— Não compactuamos com policiais, é uma regra — seus olhos voltaram para mim.

Eu me virei, coçando a cabeça, eu sempre tenho que estar à disposição dele, mas ele nunca pode estar por mim, não dá para ser desse jeito.

— Então eu também não posso vir aqui, Elliot — respondi.

— Eu preciso de você, vai ter uma festa de gala e podemos obter informações lá, você pode tentar descobrir algo. Vem comigo?

— Você não pode me dizer nada, mas precisa de mim para o planinho de assassino de vocês? E ainda tenho que tentar achar uma resposta sozinha? — perguntei, incrédula.

— Exatamente. Não depende só de mim — ele respondeu.

— Então eu sou sua inimiga, Elliot, se você vier atrás de mim, eu vou te prender, se tentar algo, eu vou sacar a arma para você — falei choramingando.

— Então, é melhor estar pronta para brigar comigo, porque eu vou fazer exatamente o que você quer que eu não faça.

Ele não entende nunca, não sei mais o que fazer para mantê-lo longe, esse amor não pode existir, a gente nunca será feliz, isso nunca poderá dar certo. Fui andando até a porta, ele andou em passos largos e entrou na frente, não me deixando sair.

— Nosso gatinho precisa da mãe, não vou dar conta de ser pai solteiro — ele falou com os braços cruzados.

— Saí da frente, porra, o gato é seu, não me envolva.

— Eu não fiz a porra do gato sozinho, caralho, foi você quem trouxe ele — ele falou irritado.

Ele continuou parado, me enfrentando, a porra do diabo que ver o que eu sou capaz de fazer é isso, me distanciei dele, saquei a minha arma, apontando para o seu peito.

— Saí, caralho — falei com a voz grossa.

— Nossa, você fica linda mesmo quando não presta.

Tirei o meu distintivo do bolso e mostrei.

— Eu sou uma autoridade e exijo respeito, quero que saia da minha frente agora — Continuei falando grosso.

— Então, a senhora policial terá que fazer mais do que apontar uma arma para o meu peito — ele disse.

Deus, quais pecados eu cometi para estar passando por isso? Por que não é possível? Eu fui tão santa na minha juventude, não entendo por que isso está acontecendo comigo. Apontei a minha arma para o seu lado esquerdo e dei um tiro, quebrei a parede do quarto dele, deixando um pequeno buraco. Ele me pegou pela cintura, me levantou, me colocou em cima da cama e colocou o cano da minha arma na sua testa.

— Acho que sua pontaria ainda está ruim — ele debochou.

Nossos olhos estavam se fitando, ele estava com um rosto de irritação, e eu também. Eu queria puxar a porra do gatilho, eu tentei ter forças para fazer isso, mas não, não consigo atirar nele de jeito nenhum. Então, eu guardei a minha arma no bolso, o que fez seu sorrisinho sair no canto da sua boca.

Aquilo me deu tanta raiva que eu o ataquei, pulei em cima dele com força, a gente caiu no chão, dei um soco forte no seu rosto.

— Merda! — reclamei, balançando a mão de dor.

— Era melhor ter atirado — ele falou.

Então eu fiz o que faço de melhor, usei a minha unha afiada e afundei no braço dele com força, puxei arranhando seu braço tão fundo que começou a sangrar. O gatinho estava em cima da cama observando tudo enquanto lambia as patinhas.

— Porra, Amy, você é louca, caralho? — Ele estava tentando usar a manga da roupa para estancar o sangue.

— Sim, agora você sabe o quanto eu sou louca — olhei para o seu braço.

Agora eu estava me sentindo mal, é uma boa hora para correr e fugir dele, mas eu peguei no seu braço. Eu não sei de onde veio aquela vontade, mas eu queria sentir o gosto que ele tinha. Segurei com as duas mãos, aproximei-me da minha boca e dei uma lambida no sangue que escorria. Ele puxou o meu rosto pelo queixo.

— Amy? — ele me chamou, incrédulo.

Eu voltei com a língua para o seu braço e dei outra lambida, tinha sangue no canto da minha boca.

— Porra, Amy, está me excitando, caralho — ele levou sua mão até o meu rosto, me acariciando enquanto eu lambia o sangue que escorria do seu braço. — Você é mais doente que eu, princesa, seria melhor se fizesse isso no meu pau.

Tirei o meu rosto, lambi o sangue que estava no canto da minha boca e voltei a colocar a minha boca no seu braço. Eu queria ele para mim, eu estava excitada, minha boceta estava molhando.

— Não coloca a língua assim não, que merda, Amy, eu quero foder você — ele puxou a minha boca.

Ele me beijou, forte, sua mão puxava o meu rosto para mais perto o possível dele, eu chupei os seus lábios de baixo, ele rosnou na minha boca, respondeu à minha chupada com uma mordida forte no canto da minha boca. Estávamos ofegantes, eu o soltei, empurrando aquela tentação macabra para longe de mim.

Eu saí da porra do transe em que eu estava, me levantei e aproveitei para ir embora. Estou com tanta vontade de ser fodida por ele que me deu vontade de sentir o gosto do seu sangue, estou enlouquecendo.

— ISSO, AMY, VAI COMPRAR CIGARRO — ele gritou.

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