Amy Grace 7 parte 1

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Estou na delegacia tentando convencer o delegado de que as provas que eu trouxe são importantes, já que ele as taxou  de nada

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Estou na delegacia tentando convencer o delegado de que as provas que eu trouxe são importantes, já que ele as taxou  de nada. Eu e Morgan estamos revoltadas, ainda estamos com advertência e não podemos sair na rua para prender nem os criminosos pequenos, por uma semana.

— Isso não prova nada, poderia ser qualquer outra pessoa — o delegado disse, jogando as fotos em cima da mesa.

— Se investigarmos mais afundo, poderemos achar algo — tentei ser mais paciente.

— Eu disse a você que, se você não trouxesse nada, teria que parar de falar sobre Carson e Ashley aqui. O homem era pai de família, perdeu a esposa há muito tempo, o filho era um criminoso, um assassino e ainda não entendo por que você fica falando da sua pobre mãe. É por isso que eles sumiram do mapa.

Odeio escutar eles chamando o Elliot de criminoso, quero tanto provar para todos dessa cidade que ele é inocente dos crimes de que foi acusado.

— Mas delega... — fui interrompida.

— Chega, Amy Grace, vai encontrar bandidos de verdade quando você sair da sua advertência.

— Se aposenta logo, velhote — Morgan se levantou irritada.

Ela sempre enfrenta o pai dela sem medo, acho que ela só já não foi demitida por causa disso. Não digo que aqui ela está enfrentando o pai dela, mas sim o delegado Lucas.

Não dá para acreditar na merda que estou escutando, no final o cretino saiu ileso como sempre. O dinheiro pode comprar a lealdade de um homem e corrompê-lo, mas nunca comprará a justiça. Parece que terei que encontrar provas contra ele sozinha, quando eu conseguir, vou mostrar para o delegado.

Sentei-me na minha cadeira, jogando a minha cabeça para trás, pensativa. Morgan estava com as pernas em cima da mesa, comendo batata chips com um olhar ameaçador.

— Liga não, Amy, eu vou me tornar delegada e acabar com esse velhote — ele disse mordendo a batata.

— Ele é o seu pai, Morgan.

— Antes de ser o meu pai, ele é o meu chefe — ela respondeu.

— Fogo, fogo — um policial gritou correndo do banheiro.

Que merda! Saímos correndo de dentro da delegacia, fomos todos para o lado de fora e observamos a delegacia sendo apagada por extintores porque algum desgraçado incêndio ela. Olhei para longe tentando encontrar alguém e vi o idiota do Elliot fumando em pé ao lado da sua Porsche. Eu fui andando na sua direção como uma fera, estou pronta para acabar com ele se ele tiver alguma coisa a ver com isso.

— Foi você? — Já cheguei o acusando.

— Gostou do presentinho? — ele disse, depois tragou o cigarro.

— Que porra de presente, Elliot, você incendiou a delegacia por qual motivo? — perguntei irritada.

— Por que você decidiu me ignorar? — Ele respondeu como se não fosse nada.

— Você incendiou a delegacia, colocando a vida de todo mundo em risco, por que eu não respondi suas mensagens idiotas?

— Primeiro, está todo mundo bem, eu não fiz para machucar as pessoas. Segundo, veja pelo lado positivo, você ganhou o resto do dia de folga — ele disse, abrindo a porta do carro.

— Não tem lado positivo, vamos ter que alugar um estabelecimento agora até a delegacia ser restaurada, essa é a porra do meu trabalho, Elliot. Você é doente, vai ao psiquiatra.

— Entra na porra do carro — ele ordenou.

Estou tentando ter paciência com ele, mas a cada dia que passa está mais difícil. Ele me mandou até foto do seu pau, ele não era desse jeito, parece que algum animal comeu os últimos miolos que existiam na sua mente.

— Estou com a minha picape — respondi.

— Eu vou mandar alguém vir buscar, agora entra nesse carro logo — ele falou com a porta aberta.

Eu entrei surtando, ele jogou o cigarro fora, o pulmão dele deve estar preto de tanto fumar, eu não disse nada a viagem inteira, ele foi em direção ao meu apartamento e Ethan estava esperando na porta, ele parou e Ethan entrou no carro.

— Eu quero ir para a minha casa — falei.

— Calma, Amy, falei para o Elliot que queria conhecer a mansão dele — Ethan respondeu sorrindo.

— Eu não acho prudente envolver o Ethan na sua vida caótica, Elliot — olhei para ele seriamente.

— O Ethan é o meu irmão, pare de falar como se ele fosse o seu. E outra, se ele quiser morar comigo, ele tem todo o direito — Elliot respondeu.

— Eu não quero morar com você, jamais abandonaria a  Amy, ela é minha irmã mais velha preferida, só quero saber onde você vive mesmo.

Eu ri da cara de cachorro morto que o Elliot fez, eu e Ethan passamos por muitos momentos difíceis juntos.

— Eu cuidei de você desde que você era um bebê, agora você está me traindo dessa maneira.

— Está com ciúmes, Elliot? — perguntei, rindo.

— Um pouco — ele respondeu.

Acho que no fim ele se sente aliviado por eu e Ethan termos nos conectado tanto, afinal foi um cuidando do outro desde que ele sumiu. Ethan nunca me abandonaria, nem eu abandonaria o meu irmãozinho mais novo.

Chegamos à mansão enorme dele e é lógico que Ethan iria ficar com os olhos arregalados vendo tudo isso. Eu me sinto até mal por não ter conseguido dar a ele mais que um apartamento velho perto do centro da cidade.

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Posto o resto mais tarde.

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