Amy Grace 17 parte 2

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Não posso dizer que tive bons sonhos essa noite, porque não tive

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Não posso dizer que tive bons sonhos essa noite, porque não tive. Muitos pesadelos do Elliot triste, ele dizia "Você me traiu". Foi com o que sonhei a noite inteira, foi tão torturante que parece que foi a noite inteira.

Batidas fortes na porta do meu quarto atrapalham o meu sono, quem está me acordando tão cedo? Levantei-me, desorientada. Abri a porta e Ethan estava me olhando desesperado, ele estava andando de um lado para o outro.

— O que você aprontou, Amy? — perguntou exasperado.

— Do que está falando?

— Coloca uma roupa — ele pediu.

Fui até o quarto e joguei um blusão por cima da camisola que eu usava, ele pegou no meu pulso, me puxando para fora do apartamento. Me assustei vendo no corredor um homem alto vestido todo de preto. Assim que o homem me viu, seus olhos observaram as minhas pernas.

— O que é isso? — Estava tentando entender.

— Você precisa ver mais — Ethan continuou puxando o meu pulso.

Descemos no elevador para o segundo andar, tinha mais um homem nesse corredor também.

— Agora abre todas as portas dos apartamentos aqui nesse andar — Ethan apontou para as portas.

Então eu fui andando sem entender, a primeira porta que abri foi a do Evans, me deparei com a casa toda vazia, não tinha nada, eu entrei abrindo todos os cômodos e nada. Elliot, que porra você fez? Abri a porta da senhorinha que também mora nesse andar e nada, casa completamente vazia.

— O quarto andar e o primeiro também estão assim — Ethan falou.

— E o térreo? — perguntei.

— Desça e veja você mesmo — ele enfiou as mãos no bolso do seu moletom preto.

Entrei no elevador e desci para o térreo, mais três homens vestidos de preto e o porteiro que costumava ficar aqui sumiu. Olhei para um dos homens que só acompanhava cada passo que eu dava, mas não dizia uma se quer palavra, e eu perguntei várias. Olhei para o canto da parede e vi uma câmera.

— Câmera? — perguntei.

— Tem em todos os corredores, em todos os andares. Melhor a gente subir e você ir me contando o problema grande que causou, porque somente uma pessoa teria todo esse trabalho — Ethan voltou para o elevador.

Enquanto eu estava voltada para o elevador, vi os homens me olhando, eles não me olhavam nos olhos, olhavam apenas para os meus pés, eles me olhavam com frieza. Eu estava com medo, muito medo. Senti um arrepio subindo pelo meu corpo quando cheguei no meu andar, entrei no meu apartamento ainda me sentindo tonta, sentei-me no sofá e coloquei as mãos na cabeça, acho que fiz tudo errado. Ethan se abaixou perto de mim, esperando que eu contasse o que tinha feito.

— Eu falei que o traí — enfiei minhas unhas na boca, roendo-as.

Ethan passou a mão no rosto e balançou a cabeça em negação.

— E você fez isso? — ele perguntou.

— Se você contar para ele, eu te mato — apontei meu dedo para o seu rosto. — Eu menti, a situação estava ao meu favor, era o único jeito de fazê-lo acreditar, ele viu Evans saindo do apartamento, tudo se encaixou para a minha mentira.

Ele se levantou, andando de um lado para o outro, ele estava mais ansioso que eu.

— Porra, Amy, estamos fodidos, dessa vez ele joga você dentro da fogueira — ele estava colocando as mãos no coração. — Não posso morrer, sou muito novo.

— Vai embora daqui, Ethan, vai morar com ele na mansão, deixa que eu resolvo as coisas com Elliot — me levantei do sofá pensando no que fazer.

— Não vou te abandonar, Amy, mas você precisa contar a verdade para ele, o que está fazendo é muito errado.

— Não vou contar a verdade — respondi.

— Estamos mortos — ele se jogou no sofá.

Meu celular tocou no quarto, eu entrei vendo a tela dele brilhar em cima do criado mudo, me aproximei vendo que era o Elliot que estava me ligando. Engoli em seco e fiquei pensando se atendia ou não, ele não parava de tocar e minha mente já estava ficando louca. Eu atendi e escutei seu rosnado grave nos meus ouvidos, minha barriga se revirou só de escutar.

— Minha gatinha, já está acordada? — Sua voz rouca saiu, me quebrando por dentro.

Não posso parecer fraca, eu demorei para responder, escutei sua respiração forte, então eu falei com voz em um tom forte, sem demonstrar medo.

— Tira as câmeras e esses homens daqui — tentei ser fria.

— Não posso, tenho que vigiar uma gatinha sorrateira que está morando no prédio que eu comprei — ele gargalhou. — Vai ter que pagar o aluguel para mim agora.

Fiquei boquiaberta, é impossível, como ele tirou todo mundo de madrugada, como comprou tudo? Eu me fazia várias perguntas.

— É impossível, Elliot — falei sem fôlego.

— Dinheiro compra tudo — ele disse. — Fizemos do seu jeito até agora e não deu certo, então agora será do meu jeitinho — ele deu uma última risada antes de desligar.

Deus sou eu de novo! Como irei lidar com esse homem? Ele estava tão bonzinho que esqueci como era o Elliot de vinte e dois anos, o de quinze, o de treze que roubou o meu primeiro beijo escondido. O de dezessete anos que se trancou comigo em uma sala escura na escola e ficou me perturbando o dia inteiro.

— E aí ele terá piedade de nós? — Ethan perguntou.

— De você talvez, agora de mim? Nem se eu virasse freira — sentei-me no sofá e mandei mensagem para ele.

"Eu: Tem tantos homens aqui, talvez eu queira algum deles"

"Elliot: Falei para eles olharem somente para os seus pés, se qualquer um deles chegar perto de você, eles terão os olhos arrancados"

"Eu: Para que tantos deles?"

"Elliot: Caso algum homem não autorizado entre, eles estão prontos para matá-lo. Preciso de olhos vigiando a minha gatinha, já que ela gosta de beijar bocas alheias.

Chega, vou trabalhar, sair desse cativeiro que ele transformou para mim. Estou andando, sentindo o meu peito doer, mal consigo colocar o meu uniforme. Descer e ver esses homens olhando para os meus pés, isso é tão estranho. Parei de frente para a câmera do térreo que está em um canto e fiquei olhando. Eu sinto que ele está me observando, me vigiando de longe, sinto seu hálito de longe adentrando na minha pele.

Corri para a minha picape e fechei a porta, o único lugar em que estou me sentindo segura no momento. Fui para a delegacia e vi um homem de preto, eles usam terno, ele está do outro lado da rua olhando aqui para dentro.

— O envelope chegou — Morgan colocou na minha mesa.
Parei de dar atenção para a rua e olhei para ela.
— Você ainda não me disse o que o Elijah fez com você — peguei o envelope.

— Esqueci isso, ele é um eterno idiota. Abra logo o envelope — ela apontou.

Eu abri, tinha a foto de um homem, o endereço da sua casa e as suspeitas do delegado são a venda de drogas para uma pessoa grande.

— Ele quer que a gente vigie esse homem por uns dias, ele pode estar envolvido em vários esquemas de tráfico — ela disse.

— Então, é só a gente mandar um mandado de busca e apreensão na casa dele.

— Amy, eles não querem o traficante, querem o peixe grande para quem o traficante vende — ela puxou a foto do homem da minha mão.

Agora eu entendi, temos que tentar descobrir quem é o homem que está comprando uma grande quantidade de drogas desse homem. Vou começar a pesquisar sobre a vida dele hoje mesmo, não posso dar bobeira nesse caso, se não, não terei outros.

Eu e Morgan ficamos até tarde na delegacia pesquisando sobre o homem, ele tem uma pequena loja de doces, uma esposa e dois filhos, parece tudo muito tranquilo e normal, mas é só para manter as aparências. Já estava de noite, nós somos as únicas na delegacia, meu celular vibra, eu o pego do bolso, Ethan está me ligando.

— Estou ocupada.

— Amy, vem aqui na mansão, tenho algo para te mostrar — sua voz estava trêmula.

— O que houve? — Perguntei, me levantando.

— Venha logo, pelo amor que você tem pela minha vida — ele suplicou.

O que o Elliot está fazendo com ele? Ele não pode fazer algo com o Ethan por causa de mim, que droga.

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