Avni está aqui em casa desabafando sobre a sua vida amorosa, se ela soubesse como a minha está frustrada, o Elliot não deixa a porra da minha cabeça, pensar que ele está naquela mansão com aquela Tracy super gata e gostosa me faz querer aceitar seu pedido para me mudar, mas não posso me deixar levar por algo tão banal, eu não sou desse jeito.
— Tinha um girassol na minha porta — ela disse com olhos marejados.
— Um girassol? — Retruquei.
— Sim, Amy. Eu disse para o Liam que adorava girassóis e ele já me deu antes dele desaparecer — ela disse, pegando um vestido apertado e me dando. — Experimenta esse.
— Parece que o Liam é romântico, com certeza foi ele que mandou, só está se escondendo nas sombras — coloquei o vestido que ela me deu.
Estou escolhendo uma roupa para usar na festa do Elliot, na verdade, eu nem sei o que é essa festa, mas tudo o que eles fazem é para encontrar Ana, por isso me envolvi.
"Eu: me explica sobre a festa"
— Você bem que podia pedir para eu participar também.
— Amiga, Elliot disse que vai ser muito perigoso, não sei se é uma boa ideia — respondi.
"Elliot: festa com assassinos perigosos, ainda não acho uma boa ideia você vir"
— Então por que você vai? — ela perguntou.
— Porque eu sou policial e vou levar uma arma comigo — Respondi, mostrando a arma.
"Eu: eu sei me virar e também já estou escolhendo o meu vestido"
"Elliot: sabe, se virar porra nenhuma, é melhor não sair da minha vista"
"Elliot: nada de vestido curto, melhor eu comprar o seu vestido"
Lá vai ele querer me mandar ou decidir o que eu quero para mim, se bem que seria um ótimo castigo pegar o vestido mais caro para ele pagar.
"Eu: acho uma boa ideia, a gente se encontra amanhã no shopping"
"Elliot: ok"
Agora ele vai se foder na minha mão, quero ver até onde aquele cachorrinho vai por mim.
— Amy, entrega isso para Liam quando ver ele — Avni me entregou uma carta.
— Pode deixar que vou entregar sim.
Ela deve sentir muita falta dele, sei que no passado ela gostava muito do Liam, ele sempre foi o carinha ideal para ela. Eles ficam se escondendo naquela mansão escura no meio das sombras da floresta. O mais interessante é que todo mundo sabe que a mansão foi comprada, mas ninguém reconheceu nenhum dos três.
X
Peguei o elevador, Elliot me ligou dizendo que está me esperando lá embaixo. O elevador parou no segundo andar. Evans entrou sorrindo, segurando doces variados em uma bandeja. Deve estar indo trabalhar, ele tem uma padaria, por isso seus doces são tão bons.
— Como você está, Amy? Faz alguns dias que não te vejo.
— Muito trabalho — respondi.
— Toma um docinho para se alegrar — ele me deu um doce de morango.
Eu comi, estava delicioso. Ele tentou me dar outro na boca, mas eu não aceitei, não quero engordar, saímos do elevador rindo com ele tentando enfiar o doce de chocolate na minha boca. Elliot entrou bem irritado, pegou o doce da mão do Evans e comeu, me puxou pelo pulso e me levou para o seu carro. Eu entrei um pouco irritada com a atitude dele, Evans é só um amigo, assim como a Tracy é dele.
— Você exagerou — fechei a porta com força.
— Você queria comer o doce? — Ele me olhou.
— Talvez eu quisesse comer — respondi irritada.
Ele puxou o meu rosto como uma fera, seus lábios foram até os meus, ele me deu um beijo forte, um beijo de desespero, sua boca estava com gosto de chocolate, eu retribuí o beijo, dando espaço para ele tomar os meus lábios para si. Ele mordeu o canto da minha boca antes de soltar. Eu não estava esperando por isso, confesso que fiquei surpreendida.
— Pronto, agora você sabe o gosto que tinha o doce — ele deu partida no carro.
Chegamos ao Shopping, faz tempo que não venho aqui. Pessoas andando para todos os lados e eu procurando a loja de marca mais cara para ver qual vai ser a reação dele. Eu lembro que sempre achei muito fútil gastar com coisas caras demais, minha mãe, antes de eu descobrir todas as merdas que ela fazia, usava o dinheiro em joias caras. Que raiva, não quero me comparar a ela, mas quero tanto fazer raiva no Elliot.
— Eu quero ir naquela loja ali — Apontei para a loja mais cara do shopping.
— Então vamos, princesa — ele disse segurando a minha mão.
Não foi essa reação que eu esperava. Elliot sabe que eu não gasto com coisas superficiais e, mesmo assim, ele não disse uma palavra sobre isso, ele simplesmente entrelaçou seus dedos na minha mão e me levou.
Entramos na loja, eu olhei os vestidos e vi o preço, meus olhos se arregalaram, vestidos de dez mil dólares, uma moça veio até nós.
— Vocês querem ajuda? — ela perguntou.
— Minha mulher quer experimentar alguns vestidos — Elliot respondeu.
Por que ele cisma com essa porra de que eu sou mulher dele?
— Eu quero experimentar os vestidos mais caros da loja — falei sem medo.
— Aproveite e traga sapatos e também jaquetas de couro — ele falou sorrindo.
Eu olhei para ele séria, não estou acreditando que ele vai fazer isso mesmo.
— Eu só estava querendo te irritar, Elliot, não precisava pedir sapatos, eu nem sei se vou querer o vestido, eu ia experimentar e depois ir embora.
— Se a minha mulher disse que quer os mais caros, então ela terá — ele acariciou o meu cabelo.
— Isso é doença, Elliot, já te falei para ir ao psiquiatra — tirei sua mão da minha cabeça.
— Só se a psiquiatra for você — ele respondeu.
Virei para a sua frente, segurei o seu rosto para que ele prestasse atenção no que eu ia dizer.
— Estou indo a essa festa porque quero alguma informação do Carson que possa me ajudar a encontrá-lo e provar a sua inocência para todo mundo. Eu não estou indo porque quero ficar perto de você, e isso não significa que iremos voltar. Você me machucou de verdade, Elliot, eu chorei muito por sua causa, não quero chorar de novo — soltei o seu rosto.
— Nossa, o clima até pesou. Mas sabe o que você esqueceu, Amy? É que sempre taquei o foda-se, se eu disse que eu quero você, eu queimo a porra do mundo para te ter, e eu sei que você ainda me ama, não adianta negar isso.
Eu bufei irritada, sabe essas coisas nunca adiantou com ele, nem no passado, eu dizia que o odiava, que ele era meu inimigo e no final ele sempre estava deitado na minha cama.
— Você precisa aceitar o não de uma mulher, Elliot — falei irritada.
— Eu aceito, menos quando ele saí da boca da minha garota — ele respondeu, olhando umas roupas masculinas.
O pior é que tudo o que ele fala me dá borboletas na barriga, acho que estou gostando dele beijando a porra dos meus pés, como se fosse um cachorrinho procurando a dona. Pena que achar fofo ou gostar disso não tira o fato de que eu sou uma policial e ele um assassino.
A moça trouxe o vestido, preto, não tão curto, peguei e fui até o vestiário experimentar, coloquei o vestido, eu não conseguia fechar o zíper da roupa, bati na porta e chamei o Elliot.
— Pode me ajudar a puxar o meu zíper?
— Abre a porta.
Eu abri, ele entrou, suas mãos tocaram de leve as minhas costas e ele foi puxando o zíper lentamente. Eu virei para ele, que me olhou com os olhos arregalados.
— Muito linda e gostosa pra caralho — ele tirou uma caixinha do bolso. — Eu queria te dar isso, mas ainda não tinha encontrado um momento — era um cordão.
Eu peguei na mão, estava escrito "my enemy" minha inimiga, ele tirou do bolso outro cordão escrito a mesma coisa.
— Um meu e outro seu, vira que eu vou colocar em você.
Eu virei de costas, ele puxou o meu cabelo e colocou o cordão no meu pescoço.
— Agora me ajuda a colocar o meu — ele falou, se virando.
Eu coloquei o dele, depois ficamos de frente um para o outro, o cordão é de ouro, eu fiquei toda boba olhando ele.
— Ainda somos inimigos um do outro? Achei que tivéssemos passado dessa fase — falei.
— Você é minha inimiga favorita, sempre foi — ele falou encostando sua testa na minha.
Saímos do vestiário e a atendente estava do lado de fora nos olhando, ficamos um pouco envergonhados mesmo sabendo que não rolou nada ali dentro. Sentei-me na cadeira e ele colocou uma botinha preta de salto nos meus pés, pegou a jaqueta preta de couro igual à que ele vai usar.
— Levanta, quero colocar a jaqueta em você.
Eu me levantei e ele colocou a jaqueta em mim, e ficou me olhando.
— Vamos levar o vestido, a jaqueta e o sapato — ele falou para a atendente.
Ficamos andando pelo shopping como se fossemos um casal, ele parou em uma loja de peças de carro e ficou lá em pé um tempão admirando.
— Você sempre gostou muito disso, por que não abriu uma loja de peças de carro em vez de uma fábrica de cigarros? — perguntei curiosa.
— Porque não era apenas eu, nós somos três e os três são donos da fábrica, mas um dia eu ainda vou abrir uma fábrica de peças de carro — ele disse todo alegre.
— Do que mais Elliot Lockhart gosta que eu não sei?
— De gatinhos fofinhos e de ler de vez em quando se o livro me agradar — sua mão segurou a minha.
— E por que não tem um gato?
— Porque aqueles dois idiotas disseram que vou perder a minha cara de bad boy — ele riu.
O sorriso dele é perfeito, é muito difícil vê-lo sorrir.
— Se não tivesse perdido todo o seu tempo no passado me perseguindo, o que você faria na faculdade? — Parei na sua frente para escutar a resposta.
— Engenharia de automação — ele falou cabisbaixo.
— Ainda dá tempo — respondi.
— Eu sou um criminoso para a sociedade e, no momento, uso nome falso, não dá tempo, Amy.
Eu fiquei triste por ele, eu queria poder voltar no tempo e mudar todo o passado, fazer com que o Elliot seja ele mesmo, ele nunca fez o que queria, sempre viveu para alguém desde pequeno.
— Eu vou provar a sua inocência, você vai ver — abracei ele.
Ele retribuiu o meu abraço com um ainda mais forte.
— Jura de dedinho? — Ele mostrou o dedo mindinho.
Era engraçado vê-lo fazendo isso, acho que estou descobrindo um lado fofo dele que eu não sabia que existia por estar totalmente contaminado com o desejo de vingança.
— Eu juro — respondi, conectando meu mindinho no dele.~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Amanhã saí a parte dois falando da festa.Não se esqueça de deixar uma estrelinha para me ajudar.
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O amor dos contrários
Historia Corta(Completo) 🔞Dark Romance🔞 O amor da sua vida faleceu há 5 anos, mas algo inesperado aconteceu. - É você Elliot? - perguntei sem parar de apontar para o seu peito enorme. Ele tem o triplo do tamanho dele, se Elliot estivesse vivo, ele teria vinte e...