O amor dos contrários

Amy Grace 3 parte 2

Liam tirou sua balaclava de caveira branca e Elijah a sua de caveira azul, eles estão totalmente diferentes, mas o Elliot foi o que mais mudou, ele cortou o cabelo dos lados e seu lindo cabelo jogado nos olhos estão mais curtos agora. Ele está tão forte agora, antes eu me sentia pequena ao seu lado, mas agora eu me sinto uma boneca.

— Eu não te pedi perdão, e nem quero que você me perdoe — seu sorriso sarcástico saiu e ele me olhou com raiva.

O que será que ele esperava de mim? Que eu pulasse no colo dele e dissesse "Obrigado por ter me abandonado por cinco e por ter me feito acreditar que o homem da minha vida estava morto"

— Você é um idiota mesmo — zombei.

— Entendi, você quer brigar, então nós vamos, mas não aqui — falou, se aproximando.

Ele arrancou, irritado, todas as cordas que me amarravam, me jogou nas suas costas como um animal. Eu soquei e esperneei, chegamos à pista onde tinha um carro, ele entrou na porta de trás comigo, Liam foi dirigindo e Elijah com ele no passageiro da frente. Eu mordia as suas mãos, mas ele não me soltava de jeito nenhum, ele me prendeu sentada em seu colo, com seus braços me abraçando forte.

Chegamos a um local mais afastado da cidade, eles abriram um portão grande, eu dei de cara com uma mansão enorme ao lado da floresta. Quando ele me libertou dos seus braços, eu desci olhando tudo, ele abriu a enorme porta de madeira vinho escuro, passamos por um hall de entrada antes de chegar na sala.

— Inacreditável — olhei para ele ainda mais irritada. — Você estava vivendo assim enquanto eu e o seu irmão mal conseguíamos sobreviver? — meus olhos transmitiam revolta.

— É claro que não, Amy, foi muito difícil chegar  até aqui, você não tem noção disso — ele disse, se virando de costas.

— De quem eram os ossos que eu estava velando? — perguntei.

— Do seu Jackson, meu vizinho — Liam falou. — Elliot lançou um olhar enviesado para ele.

Eu ri em negação.

— Você me fez velar o corpo de um desconhecido? — Passei meus dedos no cabelo, me sentindo uma idiota.

— Eu não tive escolha — ele falou.

— Eu acho que você é uma ingrata — Elijah disse enquanto acendia um cigarro.

Elliot bufou, me puxou pela mão, me arrastando até o segundo andar da casa, me jogando no seu quarto.

— A gente precisa conversar a sós — ele falava sem me olhar nos olhos.

— Eu não tenho porra nenhuma para falar com você — soquei suas costas.

— Que merda, Amy, você acha que foi difícil só para você? Você ainda vive nesse mundinho onde você é o centro das atenções — ele se virou, pegando no meu pulso.

Seu olhar para mim agora era de raiva, eu estava com raiva dele por ele ter me abandonado e ele. Eu realmente não sei por que ele sente raiva, ele nunca confiou em mim. Ele tirou sua jaqueta preta, deixando para fora seus braços fortes . No seu braço direito, tem uma tatuagem de uma corrente dando uma volta até chegar à mão. Olhei rapidamente, sem que ele percebesse.

— O que é tudo isso, Elliot? Me diz, então, o que estava fazendo naquela casa com malas cheias de drogas? Você é traficante agora? — Meus olhos se encheram de lágrimas.

— Não, eu estava buscando pistas do Carson, você não viu que queimamos as drogas? — ele perguntou irritado.

— Mas você é um assassino, um demônio, isso você não pode negar.

— Sou, eu sou tudo isso — sua voz rouca saiu com raiva.

— Você é um criminoso e eu prendo criminosos, Elliot, e se você chegar perto demais de mim, pode ser que eu te mate.

Ele veio como uma fera para cima de mim, me pegou no colo, me sentando na cômoda que estava atrás, ele abriu as minhas pernas e entrou no meio, ele sacou a arma, segurou a minha mão e mandou segurar.

— Então faz caralho, me mata, agora. Eu não ligo de morrer pelas suas mãos — seus olhos estavam furiosos.

Sua mão segurava na minha cintura, me apertando com força. Ele estava com tanta raiva de mim, eu segurei a arma, apontando para o seu coração, as lágrimas rolaram sem que eu percebesse, ele afundou seu rosto no meu ombro como ele fazia antes. Eu não o toquei, eu não queria tocar nele, seu cabelo ainda tem o mesmo cheiro, porra, é muito viciante, eu joguei a arma no chão e ficamos sem se mexer por alguns minutos.

— Acabou, Elliot, eu fiz o meu próprio ritual e eu terminei com você nele, eu joguei seu nome na porra do inferno, aceita isso — falei, enxugando as lágrimas.

— Eu não me lembro de ter participado disso — ele falou com o rosto no meu ombro. — Por que cortou o seu cabelo? — ele perguntou.

— Porque ele me lembrava você, então eu coloquei um fim nele — respondi.

— Ainda tem cachinhos para eu segurar, vai ter que ficar careca da próxima vez — ele sussurrou.

Ele é tão pesado agora, seu peso me machuca e o toque da sua mão me arrepia.

— Vai embora, Elliot — falei baixinho.

— Eu não vou — ele sussurrou.

— Você morreu — falei.

— Estou vivo!

— Então, eu vou fugir de você.

— Eu te caço, como uma fera faminta — ele falou, me apertando ainda mais.

— Eu quero ir embora agora, me deixe sair — supliquei.

Ele me soltou e abriu a porta, dei um pulinho para conseguir descer da cômoda. Eu saí andando sem olhar para trás, mas sentia sua presença sombria me seguindo. Percebi pela sua sombra que ele puxava um cigarro do bolso, vi a fumaça saindo pelos lados.
Aqui é tão grande e vazio ao mesmo tempo, eu desci a enorme escada que dava na sala.

— Eu vou te caçar até na porra do inferno, Amy, eu vou adorar ter que ir atrás de você — ele gritou.

— Você é um idiota e o seu cabelo está horrível— gritei de volta.

— Pelo menos o meu não está torto — ele falou.

Liam estava sentado no sofá me observando, Elijah estava parado na porta.

— Aonde você pensa que vai? — Elijah perguntou.

— Embora — retruquei.

Ele olhou para o Elliot que me observava da escada, Elliot fez um aceno e ele abriu a porta para mim, com um olhar não tão agradável, sua expressão me dizia que ele não tinha concordado com a minha saída.

Quando eu cheguei do lado de fora e a porta se fechou, eu olhei para trás sem entender, como eles conseguiram tudo isso? Na frente da mansão, uma Porsche Taycan 2022 vermelha linda, meu reflexo brilhava nela, puta que pariu, eu sinto tanta raiva ao mesmo tempo, um sentimento estranho de alívio, caralho, o Elliot está vivo.

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Pessoal tive que trocar os 7 anos pelos 5 anos, no caso se passaram 5 anos para o reencontro deles.
Uma pequena obsessão em Porsche.
Não se esqueça de deixar uma estrelinha para me ajudar.