Elliot Lockhart 19 parte 1

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Ela está encharcada, molhada pela chuva, a paguei no colo, nua mesmo, voltamos para dentro pelados, molhando tudo o que via pela frente

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Ela está encharcada, molhada pela chuva, a paguei no colo, nua mesmo, voltamos para dentro pelados, molhando tudo o que via pela frente. Ela escondia seu corpo no meu, me agarrando e se aquecendo do frio, sorte que todos já estavam dormindo.

Seus braços estavam gelados, entrei no banheiro com ela agarrada em mim, tomamos um banho quente e saímos. Ela está na cama, sentada com as pernas dobradas, os joelhos no rosto, olhando para a janela. Será que peguei pesado demais?

Sentei-me ao seu lado na cama, não conseguia encará-la, ela não tem que ficar irritada, eu que tenho que ficar, o castigo foi merecido.

— Amy — chamei. — Por que está calada?

— Por que eu não te entendo, como pode me querer mesmo depois do que fiz? — Ela se virou, me olhando.

Puxei-a para os meus braços, tirei seu cabelo cacheado dos seus olhos, seus olhos verdes estavam me olhando com profundidade.

— Amy, você poderia ser a pior pessoa do mundo, ainda assim eu iria querer você, te disse que iria te caçar, garota — dei um beijo na sua testa. — Não faça idiotice de novo, não vou ser tão piedoso, na próxima eu te arrasto para dentro dessa casa.

— Você vai esquecer o beijo? Vai me perdoar?

— Não te perdoei ainda por isso, te disse que te castigaria para o resto da sua vida e isso será feito.

Seus olhos arregalaram, ele se aproximou para me beijar, mas eu desviei e beijei sua bochecha.

— Não quero tocar nos seus lábios, não quando eles foram tocados por outra pessoa.

Ela afundou o rosto no meu peito, me abraçando. Se eu não tivesse fodido tanto com ela, eu faria de novo agora e depois e a madrugada inteira.

— Você está fadada a mim e eu a você, agora durma, gatinha traiçoeira — falei, observando-a dormir.

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Estou arrumando as pistolas, não vou deixar Amy parada agora, eu disse que faria do meu jeito, então colocarei em prática. Primeira coisa é melhorar a pontaria dela, não posso vê-la morrendo caso entre em algum combate. Ela desceu ainda com cara de sono, com um dos meus moletons tapando todo o seu corpo até os joelhos.

— Coma algo e venha aqui, vamos treinar sua pontaria, até que você fique boa — falei.

— Já disse que não vou treinar com você — ela respondeu, cruzando os braços.

— Eu não estou te fazendo um pedido, estou mandando, coma e traga esse traseiro para cá — ordenei.

Ela saiu emburrada, deixei tudo preparado para ela, um alvo um pouco menos distante para ela aprender a mirar, deixei uma Glock na mesinha e balas. Ela voltou ainda meio desorientada, coçando os olhos.

— Toma — dei a ela o buquê de Van Gogh que ela queria.

— Elliot ... — ela ficou admirando sem falar muita coisa.

Eu poderia ter sido mais carinhoso, queria me ajoelhar agora e pedi-la em namoro, mas ela não merece nada disso, estou com muita raiva dela.

— Não mereço — ela disse, devolvendo.

— Não merece, mas estou te entregando — rejeitei sua entrega. — Coloque o buquê na outra mesa e pegue a Glock.

Fui para longe dela, acendi um cigarro e fiquei observando-a. Ela apontou, mas o braço está torto, por isso ela não acerta o alvo, apertou o gatilho e errou o alvo. Ela é tão boa no carro, mas eu acho que sei por quê, ela gosta de fugir, gosta de ser perseguida, é por isso que dirige tão bem.

— Ajeite o braço e tente de novo, até acertar — mandei, tragando o cigarro.

— Porra, você está sendo rude, por que não me ajude? — Ela pediu.

— Quer que eu fique atrás de você? Segurando nos seus braços, encostando suas costas no meu corpo? — Eu ri. — Não vai rolar, faça sozinha.

Ela deixou o corpo mais rígido, endireitou o braço torto, a mira ainda não estava perfeita, mas depois que ela apertou no gatilho, a bala acertou bem ao lado do alvo, estou mais aliviado agora. Fui até ela e a rodeei, tentando achar os seus erros, segurei na sua cintura, ajeitando-a , coloquei os ombros retos, deixei seu braço na mira dos seus olhos e, para finalizar, dei um tapa forte na sua bunda.


— Aí, idiota — ela reclamou.

— Tente de novo.

Tentou mais uma vez, respirou fundo, encheu seus pulmões de ar, fixou o olhar no alvo e atirou. Perfeito, ela acertou bem no centro. Seus olhos se voltaram para mim com um sorriso de canto.

— Muito bem, gatinha, mas vai fazer isso mais umas cinquenta vezes — acenei para ele continuar.

— Cinquenta? Que merda, Elliot, por que está sendo tão duro comigo? Eu vou embora — ela bateu nos meus peitos. — Tira aqueles homens de lá, quero eles fora até eu chegar em casa — ela pegou o buquê, agarrando-o e saiu.

Saiu batendo o pé, com o buquê quase tapando ela toda, e eu não a impedi, acho que já estou aborrecendo demais o juízo dela e eu até gosto disso. Liguei para os homens que contratei e os mandei sair de lá, vou vigiá-la pelas câmeras. Fui para a sala fumando, os meninos estavam falando sobre o traficante que estamos vigiando.

— Amy saiu daqui puta da vida — disse Liam, mexendo no notebook.

— Porra, mas foi da hora o que fizemos com ela ontem, ela quase morreu do coração — Elijah riu. — Tracy está voltando, ela vai começar a preparar a roupa para o dia da festa, trate de convencer a Amy logo — ele disse fumando.

Me sentei no sofá e me assustei quando vi o Ethan se levantar feito uma assombração detrás dele.

— Que merda você estava fazendo escondido atrás do sofá? — perguntei.

— Estava me escondendo da Amy, por causa de você. Quando eu voltar para casa, estarei morto — ele bufou.

— Não tinha outro jeito, se não fosse você gritando por socorro, ela não viria — peguei o meu notebook que estava jogado no sofá.

Tenho muitas informações nesse notebook, tem toda nossa vida aqui. Coloquei Ethan para vigiar um homem que tem vendido uma grande quantidade de drogas de todos os tipos para um dos guardas do Vicente Vogel, quero saber para onde elas estão indo e ainda tenho um bom plano de como vou pegar o Vicente.

— Já descobriu quem é a porra do guarda Ethan? — Me virei em sua direção.

— Ainda não, estou quase cara, relaxa — ele enfiou as mãos no bolso do seu moletom.

Dei só um trabalho simples para ele, quero que ele se envolva aos poucos com as coisas que fazemos aqui, ainda tem esse negócio dele ter lealdade pela Amy.

— Você sabe de alguma coisa que eu não sei, Ethan? — olhei no fundo dos seus olhos.

— Não sei — ele engoliu em seco.

— Sabe o que eu acho? — Elijah se levantou. — Devíamos pegar o idiota do traficante e torturá-lo logo, até que ele fale.

— Isso seria idiotice, não saberíamos onde estão as drogas escondidas, pelo visto ele só está vendendo — respondi.

Eu ainda tenho outros trabalhinhos para fazer, ainda tenho que incendiar a casa do prefeito, descobri umas merdas dele que estão me enojando, ele está assediando a própria filha e também é um membro do leilão. Agora preciso pensar em como fazer isso sem machucar pessoas inocentes.

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