Elliot Lockhart 9 parte 1

699 68 4
                                    

O homem sem identidade veio na festa, eu realmente preciso conversar com ele, pode ser que eu consiga alguma coisa, dessa vez não dá para só nós três enfrentarmos uma mansão cheia de traficantes

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O homem sem identidade veio na festa, eu realmente preciso conversar com ele, pode ser que eu consiga alguma coisa, dessa vez não dá para só nós três enfrentarmos uma mansão cheia de traficantes. Vou até  ele, pego uma bebida e o chamo para conversar. Quando nós estávamos na Califórnia, fizemos alguns trabalhos para ele.

— Elliot, eu estou sabendo o que você e os outros dois ali estão querendo fazer — ele falou, dando alguns tapas de leve nas minhas costas.

Vejo Tracy falando com a Amy, não consigo olhar diretamente para ela porque Tracy está tapando toda a minha visão.

— Eu quero colaborar com você, mas preciso de um favor de vocês também. Vocês também irão gostar, vão poder pegar algumas informações também — ele disse.

— Qual favor? — perguntei frio.

Tracy está segurando no rosto da Amy por algum motivo, quero saber sobre o que elas estão conversando.

— Chegou um CEO novo na cidade, dono de uma indústria de vinho, a empresa dele é bem famosa. O caso é que ele é um participante do leilão, ele já comprou diversas garotas, descobrimos isso há pouco tempo, esse é um dos motivos pelos quais queremos matá-lo. O problema é que ele anda com seguranças para onde vai, é muito difícil de conseguir pegá-lo. Se você trouxer a cabeça dele para mim, eu coloco todos aqui no seu plano de acabar com o dia do leilão na mansão.

Não posso recusar uma oferta tentadora como essa.

— Eu aceito — respondi.

— Certo, como quer que eu apresente vocês para todos os outros? — ele perguntou.

— Pode dizer que somos os inimigos da facção ( Enemies of the faction) — falei, virando a bebida.

Voltei os meus olhos para a Amy e vejo que ela não está mais nas minhas vistas, Tracy está em pé bebendo. Saio de onde eu estou e vou imediatamente atrás dela.

— Cade a Amy? — perguntei.

— Ela foi à cozinha — Tracy respondeu.

— O que falou para ela?

— Nós só estávamos tendo uma conversa sincera — ela disse.

Fui atrás da Amy, cheguei na cozinha e ela não estava. Vi a porta que vai para os fundos aberta, ela estava lá no quintal andando para o lado que a gente nunca ilumina porque é perigoso, puxei-a  pela cintura e a virei. Seus olhos estavam arregalados, ela estava assustada com alguma coisa.

— O que houve? — perguntei, afundando a cabeça dela nos meus peitos.

Abracei-a  forte para ela perceber que estava segura comigo, seja lá o que estava dando medo nela. Mas ela não me abraçou de volta, segurei no seu rosto para olhá-la e ela ainda estava um pouco assustada. Posso senti-la fria e tremula.

— O ambiente está te dando medo? — Perguntei.

— Acho que sim — ela respondeu.

Seu tom de voz saiu frio e assustado.

— Tracy, te falou alguma coisa? Não me esconda — falei, segurando  seu rosto.

— Ela só foi sincera comigo, eu vou para casa.

Agora estou curioso para saber de quais sinceridades as duas estão falando.

— Eu te levo, amanhã mando alguém levar a sua picape bem cedinho — coloquei seu cabelo liso atrás da orelha. — Eu prefiro os cachinhos — sussurrei.

Levei-a  até sua casa, mas antes dela sair a puxei para um beijo, queria deixá-la mais confortável. Segurei seu rosto e a beijei com carinho, lentamente sugando seus lábios de leve para dentro da minha boca.

— Eu vou cuidar de você, seja lá quais demônios estão te assustando agora, eu não vou deixá-los chegarem perto, eu estou afundado no inferno e não me importo em foder mais o meu psicológico para deixar o seu limpo — soltei o seu rosto.

— Não quero que se destrua mais ainda por mim — ela respondeu, saindo do carro.

Fiquei esperando ela entrar antes de ir embora, ainda fiquei parado olhando para o prédio por um tempo, preocupado com ela. Quando a gente se afunda demais no fogo inferno, nós acabamos nos transformando no próprio demônio. Meu psicológico sempre foi uma porcaria, eu não me importo de terminar de destruir o restante dele se for por ela.

X

Já se passaram alguns dias depois da festa, estamos estudando a vida desse CEO que acabou de chegar na cidade. Vicente Vogel é o cara de quem eu vou matar e arrancar todas as informações das quais eu preciso. Eu e Tracy estamos jogando uma partida de sinuca enquanto falamos sobre isso.

— Tive informações sobre uma festa de máscara e lá eles vão falar sobre o leilão. Eu e você podemos ir juntos como um casal para se infiltrar e descobrir mais coisas — ela disse, mirando o taco.

— Não quero fazer casal com você, Tracy, acho que vou chamar a Amy para ir comigo, ela é policial, foi treinada para um ambiente com criminosos — respondi.

— Acho que você não deve envolver mais ainda a Amy nisso, deixa a garota viver a vida dela, você parece a porra de um obsessor.

Estou puto com a Tracy desde  o dia da festa, Amy estava muito bem antes de falar com ela.

— Fala logo, que caralho você enfiou na cabeça da minha mulher — me aproximei dela.

Ela se virou e me olhou com raiva, ela estava segurando algo e  precisava jogar para fora, era o que eu sentia. Ela ainda deu umas rodadas antes de se virar e apontar seu dedo para o meu rosto.

— Falei a porra da verdade, ela é uma garota livre e linda, pode ter uma vida normal e você está roubando isso dela. Vocês deviam enfiar logo na cabeça um do outro que não nasceram para ficar juntos.

De que porra essa maluca está falando? Minha mulher foi feita para mim, ela foi desenhada à mão para ser minha e, se qualquer um disser que não, eu tenho o prazer de fazer com que eles digam que sim. Segurei  seu dedo com força e fui levando-a  para trás até ela bater as costas com força na parede.

— Não se meta na minha vida e muito menos no que pertence a mim — olhei para ela seriamente. — Espero que entenda o meu recado.

Ela me empurrou e saiu magoada. Eu acho a Tracy foda, ela se envolveu em vários assassinatos com a gente, mas eu posso jogar fora tudo de bom que eu acho dela se ela colocar a Amy contra mim.

Ethan abriu a porta da minha casa sozinho, ele tem vinte e dois anos. Ultimamente, tenho pensado no quanto Amy tem protegido ele demais, às vezes, para um homem amadurecer, ele precisa crescer sozinho.

— Eu preciso falar com você.

— Ethan, sua irmã sabe que você está aqui? — perguntei.

— Amy foi trabalhar e eu vim por conta própria — ele parecia nervoso.

— Se Amy  souber que você veio aqui sem a permissão dela, ela  vai discutir comigo, e o que eu menos quero é ter mais problemas com ela.

— Chega de me tratarem como se eu ainda fosse um adolescente de dezessete anos — ela disse irritado. — Eu quero fazer parte do grupo.

Eu ri, por um minuto pensei que ele estivesse brincando comigo, fazendo suas piadinhas, mas não, meu irmão estava falando sério.

— É claro que não, nunca vou te deixar participar disso, Ethan — falei grosseiramente.

— Eu preciso encontrar Ana, se você não deixar, eu vou me envolver nisso, só que sozinho.

— Que merda, Ethan. — Passei a mão no cabelo, preocupado. — Vou resolver isso com a Amy, é perigoso, vou precisar sair agora, tenho que resolver umas coisas, vou te deixar em casa.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Não se esqueça de deixar uma estrelinha para me ajudar.

O amor dos contrários Onde histórias criam vida. Descubra agora