Capítulo 3- Laura

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Capítulo 3

Laura

Meus olhos abriram-se de espanto ao analisar o que havia no ambiente. Uma atmosfera densa que parecia pesar sobre meus ombros. Minha respiração se acelerou e minhas pernas fraquejaram; pensei que iria cair, então me apoiei na porta para evitar minha queda. Meu coração batia tão rápido que parecia querer sair do peito, enquanto o suor começava a escorrer pela minha testa. Minha boca estava seca e eu sentia arrepios percorrendo minha pele, como se um gelo invisível tocasse cada parte do meu corpo.

A iluminação precária do poste do lado de fora lançava sombras inquietantes pelas janelas, criando um jogo de luz e escuridão que aumentava a tensão. O ambiente era abafado, com móveis antigos que rangiam ao menor movimento. O ar estava denso, carregado com um cheiro metálico que deixava um gosto amargo na minha boca seca.

Cada fibra do meu ser estava em alerta máximo. Meu coração batia tão forte que era como se estivesse ecoando pelo ambiente, e meu corpo inteiro estava coberto de suor frio. A sensação de pânico era sufocante, como se uma mão invisível estivesse apertando meu peito.

O sorriso malévolo do desconhecido à minha frente parecia alimentar o terror que me dominava. Senti arrepios subindo e descendo pela minha espinha, e minhas pernas tremiam incontrolavelmente. Eu queria gritar, mas a voz parecia ter sido roubada de mim, deixando-me presa em um silêncio desesperador. Cada segundo que passava intensificava a necessidade de fugir, mas o medo me mantinha enraizada no lugar, incapaz de me mover.

No escritório, não havia cliente algum. Não, quem estava à minha espera era alguém que me enviaria para o outro plano, eu precisava sair dali o mais rápido possível. Porém, meus pés estavam cravados no chão e meu corpo travado pelo medo.

Eu me recusava a acreditar que aquelas pessoas à minha frente eram alguns dos nossos clientes. Sentado no centro da sala, com as pernas cruzadas, estava um homem sombrio. Ele era alto e tão forte quanto um lutador de MMA. Sua cara de poucos amigos me dava a certeza de que eu tinha acabado de cair nas garras da morte, ou algo do tipo.

A fraca iluminação não me permitia ver a cor dos seus olhos, nem ter certeza de que cor era sua pele, mas conseguia perceber suas pernas grossas pela forma como a calça moldava seus músculos. Ele tinha um corpo grade e com bastantes músculos. Seu cabelo era longo, preso em um coque apertado, que lhe dava um ar ainda mais intimidador. Ao seu lado, quatro homens tão fortes e altos quanto ele o acompanhavam, todos com expressões duras e impenetráveis.

O homem no centro da sala tinha um sorriso sombrio e malévolo, que me deixou completamente gelada. Ele exalava uma aura de poder e ameaça, cada movimento calculado e preciso. Ao redor, os outros homens permaneciam imóveis, como se fossem estátuas vivas, mas a tensão em seus corpos indicava que estavam prontos para agir a qualquer momento.

Sentia meus músculos travados pelo medo, minha mente lutando para processar a situação e encontrar uma saída. Estava presa, à mercê dessas figuras sinistras, com a certeza crescente de que a ameaça que representavam era real e iminente. Eu deveria fugir, ir embora antes que fosse recebida com um tiro ou atacada com violência, mas meus pés estavam pregados no chão e eu não conseguia me mexer.

Porra, estava de cara com meus assassinos e não conseguia reagir de modo algum. O homem sombrio se pôs de pé e caminhou lentamente em minha direção. Sua presença imponente e marcante me fez prender a respiração. Ele parecia um lobo prestes a atacar sua presa, e essa presa era eu. Engolia em seco a cada movimento dele em minha direção, meu coração batendo forte e acelerado, quase saltando para fora do meu peito. Talvez esse fosse o meu fim.

Sob as garras da máfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora