Capítulo 13 - Romeo

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Capítulo 13

Romeo

Horas antes...

Enquanto velo o sono e Laura, eu admiro sua beleza, me pego refletindo sobre todas as sensações que ela desperta em meu corpo, em meu ser. Laura tem algo que não me permite desviar os olhos dela, que me impele a admirá-la, tocá-la e desejá-la.

Vê-la dormindo tão linda e serena me faz se sentir mal por tê-la tratado daquela forma quando a vi surgir naquele galpão no lugar de Brean.Mas como eu poderia crer que ela nada tinha a ver com ele, que eram apenas colegas de trabalho, se ela apareceu no lugar onde marquei para pegá-lo? Brean nunca mandou outras pessoas em seu lugar depois que começou a trabalhar como corretor.

Laura surgir no lugar dele era muito suspeita, ainda mais naquele dia.

A porta do meu quarto foi aberta e Oliver passou por ela.

— Ficará a noite toda aqui com ela? — sondou ele.

O médico já a havia examinado e dito que seu desmaio se deu por fortes emoções. Que era uma forma do corpo se proteger do estresse que se abateu sobre ela nos últimos dias. Ele falara que Laura dormiria por horas e provavelmente só acordaria no outro dia.

— Não. Irei falar com Vic. — me pus de pé. — Ela está no quarto? — o fitei.

— Sim. Dei-lhe um lanche e Magnólia iria lhe dar banho e a pôr para dormir.

— falarei com ela.

Caminhei para fora do meu quarto. Oliver me acompanhou.

— Ela é bonita e muito atraente.

Sei que ele estava falando de Laura, mas o questionei mesmo assim.

— Quem? — não o olhei e segui para o quarto da minha filha

— Laura. Ela é uma mulher linda e muito atraente. Acho que flertarei com ela para ver se aceita ser fodida por mim.

Me virei tão rápido para ele que Oliver não pode fazer nada.

Segurei a gola de sua camisa e o prendi na parede.

— Não ouse tocá-la. Não a olhe diferente e muito menos se insinua para ela ou eu quebro sua cara, foi claro?

— Cristalino. — ele empurrou minhas mãos e se livrou do meu aperto. — Você a quer, por isso insistiu para a mantermos vigiada.

— Não a quero. — menti. — Apenas vi que ela não merece caras fodidos como nós. Laura não pertence ao nosso mundo e julguei mal quando a vi. A maltratei por nada.

— Isso está te matando, não é? — ele me analisou. — Ela nunca mentiu, você estava errado em seu julgamento a despeito dela e isso está te deixando com raiva.

O olhei com fúria. Meus irmãos me conheciam melhor que eu mesmo e por mais que tentasse, nunca conseguia esconder coisas importantes deles.

— Vamos dar esse assunto por encerrado. Laura estará livre ao acordar e nunca mais farei nada com ela. Espero também não voltar a vê-la.

Oliver me analisou e depois assentiu. Me virei e voltei andar.

Logo estava no quarto da minha filha.

— Papaiiii. — exclamou Vic, com um lindo sorriso em seus lábios finos.

Ela era a luz no meu mundo sombrio.

— Precisamos conversar. — falei sério e seu sorriso se desfez.

Sob as garras da máfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora