Capítulo 26 - Romeo

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Capítulo 26

Romeo

A dor tomava conta de todo meu corpo. O grito das pessoas que assistiam à luta me pedindo para reagir chegava aos meus ouvidos, mas eu nada fazia, eu não queria reagir.

Apenas me deixava ser massacrado por Breno, permitia que ele me socasse, me provocasse dor.

— Reage, porra. Não há graça em te bater se não vai se defender ou lutar de verdade, caralho.

A voz raivosa do meu oponente soava bem próxima a mim, mas eu não o olhava. Por trás das minhas pálpebras, só via a imagem de Laura chorando e suplicando para eu acreditar nela.

Da dor em seu belo rosto, do seu corpo sob o meu, tenso de medo de que eu a machucasse, que a ferisse fisicamente também.

— Pare, Romeo, não quero que me toque. — pedia entre soluços.

Seu choro me doía, mas eu não demonstrava o quanto me afetava.

Sorri maléfico e continuei a molestá-la.

— Sabia que era uma mulher atraente e eu não iria resistir. Gosta de abrir as pernas para ele da mesma forma que gosta de abrir para mim?

Abaixei a cabeça e coloquei a boca em seus seios e os chupei com força, seus dentes ameaçando mordê-los. Por pouco não me perdi ao sentir o sabor de sua pele em minha língua.

Ela me chutou, mas com facilidade a prendi com as minhas pernas.

— Me larga. Não ouse fazer isso. — pediu raivosa.

Quis rir da sua tentativa de me pôr medo.

— Está se negando a me deixar fodê-la? Antes suplicava por meu pau a fodendo duro. Agora não o quer? — pressionei minha ereção em seu sexo.

Bastava ter seu corpo próximo ao meu para ser consumido pelo desejo. E agora eu me odiava por desejá-la tanto.

EU NÃO SOU UMA PROSTITUTA. — Gritou.

— É, sim, uma puta das piores, pois se vende por pouca coisa. Uma vadia que não mediu esforço para me seduzir e se infiltrar na minha vida. Uma puta que abre as pernas para um verme como ele e depois as vinha abrir para mim.

Apertei seus braços e a sacudi. Queria que ela sentisse a dor que eu sentia na alma por sua traição.

Seu choro se elevou e seus soluços me enlouqueceram. Ela era uma fingida, uma puta sem escrúpulos.

— De qual pau gostou mais? Gritava como uma gata no cio como fazia comigo todas às vezes que ele te fodia? — levei a mão até sua boceta que reconheceu meu toque e começou a ficar molhada. — Sua boceta ficava molhada por ele como ficava por mim? — arrastei sua calcinha para o lado. — Você gosta de ser tratada como uma puta? Gosta de ser maltratada na cama? De levar pau em todos os seus buracos? — enfiei o dedo em seu canal estreito e reprimi o gemido que queria sair dos meus lábios ao sentir o quão quente e molhada ela estava.

— Por favor, Romeo. — soluçou. — Não faz isso. — pediu em súplicas. — Solte-me, por favor. Se me violentar nunca o perdoarei. Nunca!

Sua voz ecoava na minha cabeça em um tormento sem fim.

Eu queria sentir a dor física, pois a dor na alma me sufocava. A morte era algo preferível a viver atormentado pelo que quase fiz a Laura. Eu a violei de todas as formas, mesmo não seguindo com o ato, eu a violei, a toquei sem seu consentimento e isso fora o pior dos meus crimes.

— Deixa de ser mole, porra. Não é o bom, o imbatível? Pois me mostre o seu pior, caralho! — bradei empurrando Breno após me levantar.

Os socos que ele me dera ainda não haviam sido o suficiente para mim.

— Pare com isso, Romeo. — gritou Lázaro do lado de fora do ringue. Mas não o ouvi, soquei Breno para que ele voltasse a me bater.

Ele se encheu de fúria e me socou o estômago. Um soco tão forte que me tirou o ar e me jogou no chão. Controlei o gemido e me virei ficando de frente para ele. Breno montou em mim e me deu mais socos, porém antes que continuasse a me surrar até a morte alguém o tirou de cima de mim. Quis xingar quem fizera isso, mas meu corpo estava inerte, pesado. Meu olho mal abria e o ar não era o suficiente em meus pulmões. Doía como o inferno respirar e logo a escuridão me tomou me levando para as sombras. Para o lugar de onde eu jamais deveria ter saído.

Sob as garras da máfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora