Epílogo

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Epílogo

Laura

Meses depois...

Apertei o braço do meu pai e soltei um suspiro ao começar a andar. Estava tensa e nem sabia direito o motivo para toda essa aflição que ameaçava me dominar. Meu estômago estava agitado e isso não era porque eu estava entrando para o sétimo mês de gravidez.

Era meu casamento com Romeo. Ele estava acontecendo na mansão onde a partir de hoje seria minha também.

Não quis que nos mudássemos, já que havia muitos quartos na mansão e não ela era grande o suficiente para todos terem sua privacidade mantida.

— Está tudo bem, filha? Pode desistir a hora que quiser que eu e sua mãe a ajudamos a fugir daqui. Embora o local esteja repleto de mafiosos assassinos e que nos matariam no primeiro passo, podemos arriscar sair daqui com vida.

Balancei a cabeça em negação diante das palavras do meu pai. Ele havia parado de implicar com meu relacionamento com Romeo, mas nem isso não queria dizer que ele havia aceitado de bom grado que seu genro fosse um mafioso.

Vez ou outra ele tentava me fazer mudar de ideia e deixar o mafioso e ir embora com ele e minha mãe.

— Jamais abandonaria Romeo no altar, pai, eu o amo.

Sim, eu o amava e havia tomado à decisão certa, tinha certeza disso.

— Tem certeza de que é isso que quer? Pode dizer que eu e sua mãe fugiremos com você, realmente fugiremos. — tornou a dizer.

Sorri e busquei paciência para a sua insistência em fazer mudar de ideia.

— Não quero fugir, pai. Amo o Romeo. — afirmei com convecção para que ele parasse de insistir em me fazer abandonar Romeo. — Só estou nervosa, é normal. — expliquei.

— Sei que se amam de verdade. As semanas que passei aqui com vocês me mostraram isso. — meu pai deu um sorriso discreto e tocou meu rosto com carinho.

Meus pais ficaram no meu apartamento por três semanas e depois voltaram para a cidade deles. Embora eles tenham voltado para Quincy, nós nos falávamos diariamente e sempre enviava votos ou fazia chamada de vídeo com eles para que vissem o neto.

Eles também tinham se apegado a Victoria e a tratavam como neta deles também.

— Está feliz? — sua pergunta me fez desviar os olhos de Romeo.

Ele estava lindo em seu terno escuro.

Ele estava no altar a minha espera e ao seu lado estavam seus irmãos e Amanda. Eles eram nossos padrinhos.

— Sim. Estou feliz.

Meu pai sorriu e continuam nossa caminhada até o altar.

— Cuide da minha filha. — pediu meu pai, ao me entregar a Romeo.

— Cuidarei com a minha vida. — havia uma promessa em suas palavras e eu sabia que ele a cumpriria.

Segurei sua mão e meu pai me deu um beijo na testa antes de se virar e ir ficar com minha mãe. Ela estava com Victoria e Samuel, que estava em seus braços.

— Está linda.

— Obrigada.

Focamos no juiz de paz a nossa frente e ele começou a cerimônia. Trocamos a aliança e Romeo tomou meus lábios nos seus quando o juiz nos declarou casados.

Palmas foram ouvidas e sorri em meio ao beijo.

Eu estava feliz.

Recebemos os cumprimentos de todos e depois seguimos para nossa lua de mel. Estava mais para uma viagem em família, pois nossos filhos iriam conosco.

Iríamos para uma ilha que pertencia à família de Romeo e ficaríamos por lá pro alguns dias.

— Está feliz? — Questionou Romeo me abraçando e tocando minha barriga.

Estávamos na ilha olhando o pôr do sol.

Viemos em seu jatinho particular, então chegamos rápido. Nossos filhos estavam dormindo, casados de todo o agito do dia.

— Sim, estou feliz. Quem diria que tudo o que nos aconteceu há mais de um ano nos traria aqui hoje.

— Eu disse que você me pertencia. Que havia caído na toca do lodo e agora era minha, lost girl.

Sorri e o beijei.

— Sim, disse. Julguei-me louca por dias depois descobrir gostar do perigo. Do modo como você demonstrava ser perigoso, mas que me atraia como abelha no meu. Talvez eu seja masoquista. — brinquei o fazendo rir.

— Que bom, então. — ele se ajoelhou na minha frente e beijou minha barriga. — Sei que errei em demasiado com você, mas prometo aqui, debaixo desse céu e diante desse mar, que jamais tornarei a machucá-la. Jamais lhe farei mal. Eu te amo.

— Também te amo. — soprei e me inclinei para beijá-lo.

Ele se levantou e me levou para dentro de casa. Subimos as escadas e fomos para o nosso quarto.

Romeo tirou meu vestido com cuidado, beijando todo meu corpo no processo e o adorando.

Fazendo-me se sentir a mulher mais linda e desejada do mundo.

Do seu mundo.

Beijou-me com devoção e me colou na cama com cuidado. Nós nos estragamos mutuamente, com carinho, sutileza, em meio a carícias singelas, sutis. Demonstrando nosso amor com toques, beijos, com nosso corpo e alma.

Fizemos amor lentamente, curtindo nossa conexão e aproveitado cada pedacinho do corpo um do outro.

Ele reverenciou o bebê dentro na minha barriga e jurou que jamais o machucaria.

Dessa vez ele estaria, estava, presente em todas as etapas da minha gravidez e estava radiante com isso. Nós teríamos mais um menino. Mais um filho para levar adiante seu legado, para cuidarmos e darmos amor.

Era nossa família crescendo.

Uma família que começou de um jeito errado, cheio de dor, mágoa e sofrimento, mas que havia superado tudo, amadurecido e aprendido com seus erros.

Não éramos as melhores pessoas do mundo, mas nosso amor era imenso e duraria para sempre.

FIM.


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E chegamos ao fim de mais uma história, espero que tenham gostado.

Obrigada a quem a leu até o fim. Obrigada também por votar e comentar. Espero que também votem nesse capítulo. 

Beijos e até o segundo livro da série que contará a história de Oliver e Amanda. 

Sob as garras da máfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora