Capítulo 22 - Laura

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Capítulo 22

Laura

Vi Romeo passar pela porta após me pedir para descansar depois do sexo intenso que tivemos minutos atrás. Havia sido assim desde que eu viera ficar em sua mansão. Mal saiamos do quarto, apenas para comer ou conversar um pouco com sua família.

Quando ele não estava em casa, eu passava meu tempo com Victória, pois nem para o meu trabalho eu voltara mais: ele não me deixava ir, alegando que Brean só estava esperando um descuido meu para me atacar. A única pessoa de fora que podia me visitar era minha amiga Amanda, ela sempre estava vindo me visitar e até dormia aqui algumas vezes.

Sentia-me sufocada e até uma prisioneira, mas eu estava apaixonada por ele e ficar longe não era uma opção. Ainda mais agora ao saber de algo que mudaria nossas vidas para sempre.

Eu havia descoberto no dia anterior que estava esperando um filho de Romeo, mas ainda não o falara por medo de sua reação ao receber a notícia. Filhos nunca estiveram entre nossas conversas, então não sabia qual seria a atitude tomada da parte dele assim que a palavra gravidez saísse da minha boca.

Precisava reunir toda a coragem que eu tinha para lhe contar a novidade, pois gravidez não é uma coisa que se possa esconder por muito tempo. Ainda mais de um homem possessivo e controlador como Romeo DiFronze.

Resolvi deixar angústia que me consumia desde ontem de lado e focar na leitura que eu havia iniciado está manhã.

Alguns minutos de passaram e como eu não estava com sono a cabei pegando meu livro de romance e voltei a lê-lo. Estava tão concentrada na leitura que acabei me assustando quando Romeo entrou no quarto parecendo um furacão.

Ele bateu a porta tão forte que as paredes do cômodo tremeram.

Pulei da cama e fui até ele.

— Romeo, o que houve? — perguntei aflita ao ver seu estado de fúria.

— Como pôde fazer isso comigo? — o olhar que ele me deu me fez se encolher.

— O que... — as palavras morreram na minha boca assim que ele agarrou meus braços e me sacudiu.

— Como pôde me trair dessa maneira, porra? — bradou na minha cara.

— Romeo, acalme-se. Não estou entendendo nada. — pedi, temendo que me machucasse.

Ele me soltou e começou a andar pelo quarto como o leão enjaulado. Primeiro riu sem humor, depois gritou em fúria e por último levou as mãos a cômoda e derrubou tudo o que havia sobre ela.

— Pare com isso, Romeo. — Fui até ele e tentei segurar seu braço: temia que se machucasse de alguma forma.

— Não me toque. — gritou, puxando o braço tão forte que cambaleei e quase fui ao chão.

Ele segurou meu pescoço cortando meu ar e deu passos até cairmos na cama com ele sobre mim.

— Não ouse me tocar nunca mais. — gritou tomado por uma fúria que me gelou a espinha.

Seus olhos eram chama pura, mas uma chama de ódio, fúria, desejo de matar, me matar. Temi por minha integridade física.

— Não consigo respirar, Romeo, me solte, por favor. — pedi deixando as lágrimas caírem.

Ele me fitou e fechou os olhos por alguns instantes. Saiu de cima de mim e tossi em busca de ar.

Sentei-me na cama com a mão no pescoço e tossindo em busca de restabelecer o ar em meus pulmões. Lágrimas molhavam minha bochecha e os soluços logo começaram as sair sem controle da minha garganta.

Sob as garras da máfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora