Capítulo 11 - Romeo

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Capítulo 11

Romeo

As pernas de Laura cederam e antes que eu pudesse agir, Tyler correu para segurá-la. Ele abraçou sua cintura e se ajoelhou no chão com ela a amparando para que não se machucasse.

O desespero dela pedindo para darmos um fim na tortura psicológica que estávamos fazendo com ela nas últimas horas mexeu comigo. Ela não estava mentindo ao dizer não ser amante de Brean e eu tinha que reconhecer isso. Se ela fosse culpada de qualquer coisa, já teria confessado depois de tudo o que fizemos, eu fiz, a ela.

— Eu não aguento mais, só acabe logo com isso, acabe, por favor. — sua voz saiu sussurrada e seus braços cederam ao lado do corpo.

Vi que ela iria desmaiar e me abaixei para tocar seu rosto.

— Laura? Laura? Você está bem? Laura...

Questionei tocando em seu rosto, mas seus lindos olhos castanhos já estavam perdendo o brilho. Ela olhava para mim, mas era como se não me vise.

Continuou a pedir para que acabássemos com seu sofrimento até seus sentidos cederam e ela apagar nos braços do meu irmão.

Uma angústia sufocante tomou meu peito e a retirei dos braços dele, a pegando nos meus.

— O que fará com ela? — Ele questionou se pondo de pé.

Levantei-me com ela em meus braços e andei até o sofá a colocando sobre ele.

Conferi seus batimentos e vi estar baixo, algo ruim se abateu sobre mim ao vê-la naquele estado.

— Ligue para o médico da família. — Pedi, mas Tyler já estava com o celular no ouvido.

— Já falei com ele, em minutos, Dário estará aqui.

Alisei o cabelo dela com os dedos e toquei seu rosto bonito. Laura era linda e despertava desejo em qualquer um que amasse uma boceta.

— Ela não é culpada, Romeo. — disse meu irmão tomando minha atenção para si. — Brean a colocou nisso por pura maldade.

— Sim. Agora vejo isso, mas tudo apontava para que ela fosse culpada e estivesse com ele no roubo que fez a nós.

— Se ela fosse amante dele, teria se oferecido a qualquer um de nós só para se livrar do que dissemos que faríamos com ela caso ela fosse culpada. Eu a teria fodido e depois a matado se ela fosse culpada. Tenho certeza de que Oliver faria o mesmo.

Não gostei de ouvir Tyler dizer que a foderia, e que Oliver o faria também. Um gosto amargo se fez presente em minha boca diante de suas palavras.

Embora eu tenha a ameaçado de a foder na frente dos meus homens, coisa que eu realmente não faria, só queria pôr-lhe medo, me deu raiva pensar em Tyler a tocando ou permitindo que outros o fizessem.

Algo nela me inquietava e tornava minhas atitudes confusas. Eu nunca reagi a qualquer mulher como reagi à Laura quando a vi passar pela porta do escritório naquele galpão onde fui para dar fim em Brean.

Eu queria pôr-lhe medo, mas, em simultâneo, queria mostrar-lhe tudo o que sou capaz de fazer com seu corpo. Todo o prazer que sou capaz de lhe dar. As coisas que eu faria a ela seriam prazerosas e não que a machucassem. E ter consciência disso me deixou insano e quis puni-la por meu descontrole diante de sua beleza.

Ela era nossa inimiga, mas tudo o que meu corpo queria era ela embaixo de mim com meu pau bem fundo na sua boceta, quente e molhada, a fodendo sem sentido.

Era loucura, era irracional, mas era o que eu queria.

— Depois que o médico disser o que ela teve, eu verei o que farei com ela. — falei forçando minha mente a focar no que era realmente importante: a saúde de Laura.

— Vai libertá-la e deixar que viva sua vida sem que fiquemos de olho nela?

— Sim. — Não, gritou minha mente.

— Você a quer, não é isso? Você se sente atraído por ela, Romeo?

Tirei meus olhos de Laura e virei para olhar meu irmão. Seu rosto era indecifrável. Era como uma pedra de gelo, sem nenhuma emoção.

— Não diga besteira. Ela ainda está sob suspeita.

— Então não se importará se eu a seduzir e transar com ela para termos a certeza de que ela não é amante do Brean? — meu coração disparou e ódio correu por minhas veias.

— Por que isso agora? — apertei meus punhos para conter a raiva. — Você não costuma foder para obter respostas.

— Para tudo tem uma primeira vez. — Ele deu de ombros. — Ela é gostosa e atraente, não seria nenhum sacrifício fodê-la algumas vezes antes de nos livramos dela de vez. — Sorriu perverso.

Ele estava me testando, mas eu não iria cair na sua provocação.

— Por mim, tudo bem. — desviei meu olhar do dele. — Mas deixe o médico a examinar primeiro.

— Ok. Vou deixar você com ela e resolver algumas coisas. Quando ela estiver bem a leve para o meu quarto.

— E se ela não quiser? — Olhei para ela. Ela ainda estava desmaiada.

Ele se manteve calado e depois suspirou pesadamente.

— Deixe-a ir. Nunca abusaria de uma mulher, já temos a certeza de que ela não é culpada.

— Sem mais homens a vigiando? — Minha voz saiu baixa. Algo dentro de mim ainda a queria por perto.

— Ela não precisa. Faça assim, leve-a para o seu quarto e espere que o médico a atenda lá. Será mais confortável para ela. Depois que afirmar que ela está bem, a leve para casa.

— Não vai mais seduzi-la? — olhei para ele ansiando por uma resposta positiva.

— Não. Isso é uma péssima ideia. Apenas a deixe ir em paz. — Ele se virou e saiu da sala.

Alívio me tomou ao saber que ele não iria seduzi-la e nem tentaria tocar nela de qualquer outra forma.

Voltei para perto de Laura e a peguei em meus braços. Pedi ajuda a um dos soldados e subi com ela para o meu quarto. A coloquei na minha cama e esperei o médico chegar para examiná-la.

Sentei-me na poltrona e fiquei observando-a. Admirei suas curvas e minha mão coçou para tocá-la. Para descobrir como era seu corpo sob as roupas. Se sua pele era macia como aparentava ser, seu cheiro, seu gosto. Ela tinha um corpo de enlouquecer qualquer homem e me deixava duro só de pensar nela de quatro com as pernas abertas e sua boceta exposta para meu bel-prazer.

Apertei meu pau e gemi com a imagem que minha mente projetou. Eu queria prová-la de todas as formas e isso era a porra de um erro.

Laura era linda e gostosa demais para a minha sanidade. Tenho que fazer o que Tyler disse: deixá-la ir.

Deixá-la ir. Sussurrei de olhos fechados para me concentrar no que era certo.

Isso é o que devo fazer antes que meu corpo a deseje tanto que não possa ser capaz de me controlar. Antes que me comporte como um descontrolado e a obrigue a ser minha. Toda e completamente minha.

Tenho que deixá-la ir para o bem dela. Sou escuridão e se eu a tocar irei corrompê-la.

Sob as garras da máfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora