Capítulo 6 - Romeo

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Capítulo 6

Romeo

Depois que Victoria dormiu, eu saí de seu quarto e fui até o meu. Precisava de um banho para que minhas emoções voltassem para onde elas deveriam permanecer: no meu subconsciente.

Perceber a dor e ouvir o choro da minha menina linda sempre me destruía. Vic era tão pequena para sofrer com demônios a atormentando em seus pesadelos. Soquei a parede com raiva por não poder retirar a dor de si mente. Eu queria escondê-la do mundo. Mantê-la protegida para sempre e impedir que nada de ruim chegasse até ela.

A água caía sobre minha cabeça e meu coração foi se acalmando. Minha mente clareando e os pensamentos se ajustando. Ensaboei-me e retirei o sabão do meu corpo. Desliguei o chuveiro, me enrolei na toalha e saí do banheiro. No closet peguei uma cueca, uma calça de moletom e uma camiseta com manga.Troquei-me e saí do quarto indo direto para o escritório, pois sabia que Tyler e Oliver estariam lá.

— Nossa princesinha se acalmou? — Questionou Oliver apertando os punhos.

— Sim, ela se acalmou e dormiu. Foi ver nossa prisioneira? — perguntei olhando para Tyler.

— Não. Estava esperando você. Você a trouxe, ela é sua responsabilidade. — ditou em seu ar de Deus supremo. Bufei e girei nos calcanhares indo em direção a porta.

Eu amava meus irmãos, apenas eles e minha filha detinham meu amor, mas, às vezes, odiava ser tratado com inferioridade por eles. Fui criado dentro da organização, tinha responsabilidades e cumpria todas elas, eles não precisavam seguir me tratando como um adolescente rebelde e imaturo.

Passos pesados se ouviam atrás de mim e tive a certeza de que meus irmãos me seguiam. Acenei para um dos nossos soldados e ele foi conosco até onde estava a amante do Brean. Ethan, o soldado que estava tomando conta da porta da casa onde nossa prisioneira estava, deu um passo para o lado assim que nos viu e fez um cumprimento rápido ao meu irmão. Ele era nosso melhor soldado e praticamente braço direito do meu irmão mais velho. Se Tyler confiava em alguém alem de mim e Oliver, era em Ethan Russell.

— Abra. — ordenei e ele abriu a porta.

O cheiro de mofo logo chegou ao meu nariz e me controlei para não espirrar. O ambiente estava escuro e não se ouvia um som sequer. Virei-me em busca do interruptor, ele ficava próximo da porta, mas em um lugar mais alto, e senti uma pancada na minha cabeça.

— Porra. Segurem essa vadia. — gritei furioso, levando a mão à cabeça e sentindo latejar onde ela batera. A filha da puta me acertou em cheio mesmo em meio a escuridão dentro da maldita sala.

Ouvi o alvoroço ao meu redor, mas meus irmãos permaneciam calados apenas observando enquanto Ethan segurava a puta do nosso traidor. A luz foi acesa e pude ver a figura da mulher que me atacou. Ela estava descabelada, com a roupa suja, os pés descalços e o rosto vermelho e os olhos inchados de tanto chorar.

— Me soltem. Deixem-me sair daqui. — a vadia gritou tentando chutar o soldado que a segurava.

Parei na sua frente e agarrei seu cabelo, puxando com força e fazendo sua cabeça ir para o lado, mas erguida na direção do meu rosto, e seus olhos focarem nos meus. Eles eram de um tom marrom-claro, puxando para o mel e cintilavam raiva e pavor. Deletei-me com o vacilar de seu corpo ao me ter tão quase colado a ela.

— Acha que pode conosco, maldita vadia? Sabe o que posso fazer com você por ter me batido? — meu tom de voz era baixo, quase um sussurro, e sorri sombrio ao ver seu corpo estremecer.

Sob as garras da máfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora