Capítulo 8 - Laura

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Capítulo 8

Laura

Aperto as mãos sobre minhas pernas para controlar a tremedeira nelas. Não sei o que Romeo quer e isso me aflige. Na verdade, eu sei, ele quer me matar e isso só prejudica meu estado de nervos.

— Não precisa ter medo. Só quero conversar.

— Não me culpe por isso. Da última vez que quis conversar, quase me matou. — Não contive minha raiva.

— Você tem uma boquinha bem desaforada. — sua voz soou divertida.

Pelo visto, toda essa situação era divertida, mas apenas para o mafioso sem escrúpulos ao meu lado.

— Sei disso. Mas minha língua não é algo, que consiga controlar quando estou com medo.

Ele me olhou com malícia, mas desviei meu olhar do seu.

— Preciso pedir desculpa a você. — meu rosto virou tão rápido em sua direção que não sei como não tive um torcicolo.

— Acho que não ouvi direito. — não contive o sarcasmo em minha voz.

— Desculpe-me por ter lhe tratado daquela forma. Foi imperdoável da minha parte, ameaçar lhe violentar na frente dos meus homens.

— Está sendo sincero ou jogando comigo? — Poderia me ferrar ainda mais por perguntar isso, mas eu já estava na merda mesmo, então não deixaria que zombasse ainda mais de mim.

Ele me olhou com intensidade.

— Estou falando sério, Laura. — meu nome dançou em sua língua de um modo diferente dessa vez, contudo, não me ative a isso, já estava com coisas demais em minha mente. — Não era para eu ter te posto tanto medo. Mas a quantidade que Brean roubou de nós, foi grande e tínhamos a certeza de que ele iria ao encontro.

— Realmente não sei o que aconteceu. Fora a minha chefe quem me mandou lá. Eu nunca fiz nada para o Brean, achei estranho o pedido dela, mas ela sempre foi uma cadela comigo, então achei que isso era só mais pedido para tratar com clientes babacas.

— O que você sabe sobre a sua chefe? — questionou sem rodeios. — Convenhamos que ela ter lhe mandado no lugar dele foi suspeito. Uma confissão de culpa eu diria.

Sim, eu concordava com o mafioso ao meu lado, mas eu não tinha provas contra Miriam, então não poderia afirmar nada.

Olhei para fora do carro e vi que nos afastávamos da cidade.

— Para onde está me levando? — questionei mudando de assunto.

— Para meu apartamento. Ainda temos perguntas sem respostas.

— Mas eu não sei de nada. — voltei a me defender.

— Vi você conversando com o Brean, pareciam íntimos para mim. Muitos sorrisos para colegas de trabalho.

Olhei-o chocada.

— Não podia dar bandeira sobre o que descobri. Tinha que ser simpática e o tratar bem ou ele desconfiaria.

— Entendi. E a sua chefe? Você não me falou dela.

— Miriam é uma mulher ruim, ar de superior, trata mal os funcionários na maioria das vezes, mas continuamos trabalhando com ela, pois precisamos do dinheiro.

Respirei fundo. Estava começando a ficar tonta pela falta de comida em meu organismo. Passei o dia em aflição por tudo o que está me acontecendo que acabei não comendo nada.

— Ela nunca demonstrou estar envolvida com nada, mas não me surpreenderia se ela for amante de Brean. Ela veio me questionar o que rolou no encontro com o cliente ontem.

Sob as garras da máfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora