Capítulo 37 -Laura

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Capítulo 37

Laura

Abri os olhos assustada ao me dar conta do quão tarde já era. Busquei meu filho e me desesperei ao não o encontrar ao meu lado. Meu corpo doeu com o movimento brusco e lágrimas vieram aos meus olhos.

Pus-me de pé e, sem me importar estar vestida apenas com uma camisola fina de seda, rumei até a porta na intenção de ir atrás do meu filho. Já estava com a mão na maçaneta quando a porta se abriu e Romeo entrou por ela com o semblante preocupado.

— Está sentindo algo? — me questionou após colocar a bandeja repleta de comida sobre a cômoda.

— Onde está meu filho? — o questionei chorando. — Você não pode tirá-lo de mim. — solucei.

Minhas emoções estavam uma bagunça depois de tudo o que vivi nos últimos dias.

Ele deu sorriso, que fez meu coração tolo disparar, e segurou minhas mãos, a levando até seus lábios e as beijou.

— Nosso filho está bem, meu amor. — levou a mão ao meu rosto e limpou as lágrimas que ainda caiam. — Ele estava querendo chorar e como você está dormindo e parecia tão cansada, o levei para Amanda para deixá-la dormir por mais algumas horas.

— Ele deveria está com fome. — resmunguei. Meus seios já estavam doloridos por estarem cheios de leite.

— E estava, mas Amanda lhe deu o leite que você tirou ontem. Sei que havia separados algumas mamadeiras para ele. Nosso menino está bem, não se preocupe.

— Eu... — solucei. — Eu sempre acordo de madrugada para dar mamar a ele, e dormi tato. — passei as mãos pelo cabelo desorientada. Não estava a costumada a ter alguém cuidando de mim. Amanda me ajudava, mas Samuel era minha responsabilidade, então não gostava de ficar abusando a ela.

— Ele está bem, lhe garanto isso, agora se sente e tome seu café.

Ele me conduziu até a cama, me acomodou nela e depois me trouxe a bandeja com meu café da manhã.

— Obrigada. — pedi ao ver que na bandeja tinha tudo o que eu gostava.

— Como eu disse ontem, irei cuidar de você, Laura. Se me permitir, nunca mais se sentirá sozinha, nunca mais sentirá medo, nunca mais sofrerá. Morro antes que volte a lhe fazer mal.

Meu peito deu um solavanco com suas palavras. Angustia me tomou ao imaginá-lo morto. Por mais que ele tenha me magoado, eu ainda o amava.

— Como as coisas estão agora? — mudei de assunto.

Peguei um prato com panquecas e calda de chocolate e comecei a comer.

Ele sorriu a me ver comendo, ele sempre fazia isso, e eu revirei os olhos.

— Não se preocupe com nada, apenas em ficar bem. Você e nosso filho é o que importa.

— Mas sei que vocês descobriram quem estava por trás dos ataques, sei que Brean foi pego e morto, Tyler me disse, e também sei que vocês estavam se preparando para acabar com uma organização bem forte. O homem que me sequestrou... — estremeci ao lembrar do que ele fez a mim. — Disse que você havia matado seus homens, os mandando aos pedaços a ele e iria fazer o mesmo comigo.

— Nada de mal acontecerá a você ou ao nosso filho. — prometeu com fervor. — Sim, — deu um suspiro. — nós matamos alguns soldados de Sergey e por isso ele fora atrás de você, — apertou os punhos. — mas precisa saber que tudo já foi resolvido e que ele nunca mais a tocará.

Sob as garras da máfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora