Sophia Rossi
Quando ele falou isso eu o encarei com uma expressão incrédula. Vadia? Primeiro era namorada, e agora eu sou vadia? Eu revirei os olhos mas quando escutei os passos da garota meio que me assustei e agi por impulso, como sabia que Gus ficava desconfortável com ela e pelo seu pedido podia ter certeza, fiz a primeira coisa que me veio a cabeça, então afundei meu rosto em seu pescoço e comecei a chupa-ló de um jeito meio selvagem, pude perceber isso pelo alto gemido de Gus, que ecoou pelo cômodo de um jeito engraçado, na verdade não foi um gemido, e sim um grito, um grito bem alto.
Não pude conter a risada e quando ele se afastou rapidamente foi ai que eu me acabei de rir mesmo. A mulher encarava a gente com uma expressão confusa, mas ela logo se retirou quando percebeu oque havia acontecido.
— Puta que pariu Sophia, porra precisava me morder desse jeito?! - ele grita fazendo uma careta de dor enquanto passava a mão pela mordida.
— Você pediu pra eu mostrar a ela que você é meu, eu apenas marquei território. - eu digo rindo.
— Porra, eu preferia que ela ficasse aqui do que você ter me atacado desse jeito! - ele exclama ainda com a mão no pescoço.
— Ah, então você preferiria que ela ficasse aqui em cima de você rebolando no seu colo? É isso Gustav? - eu o encaro com a sobrancelha franzida enquanto balançava a cabeça, minha voz soava em um tom de ameaça, mas eu só estava brincando.
Ele me olha com um olhar incrédulo, como se eu tivesse falado o maior absurdo do mundo, mas logo relaxa pra uma expressão mais irônica.
— Não meu amor, acho que eu prefiro mil vezes que você arranque um pedaço de mim do que isso. - ele diz com seu sorrisinho sarcástico.
— Eu sei que prefere. Deixa eu ver a mordida. - eu me aproximo tirando sua mão e olhando seu pescoço. — Puta que pariu, acho que eu arranquei mesmo um pedaço...
— E você só percebeu agora? - ele levanta as sobrancelhas.
Na posição que estávamos, tão próximos um do outro que quem passasse poderia ter certeza de que eu estava o chupando. Ele ficava tão lindo daquele ângulo, oque não é muita surpresa já que ele sempre fica lindo de qualquer jeito.
— Por que tá me olhando assim? Quer arrancar outro pedaço? - ele diz brincando oque me fez perceber que eu estava o encarando de um jeito esquisito.
— Pode ser um pedaço da sua boca dessa vez? - eu digo me aproximando mais ainda e com o olhar fixo em seus lábios.
— Ixi, nem precisa perguntar, amor. - ele não deixa espaço para que eu falasse e já junta nossos lábios.
Nosso beijo foi perfeito como sempre, o quarto não tinha ninguém, então era perfeito para fazermos qualquer coisa. Sua mão descia de minha cintura até meu quadril, me fazendo arrepiar por inteira, seus lábios frios em contraste com os meus ficavam mais saborosos ainda com o gosto do álcool, que na verdade era tequila. Eu segurava firmemente sua nuca, fazendo parecer que eu estava sedenta por mais e mais. Tudo já estava se esquentando, então quando percebi que estava suando decidi tirar o casaco.
Já sabia que as coisas iriam de melhor para perfeito quando senti sua mão gelada por debaixo da regata fina que usava, seus dedos magros passando por minha costela, seu toque estava tão frio que senti que tomei um choque térmico, oque me fez gemer contra seus lábios.
— Calma, amor, eu nem comecei. - ele diz em uma das pausas do longo beijo.
Decidi que não iria nem responder a seu comentário idiota, tão idiota que me deixou com mais pressa. Eu arrodeei meus braços em volta de sua nuca e me sentei em cima de seu colo, enquanto sua mão ainda viaja por meu corpo quente que antes era coberto por meu casaco.
Pensei que a mágica iria acontecer ali, mas pulei de susto quando ouvi a porta bater e lembrar que ela estava aberta o tempo todo, pulei para seu lado, ofegante do beijo e do susto e logo pude perceber um rubor em minhas bochechas crescerem ao perceber que quem estava ali era Bexey. Bexey estava encostado no batente da porta, fazendo parecer que estava ali há mais tempo do que imaginávamos.
— Desculpem atrapalhar seus momentos íntimos, mas eu to com sono e não tem outro quarto disponível. Poderiam me dar uma licença? - ele diz logo depois de bocejar, a espera que a gente saia.
— Claro. - eu disfarço com um sorriso amarelo mas minha voz tremula meio que me entrega.
Gus estava irritado por ele ter chegado no melhor momento, ele o encarava com um olhar mortal provavelmente pensando em maneiras de matar Bexey, mas ele cede logo depois de um tempo. Eu visto novamente meu casaco e quando Gus levanta, eu e Bexey percebemos o porquê de sua irritação.
— Que isso cara, tá armado? - Bexey brinca olhando para o colo dele.
— Vá se foder. - Gus mostra seu dedo do meio e eu tento disfarçar o olhar.
Quando eu e ele saímos do quarto, Bexey se despede e fecha a porta, não totalmente e deixando uma pequena brecha por ela.
— Já está tarde e não tem mais ninguém aqui, acho melhor eu ir embora. - eu coloco a mão no bolso do casaco.
— Oque? Pensei que fosse dormir aqui. Você já até está com roupa de dormir. - ele me encara confuso e até um pouco triste com a notícia.
Eu inclino minha cabeça espremendo os olhos para ter a certeza de que ele realmente falou isso.
— Mas é sério, amanhã é sábado e eu to com saudades de você. - ele faz beicinho enquanto se aproxima e segura minha cintura como sempre.
— Faz literalmente menos de 24 horas que a gente se viu. - eu cruzo os braços o encarando de cima.
— Eu sou carente, não pode ficar muito longe de mim desse jeito. - ele exagera mais ainda no beicinho, parecendo um cachorro pedindo comida.
— Não sei, amanhã você tem show, não é? - eu pergunto descendo meu olhar para seu peitoral coberto por seu moletom branco.
— Na verdade, amanhã eu vou me arrumar pra uma turnê... - ele fala um pouco triste e sem graça.
— Oque? Uma turnê? Onde vai ser? - eu pergunto o encarando um pouco surpresa.
— Vai ser em Nova Iorque. - ele sussurra em um tom tão baixo que me pergunto se realmente escutei certo.
— E por que não me falou antes? - eu pareço um pouco chateada com a falta de comunicação.
— Eu fiquei com medo de sua reação. Desculpa, é que você tá trabalhando agora e ainda tem o curso, não queria atrapalhar em nada. - ele diz em um tom triste e manhoso.
— Tudo bem, tudo bem. Mas da próxima vez me avisa mais cedo! - eu o encaro séria.
— Então quer dizer que você vai dormir aqui? - seu semblante volta a ser feliz de novo.
— Eu tenho outra opção? - eu pergunto levantando as sobrancelhas.
— Não. - ele dá um sorriso largo.
— Fazer oque então, né. - eu sorriso de volta.
...
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De volta ao Passado 💫 - lil peep
Teen FictionGustav Elijah, mais conhecido como Lil Peep. Estava vivendo sua vida de famoso naturalmente. Indo para os shows, turnês, fazendo musicas, drogas... Até ele reencontrar sua antiga amiga; secreta paixão em um posto e sua vida virar de cabeça para baix...