- Capítulo V

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Gustav Elijah

  Por mais que tenha rido e falado de uma forma divertida, estava perguntando sério. Bem, eu me lembro perfeitamente da ultima vez que a vi de roupa íntima, mas não me lembro dela ter tanto... corpo.

  Não que isso importe muito, até porque é um pouco doentio eu saber perfeitamente o quanto seu corpo tenha mudado, mas mudou, e bastante. Talvez seja por causa do tempo, quer dizer, agora ela é quase uma adulta! É claro que vai ter um corpo mais avançado, mas ainda sim é estranho a ver desse jeito.

  Conhecendo ela, tenho certeza que agora está morrendo de vergonha e não vai sair tão cedo desse banheiro.

  E não é que estava certo? Depois de uns 20 minutos ela saiu do banheiro, e pude ouvir o chuveiro desligar bem antes. Deveria estar pensando em alguma coisa, só espero que não tenha tido uma de suas crises por causa disso.

— Pensei que fosse acampar em meu banheiro! - eu exclamo suspirando de alivio por ela não ter se matado lá. Eu estava apoiado na bancada da cozinha a esperando enquanto comia uma torrada seca.

— Haha, muito engraçado! Na situação que me deixou, por pouco não me matei afogada naquele chuveiro. - ela disse e eu ri e fui em direção ao banheiro, já que era minha vez de tomar banho, enquanto ela ia em direção ao quarto para colocar seu pijama na mala.

Sophia Rossi

  Quando entrei em seu quarto, eu abri as cortinas, fechando rapidamente meus olhos com o brilho forte da luz do sol, mas logo me acostumei com a luz natural que clareava todo o quarto.

  Aproveitei o momento para checar minhas mensagens, que não eram muitas pois quase ninguém sabia dessa viagem "secreta". Porém, é claro que teria uma mensagem de minha amiga querida Penny.

  Quando voltei da Itália e meio que recomecei lá, Penny foi a primeira pessoa que veio falar comigo, desde então ela continua sendo minha amiga. Sou grata por ela me aguentar por tanto tempo e por ela me apoiar nessa viagem, já que era a única (tirando meu irmão) que sabia.

  Penny estudava literatura, já que amava escrever cartas, poemas e até livros digitais, mas oque ela mais gostava era de sempre me mandar uma pagina de seus livros não terminados para saber minha opinião e saber se estava realmente bom. E eu amava ler seus poemas e rascunhos de escritas, era incrível como ela conseguia escrever uma coisa tão bem que mesmo não passando pela situação do livro eu sinto exatamente tudo que ele mostra sentir.

E dessa vez não foi diferente, Penny estava escrevendo um livro de romance sobre um casal que foi internado em uma clinica psiquiátrica, eu achei a cara dela.

Enquanto estava lendo, pude sentir um sorriso crescer em meu rosto, era como se eu estivesse no local do livro, como se eu gostasse da garota como
ele gostou e vice versa. Eu sempre amei livros complexos exatamente por nem sempre entender o significado e criar um significado para mim, parece estranho e louco, mas é oque eu sinto.

  Meu momento de leitura foi invadido pelo barulho da porta abrindo, na verdade só me dei conta de quem a abriu quando ouvi sua voz.

— Falando como o namorado? - diz Gustav adentrando no quarto. Quer dizer, nem sei se ele entrou agora, provavelmente devia estar me encarando há um bom tempo.

De volta ao Passado 💫 - lil peepOnde histórias criam vida. Descubra agora