Gustav Elijah
Hoje era apenas um dia normal, como todos os outros. Durante o dia gravei algumas musicas, fiz algumas partes de alguns clipes, tirei bastante foto com os meus fãs, e de noite fiz o show.
Estava na backstage e já fazia algumas horas que o show havia acabado. Meus amigos não paravam de rir — claramente chapados — e eu nem sabia o motivo. — pois também estava chapado — Eu estava encarando o chão perdido nos pensamentos enquanto minha cabeça girava. Já era tarde, por volta das 22:45 pois o show havia começado cedo e eu estava morto de cansaço.
Não só de cansaço como também de fome. Ugh, a larica bateu de novo. Sempre esqueço desse efeito da maconha.
Me despedi de meus amigos, — que também pareciam mortos de tão cansado que estavam —entrei em meu carro e fui embora.
Minha barriga roncava tão alto que as poucas pessoas que haviam na rua deviam ter escutado enquanto passava com o carro. Como já era tarde tive que passar num posto de gasolina já que os fast-foods estavam todos fechados e essa era minha única opção.
Procurei o posto mais perto de minha casa já que também estava cansado e pretendia voltar para casa o mais rápido possível. Por minha sorte o local estava vazio, anão ser por um cara que estava lendo uma revista que com certeza era pornografia, e um idoso cochilando sentado na ultima banca. Agradeço por ninguém me conhecer pois estava meio agitado com a fome e o cansaço, e tenho certeza que se alguém me parasse agora eu iria socar essa pessoa até a morte. Amo meus fãs, mas esse com certeza não é o momento certo.
Comprei dois sanduíches de atum, um biscoito e uma coca gelada. Na verdade nem vi direito oque havia pegado e quando dei uma mordida no sanduíche podia ter certeza que não era de atum, mas foda-se não muda muita coisa.
Não demorou mais de 10 minutos para eu acabar todo o meu "pequeno" lanche. Eu até iria comprar mais coisa para comer, mas não estava nada afim de vomitar tudo isso depois.
Depois de comer, fui verificar meu celular, que desde tarde não parava de me encher o saco com notificações. Quando vi a tela, meus olhos se arregalaram um pouco chocado.
Puta merda, 150 mensagens e 130 era de uma garota que havia ficado. Na verdade não fiquei com ela, apenas transamos algumas noites, mas ela não para de me encher o saco por causa disso já faz quase duas semanas!
MENSAGENS ON:
"Garota chata 4": [+124]
ATENDE GUSTAV!
MAS QUE MERDA POR QUE NAO CONSEGUE ATENDER A PORRA DE UM CELULAR!?
sabe eu estou cansada
mas que porra vc nao me responde...
vc é só um drogadinho fodido mesmo
ATENDE ESSA MERDA DESSE CELULAR!!!Gustav: Oque foi agora caralho?
tem como parar de encher a porra do meu saco?
já falei que não tenho nada com vc
larga do meu pé!MENSAGENS OFF:
Sophia Rossi
Me chamo Sophia Rossi, tenho 19 anos e moro na Itália com minha minha mãe e meu pai. Minha relação com meus pais não é a das melhores, mas poderia ser pior então eu não gosto de reclamar sobre isso. Mas minha relação com meu irmão é totalmente diferente. — sim, tenho um irmão mais velho e o nome dele é Jack — Nossa relação é boa porque não somos aquele tipo de irmão que odeia um ao outro e briga por absolutamente tudo, muito pelo contrário, ele é como se fosse meu melhor amigo e aonde eu vou, ele vai atrás. É verdade que nossa relação também não é perfeita, quer dizer, também brigamos e discutimos as vezes, mas nada muito sério.
Meu irmão estuda medicina já faz alguns anos e já, já se forma. Talvez seja por isso que minha relação com meus pais não seja boa. Quer dizer, meu irmão faz medicina e eu quero ser fotógrafa, e são coisas completamente diferentes. Bem, meus pais queriam que eu fosse modelo mas sempre odiei que tirassem fotos minhas, tentei explicar a eles que não quero ser a modelo e sim a fotografa que tira as fotos das modelos, mas eles nunca me entendem então desisti de tentar explicar.
Na verdade sempre fingi não me importar com as opiniões dos meus pais e com as reclamações deles já que eles reclamavam de tudo, mas para falar a verdade eu odiava como eles me tratavam. Se eu pudesse descrever minha família com uma música, com certeza seria Doullhouse da Melanie. Meu pai era um anjo comigo, quando estava sóbrio e na frente das outras pessoas, ele é alcoólatra e fazia questão de me bater por qualquer coisinha quando estava bêbado. Minha mãe nem tentava demonstrar algum carinho por mim, principalmente na frente das outras pessoas. Ela amava me humilhar na frente das visitas, e de sempre me comparar com meu irmão. E na verdade eu tenho orgulho de dizer que nunca tive inveja de meu irmão, nem por um segundo. Para falar a verdade eles também não demonstravam muito carinho pelo meu irmão, apenas jogavam carga para cima dele.
Hoje seria o dia que eu iria finalmente "fugir" de casa. Meu irmão foi morar na faculdade faz pouco tempo, tenho certeza que ele não aguentava mais toda aquela pressão psicológica que nossos pais faziam em cima dele, e eu decidi que vou seguir seu exemplo. Bem, falei que iria me mudar para um apartamento, apenas não falei que seria na california. Nesses últimos anos, estava trabalhando em um café apenas para economizar dinheiro para um curso de inglês e minha passagem para LA, e meus pais não sabiam de nada e nem faziam questão de perguntar. Como esperava, eles não deram a mínima e até percebi como minha mãe estava animada para que eu fosse embora logo, então tenho certeza que não se importariam de eu estar morando em outro país.
O voo estava marcado para ontem a tarde, porém acabei tendo uma crise e quase perdi o voo. Conclusão: chorei a viagem toda, e sinceramente eu nem lembro o porquê.
Quando cheguei de viagem já era bem tarde, pedi um uber que graças a deus funcionava há essa hora, mas tinha um problema, eu não tinha reservado nenhum hotel para ficar, acabei esquecendo disso e tenho certeza que essa hora não deve ter nenhuma vaga em nenhum hotel, quer dizer, nem sei onde tem hotel aqui!
Minha cabeça estava um turbilhão de pensamentos, estava quase tendo outra crise e não poderia surtar assim do nada, pois eu iria acabar falando para o motorista me deixar no meio da rua esperando por alguém me socorrer.
Mas por sorte passamos por um posto de gasolina que estava aberto, tinha poucas pessoas e com certeza eu iria conseguir me acalmar ali. Pedi para o motorista parar no posto e que daqui a pouco voltava, pude escutar um xingamento sair de sua boca. Que vagabundo, ele estava sendo pago e ainda por cima estava reclamando, tudo bem que estava indecisa para saber onde iria ficar e ficamos quase meia hora no carro até eu finalmente decidir, mas isso não vem ao caso.
Antes de sair do carro, tomei um dos meus heróis nos piores momentos: meu calmante. Tomei uns dois e finalmente me dirigi até o estabelecimento. Entrei e percebi que havia apenas três pessoas no local, soltei um suspiro aliviado até andar a moça do balcão, ela estava deitada no balcão com a cara colada na mesa de mármore, por um momento hesitei em acorda-lá, mas estava com pressa e apenas queria sair dali o mais rápido possível. Quando a pedi um chá, a mesma me encarou com uma expressão de nojo e raiva, com um olhar quase mortal e resmungou mais alguns xingamentos para mim. Depois falam que os italianos que são grossos e arrogantes...
Me sentei no balcão em frente a ela enquanto meus pensamentos começavam a me dominar por inteiro, graças a deus que não demorou muito tempo até que o comprimido fizesse efeito em mim. Depois de alguns minutos remoendo meus traumas e pensando se essa foi a decisão certa, se eu realmente deveria ter saído da Itália e vir para Los Angeles, esses pensamentos simplesmente sumiram e eu fiquei igual uma criança no tédio, acho que estava um pouco chapada. Como não tinha nada para fazer, fiquei observando atentamente todo o local, até meus olhos passarem por um garoto de capuz e uma roupa estilosa que encarava a tela do celular com uma careta de nojo e irritada. Por um momento achei engraçado, mas quando o olhei por alguns minutos percebi que ele era alguém bem familiar. Até finalmente me lembrar dele perfeitamente em minhas memórias guardadas, e quando me lembrei pude sentir um sorriso chocado e surpreso se estender em meu rosto.
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De volta ao Passado 💫 - lil peep
Novela JuvenilGustav Elijah, mais conhecido como Lil Peep. Estava vivendo sua vida de famoso naturalmente. Indo para os shows, turnês, fazendo musicas, drogas... Até ele reencontrar sua antiga amiga; secreta paixão em um posto e sua vida virar de cabeça para baix...