- Capítulo XII

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Sophia Rossi

  Me acordei 4:30 da manhã com uma dor de cabeça insuportável, parecia que tinham me jogado numa estrada e passaram 10 caminhões em cima da minha cabeça, um enjoo muito forte também, por um momento me perguntei se realmente estava viva. Além disso ainda tive a maravilhosa visão de Gustav na frente da cama, só de cueca e fumando maconha. Que folgado! Ainda fuma dentro do meu quarto... Pera ele tava de cueca?

— Que porra é essa?! - eu pergunto semi-cerrando os olhos para ter certeza do que estava vendo. E sim, com toda certeza do mundo aquele era ele de cueca.

— Antes de tudo, não, não transamos. - ele disse depois de tragar seu baseado pela ultima vez e jogar para fora da janela.

  E antes que eu pudesse responder pude sentir toda a comida ou qualquer coisa que havia digerido subir pela minha garganta, corri direto para o banheiro e vomitei como nunca, puta que pariu que sensação horrível. Não demorou muito para que eu sentisse as mãos do Gustav segurando meu cabelo enquanto ele tentava falar alguma coisa para me sentir melhor, oque não adiantou de nada.

  Passei um tempão vomitando, mais de 10 minutos provavelmente e eu já não aguentava mais, até Peep estava cansado de ter que segurar meu cabelo e ficar comigo no banheiro.

— Já vomitou tudo? - diz ele sentado no chão do banheiro ao meu lado ainda segurando meu cabelo.

— Puta que pariu, que merda eu usei ontem? - eu digo depois de cuspir no vaso e abaixar a tampa. Eu estava ofegante e me encostei na parede, ficando lado a lado com ele.

— Menos de 5 copos de álcool e algum comprimido desconhecido. Quer dizer, pra vomitar tanto acho foi mais de um.

  Ele se levanta e da descarga, logo estendendo a mão para me ajudar a levantar.

— Se não transamos, posso saber o porquê de você estar só de cueca? - eu digo me levantando com sua ajuda e indo para a pia do banheiro escovar os dentes.

— Você implorou para que eu dormisse aqui e como não tinha outra opção de pijama, você sugeriu que eu ficasse apenas de cueca, não achei uma má ideia. - ele diz me observando.

  Por mim ele poderia ficar sempre de cueca, era tão... Que? Que merda de pensamento é esse?!

Depois de escovar os dentes, peguei uma camisa que havia roubado do meu irmão e dei para o coitado do Gustav, não poderia ficar passando frio, não é? Mas ele continuou de cueca do mesmo jeito já que não tinha parte de baixo e estava bem engraçada aquela visão.

Fui para a cozinha para fazer o café da manhã do bixinho e o meu, já que não como nada desde ontem e vomitei todo o lanche da semana. Não tinha muita coisa, até porque eu havia me mudado há pouco tempo, eu sei que isso não é desculpa para dar, mas é que eu procrastino demais, então eu fiz apenas torradas com ovo e bacon.

— Uau, você até que não é ruim nisso! - ele diz com a boca cheia.

— Eu nasci na itália, Gustav! Pelo menos isso eu precisava saber, né...

— Mas isso também não é justo, você é boa em tudo oque faz!

Eu ri e continuei a comer, quando havia acabado Gus ainda estava na metade, diz ele que gostava de saborear a comida primeiro.

— Você não tem curso hoje, não é?

— Não, hoje não. Por que?

— Vamo sair então, você chegou quase agora, posso te mostrar algumas coisas legais da California.

— Achei que precisava ir para o estúdio hoje...

— Não que eu precise... Quer dizer, eu tenho que ir, mas tudo bem se eu tirar um dia de folga, principalmente se for com você.

— Tudo bem, se você diz, eu topo.

Ele me deu um sorriso sem mostrar os dentes, tão fofo que minha vontade era de estrangular aquele rostinho bonito dele. Não me levem a mal...

Depois de comermos decidimos assistir um filme já que ainda era 6:20 da manhã. Obviamente eu escolhi o filme, já que a casa era minha e mesmo se não fosse eu escolheria do mesmo jeito. Eu escolhi um dos meus filmes preferidos, o filme que já vi e revi mais de 50 vezes e ainda li o livro de 719 páginas 5 vezes seguidas: O pintassilgo. Na minha visão, o pintassilgo é o melhor livro e filme da história.

— E esse filme fala sobre oque? - ele pergunta se acomodando em meu sofá enquanto eu procurava o filme na tv.

— Sobre um garoto que perdeu a mãe num terrorismo em um museu, o resto você vai vendo.

Quando eu coloquei me encostei no sofá, estávamos de coberta um do lado do outro com a cortina da varanda fechada já que estava um sol de cegar qualquer um. O filme já havia acabado e pude sentir uma lágrima cair de meus olhos azuis, a mesma lágrima que sempre caia no final do filme e até mesmo no meio. Gustav havia gostado, pude ouvir até seu coração acelerar em algumas partes oque me deixou um pouco ansiosa, mas no final deu tudo certo e discutimos um pouco sobre e depois fomos assistir Bob Esponja. No meio do desenho, eu deitei minha cabeça em seu ombro um pouco cansada.

— Você ainda fala com sua mãe? - eu pergunto quebrando o silêncio entre nós anão ser pelo som da tv do desenho.

— Não muito, bem de vez em quando. Mas nos feriados eu sempre tento visita-la. Por que a pergunta repentina?

— Nada, apenas queria saber sobre sua mãe e também queria ouvir sua voz.

— Ouvir minha voz? Uau, isso foi fofo. Você quer alguma coisa minha?

— Não diga isso! Parece até que sou interesseira...

  Ele vira seu rosto para mim e eu apoio meu queixo em seu ombro, o olhando também. Passamos alguns segundos se olhando até que eu percebi seu olhar cair sob meus lábios e já sabia oque estava pensando, então quando eu percebi nós aproximamos nossos rostos e começamos um beijo, um beijo sem lingua e até gostoso, mas também não demorou muito para começarmos a dançar com nossas línguas. Era tão impressionante como nossas línguas se encontravam e dançavam com uma sintonia maravilhosa, parecia até que estávamos dançando valsa, na verdade estava parecendo um beijo técnico de cinema, tão sincronizado que era perfeito. Quando nos distanciamos já estávamos ofegantes e quase sem fôlego, eu me distanciei e me ajeitei no sofá, me sentando de frente enquanto Gus me encarava confuso com a ação repentina.

— Já está tarde, seria legal saímos para almoçar. Eu vou me trocar. - eu digo me levantando e indo em direção ao meu quarto, um pouco sen graça e com vergonha.

...

peep estava exatamente assim

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peep estava exatamente assim

De volta ao Passado 💫 - lil peepOnde histórias criam vida. Descubra agora