- Capítulo XXX

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Gustav Elijah

Demorou uma hora e meia para que a brisa da Sophia acabasse, e isso foi bem óbvio de perceber, pois quando a vi ela estava parada olhando para o chão com um olhar vazio, claramente com badtrip.

— Tudo bem? - eu pergunto a chacoalhando um pouco.

— Não. - ela tampa o rosto com as mãos e deita sua cabeça em meu peito, como se estivesse se escondendo.

— Quer ir embora? - eu pergunto a abraçando em meus braços enquanto ela assente com a cabeça.

E assim eu a levanto, me despeço dos meus amigos e ela continua com a mão no rosto. Quando chegamos no carro percebo seu choro.

— Desculpa Gus, me desculpa por ser tão idiota. - ela diz com a voz abafada.

— Você não é idiota, eu que tenho que pedir desculpas. Eu usei aquela merda escondido de você. - eu digo a abraçando, enquanto escutava seu choro em meu peito.

— Por que eu sinto isso? Porra, isso dói tanto.. - ela diz com a voz de choro.

— Eu sei como se sente, mas isso vai passar, okay? Prometo que já já passa. - eu digo passando minha mão no seu cabelo na tentativa de acalma-lá.

Ficamos nessa até ela se aliviar um pouco mais, limpei suas lágrimas que ainda escorriam de seu rosto e a beijei, um beijo sem língua apenas para conforta-la.

— Pronta? - eu digo e ela assente com a cabeça.

Dou partida no carro e o caminho até lá é um silêncio total, apenas com o som do ar-condicionado e de nossas respirações, as vezes eu espreitava para olhar como ela estava, mas ela passou o caminho todo na mesma posição.

Quando chegamos em seu prédio, agradeci por não ter ninguém e poder irmos logo para seu apartamento, pois estava morto de sono por conta do xanax. Sophia tomou um breve banho e eu apenas tirei minha roupa ficando de cueca e fui deitar a espera dela para poder finalmente cair no sono. Quando ela chegou, parecia ainda um pouco triste, mas não tanto quanto da última. Ela se deitou ao meu lado e ficamos um bom tempo se encarando.

— Nunca mais aceito as drogas dos seus amigos. - ela diz e eu franzi o cenho automaticamente.

— Meus amigos? Quem que te ofereceu? - eu pergunto parecendo um pouco irritado e preocupado.

— Um tal de Mackned. - ela diz e eu bufo fechando os olhos, era óbvio que ia ser ele.

— Não acredito que acreditou nele... Você cheirou cocaína, né? - eu digo com a voz um pouco arrastada por conta do sono.

— Sim. Quer dizer, acho que sim. - ela balançou a cabeça positivamente.

— Como assim você acha? - eu fico mais preocupado.

— Bem, eu não perguntei nada, só sei que era um pó branco. Mas independente de que droga seja, eu não morri, então tá tudo bem. - ela diz dando um sorriso fofo.

— Não tá nada bem, nunca aceite drogas de estranhos, tá legal? Principalmente dos meus amigos. - eu digo com um tom brincalhão, mesmo falando a verdade. — Aff, eu queria que a sua primeira vez usando coca fosse comigo. - eu digo fazendo beicinho.

— Outro dia a gente usa juntos. - ela começa a acariciar minha bochecha com sua mão quente, e isso foi o suficiente para me fazer cair no sono.

(Quebra de tempo)

Estávamos em sua cozinha tomando café da manhã juntos, hoje tava um calor do caralho então quando acordei nem me vesti, estava eu esperando a donzela acabar o meu super café da manhã italiano para ela meter o pé e ir para seu curso.

— Já são 7:30. - eu digo olhando para meu celular, que tinha a gente de mão dadas na tela de bloqueio.

— Calma, eu já to acabando. - ela diz tirando o pão italiano do forno e pegando uma geleia específica da geladeira.

Depois de um tempo eu finalmente pude comer, pensei que ela fosse comer junto comigo, mas como estava atrasada para o curso disse que comeria mais tarde. Ela me deu um selinho e foi embora, quando vi, estava na cozinha completamente sozinho comendo meu pão italiano com geleia de frutas vermelhas junto com meu capuccino.

...

Capítulo curtinho só pra vcs verem que deu tudo certo...

De volta ao Passado 💫 - lil peepOnde histórias criam vida. Descubra agora