Em algum lugar em Nova Orleans.Lua apoiou a cabeça entre as mãos, sentindo todo o seu corpo dolorido. Ela puxou as pernas para perto do peito, afundando a cabeça ali, enquanto o desespero tomava conta de seu peito. Presa com sua família novamente, o que parecia impossível após tantos anos escondida, vivendo em "paz", agora se tornará realidade. Como isso podia acontecer? Uma parte de sua mente sussurrava que ela deveria se sentir burra por permitir que a situação chegasse a esse ponto, mas outra parte lembrava que ela era uma lobisomem, incapaz de se transformar por causa da criança crescendo em seu ventre.
Lembrar-se de seu filho fez Lua desabar em lágrimas. Ela havia falhado como mãe, e essa culpa pesava em seu coração. Como poderia uma pessoa ter tanto azar na vida? Quando finalmente tudo parecia voltar ao seu devido lugar, a tragédia a atingia novamente. Levantou a cabeça e tocou suavemente os lábios, recordando-se do primeiro e provável último beijo que trocou com Klaus. A intensidade daquele momento parecia agora uma memória distante e impossível, fazendo as lágrimas escorregarem como um rio pelo seu rosto.
A mente de Lua estava pesada, e ela tombou a cabeça para o lado, os olhos se fechando lentamente. A escuridão a consumiu, um dos poucos momentos em que ela se sentia bem, era caminhando pelo mundo dos sonhos.
Ela se sentia leve, caminhando pelos corredores, sem se importar em ser achada, porque na realidade ela estava acorrentada em algum local escuro e provavelmente embaixo da terra. Lua escutou alguém chamando seus pés se viraram para trás, olhando para a sombra escura atrás de si sentindo seu coração errando a sequência de batidas, a pessoa com capuz parou de caminhar assim que foi pega.
— Quem é você? — Lua sussurrou a pergunta, tomando todo o cuidado com as outras pessoas que andavam por aquele mundo, não poderia confiar em ninguém.
A pessoa permaneceu em silêncio, tirando o capuz.
Lua franziu o cenho, à sua frente estava uma jovem de aparência delicada, com traços que exalavam uma mistura curiosa de doçura e intensidade. Os cabelos castanhos escuros caíam em ondas suaves até os ombros, realçando o contraste com sua pele clara e impecável. Seus olhos eram grandes, de um castanho profundo, carregando um brilho enigmático, como se guardassem segredos e uma força que não combinava com sua juventude. Vestia-se de forma discreta, em tons escuros, o que apenas acentuava a aura misteriosa ao seu redor. Parecia alguém que já havia vivido mais do que aparentava, e mesmo assim mantinha uma postura firme, com um toque de vulnerabilidade bem escondido.
— Acredito que devo lhe chamar de Lua — a garota respondeu, sorrindo de forma doce para Lua — Eu me chamo Davina.
A mulher analisou a mais nova à sua frente com o cenho franzido, se lembrando das vezes em que se sentia observada, se aproximando da garota.
— Você! Era você que sempre ficava me cuidando — Lua apontou o dedo para Davina, tentando entender o que a garota queria com ela.
— Sim, mas em minha defesa, você que me chamava! — Davina retrucou, não baixando a cabeça para Lua.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐋𝐮𝐚 || 𝐊𝐥𝐚𝐮𝐬 𝐌𝐢𝐤𝐚𝐞𝐥𝐬𝐨𝐧
FanfictionLua sempre se meteu em problemas, sendo completamente desastrada. Mas ficar grávida de uma maneira nada convencional estava acima do seu limite de desastre. Agora, ela precisa aprender a lidar com essa gravidez inesperada e com o fato de que seu com...