Lua acordou olhando para o lado, percebendo que Klaus não estava ali, ela esfregou a mão no rosto, tirando o edredom de suas pernas, olhando para o sol entrando pela fresta da cortina, não devia ser muito cedo, ela concluiu, indo em direção ao banheiro, tentando colocar seu plano em ação. Ela olhou no espelho, percebendo que suas olheiras haviam sumido boa parte.
Ela iria voltar naquela bruxa, tinha muitas perguntas guardadas e pouquíssimas respostas.
Após terminar de se arrumar e vomitar, coisa que estava fazendo parte de sua rotina diária, ela desceu as escadas, procurando por algum Mikaelson na casa, suspirando aliviada por não achar ninguém, ela colocou um óculos e o boné para evitar ser reconhecida na rua, porque sabia que as pessoas falavam dela e de sua criança.
Ela sabia que os sanguessugas faziam mais ronda pela entrada lateral esquerda que era o portão mais aberto e menos óbvio para alguém entrar, então, ela resolveu sair pelo mais óbvio, lateral direita que dava para uma rua movimentada. Observando os guardas mudarem sua rota por trás da cortina, ela rapidamente saiu correndo, pegando um saco de lixo que havia na cozinha correndo pela saída, algumas pessoas a observavam, mas a ignoraram logo em seguida, ela apenas mais uma empregada colocando o lixo para fora, por isso a ignoraram no momento seguinte seguindo com suas vidas.
— Graças a Deus — ela sussurrou se misturando na multidão de pessoas, colocando a mão em sua barriga sentindo a criança mexer, mas tirou rapidamente, teria que evitar ao máximo fazer aquilo em público, ela se xingou mentatalmente apertando os dedos, olhando em volta, desconfiada.
A loja era um pouco distante, mas ela poderia andar um pouco, passava o tempo todo dentro daquela mansão, não que era uma coisa horrível, mas ela gostava de sentir o sol em sua pele, se misturar em meios as pessoas, sem ser conhecida e citada, Lua gostava de ser comum, um ser qualquer em meio a multidão.
Ela observava as lojas com curiosidade, nunca tinha tempo para fazer isso, trabalhava todos os dias da semana, sem pausa, em suas folgas ela somente tinha tempo de limpar seu minúsculo apartamento e dormir. Sempre voltava exausta para casa, sabendo que no outro dia teria a mesma rotina cansativa.
— Cuidado — ela alertou quando um grupo de garotas bêbadas trombaram nela, fazendo ela proteger sua barriga, mas foi apenas ignorada pelo pequeno grupo que saiu rindo, nem ao mesmo olhando para trás.
Negando com sua cabeça enquanto desviava de um vendedor ambulante que tentava puxar assunto com ela, mas ela se negou a dar atenção da última vez havia sido roubada, tinha perdido o dinheiro para comprar seu jantar, que se resumia a um macarrão instantâneo, naquele dia ela havia ido dormir chorando e com fome.
— Foi uma experiência traumatizante — ela murmurou para si mesmo, sentindo que estava sendo observada, ela olhou em volta não encontrando ninguém, por isso apertou seu passo em direção a livraria.
Lua atravessou a rua olhando para os lados, murchando seus ombros quando viu que a placa de fechado estava virada, mostrando que não havia ninguém na livraria.
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𝐋𝐮𝐚 || 𝐊𝐥𝐚𝐮𝐬 𝐌𝐢𝐤𝐚𝐞𝐥𝐬𝐨𝐧
Hayran KurguLua sempre se meteu em problemas, sendo completamente desastrada. Mas ficar grávida de uma maneira nada convencional estava acima do seu limite de desastre. Agora, ela precisa aprender a lidar com essa gravidez inesperada e com o fato de que seu com...