GABRIELLA HUNTER
A cada passo que ouvia vindo da escada, meu coração acelerava, batendo como um tambor de guerra. Primeiro, Caim apareceu, com seu cabelo rosa desgrenhado e o terno bagunçado, parecendo ter acabado de sair de uma festa de rock. Logo depois, Victoria entrou, com a maquiagem impecável, mas seu blazer rasgado e o cabelo bagunçado mostravam que ela tinha enfrentado algumas batalhas.— Eliminaram todos os alvos? — perguntou Kaiden.
— Sim, senhor. — respondeu Victoria e Caim, em uníssono.
Então, Vênus surgiu logo atrás de Kaito, e quando nossos olhares se encontraram, um sorriso surgiu em seu rosto. Ela caminhou em minha direção, segurando minha mão como se eu fosse um porto seguro.
— Você está bem? — perguntou ela, com um olhar preocupado.
Eu hesitei, sem saber o que dizer, e apenas assenti, tentando esconder a confusão que se agitava dentro de mim.
— Eu não estou. — Kaito interrompeu, sua voz baixa e dolorida.
Desviei o olhar de Vênus e vi Kaito segurando o braço ferido, com o sangue escorrendo.
— O que aconteceu? — perguntei, curiosa.
— Sua amiga está "naqueles dias". — Kaito respondeu, tentando manter o humor. — Ela me deu um tiro porque não quis dizer onde você estava.
— Se você tivesse dito onde a Briella estava desde o início, eu não teria atirado. — Vênus rebateu, com um tom provocativo que quase me fez rir. — Todo japonês tem a cabeça dura como a sua? — ela olhou para o volume na calça dele.
Por que ele estava excitado?
— Vênus! — ele esbravejou e seu rosto queimou de vergonha.
Ele é masoquista?
Pensando bem eu não quero saber.
Não consegui me conter e ri, apesar da situação absurda em que eu me encontrava. Quem me olhava agora jamais imaginaria que Kaiden me fodeu com os dedos a poucos minutos, e nem me deixou terminar. Ele só fez isso para mostrar que tem poder sobre mim.
Um filho da puta.
— Vocês ainda não se resolveram? — perguntei, levantando uma sobrancelha.
Os dois se encararam por um momento, e desviaram o rosto. Eu esfreguei a têmpora, já estressada, imaginando que, se não controlasse a situação logo, alguém poderia se machucar de verdade.
— Gabriella! — a voz de Desmond irrompeu, e ele apareceu com um sorriso brilhante e as roupas manchadas de vermelho. Ele contornou a mesa e me abraçou, enterrando o rosto em meu pescoço. — Eu senti sua falta, pequena.
— Eu cresci. Não me chame assim.
Minhas mãos ficaram sem saber onde se posicionar, enquanto a situação se tornava ainda mais confusa.
— Cresceu um pouco nos últimos cinco anos. Teve bastante tempo para refletir. Decidiu se vai casar comigo? — ele perguntou, com um brilho esperançoso nos olhos.
— A resposta é a mesma. — respondi, direta e fria.
— Ela não te quer. Quantos foras vai ter que levar? — perguntou Caim, e puxou Desmond para trás. Depois ele tocou minha cabeça. Nossos olhares se encontraram, e eu empurrei a mão dele com um gesto que deixava claro que não estava disposta a permitir qualquer tipo de intimidade.
VOCÊ ESTÁ LENDO
ᴍɪɴʜᴀ ᴅᴇsᴛʀᴜɪçãᴏ
RandomEu pensava que já tinha enfrentado demônios suficientes, mas ao encarar Kaiden Volkov, percebi que tudo o que vivi era apenas o começo do verdadeiro inferno. Ele transformou minha vida em um caos ardente, mostrando as várias facetas do diabo. Cada d...