𝟑𝟕: 𝐓𝐡𝐞 𝐥𝐚𝐬𝐭 𝐫𝐞𝐯𝐞𝐧𝐠𝐞

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GABRIELLA HUNTER

   Sem localização;

   Segunda-feira, 04:00 AM. 

      A luz fria do galpão se infiltrava pelas frestas da janela, criando sombras distorcidas que dançavam nas paredes. O cheiro de antisepsia e metal estava impregnado no ar, enquanto eu observava Emory, deitada na cama cirúrgica, ainda inconsciente. As cordas que a prendiam não eram visíveis, mas as marcas em seus pulsos e tornozelos, onde ela havia lutado para se soltar, me davam um prazer indescritível. Ela estava frágil, vulnerável, e finalmente, ao meu alcance.

    Ela se mexeu. O queixo dela se ergueu lentamente, como se tentasse entender onde estava, como se tentasse lutar contra a névoa da confusão. Seus olhos, que costumavam brilhar com confiança, agora estavam perdidos, em pânico. Sua respiração era pesada, uma mistura de medo e desorientação. A mulher que tinha arruinado uma parte da minha vida estava ali, em minhas mãos, e eu sabia que a vingança começaria lentamente. Em meu coração, havia uma frieza mortal.

     Ela engoliu em seco, ainda tentando processar a situação.

      — O... o que aconteceu? Onde... onde eu estou? — sua voz era frágil, mas com um toque de arrogância disfarçada, tentando se manter imune àquela situação.

         Eu ri baixinho, a sensação de superioridade me envolvendo como um manto confortável. Caminhei até a beira da cama, observando-a com um sorriso cruel no rosto.

        — Ah, você finalmente acordou, Emory. Eu estava começando a achar que você ia demorar mais. — minha voz era um sussurro sarcástico, como se eu estivesse se deliciando com cada palavra. — Não se preocupe, você está exatamente onde deveria estar.

      Ela se mexeu na cama, as mãos tentando se soltar das amarras, mas a força das cintas e os sedativos ainda estavam impedindo seus movimentos. O pânico começou a se refletir mais claramente em seus olhos, e isso me deu um prazer doentio. Eu queria que ela soubesse, queria que ela sentisse a tensão crescente, o medo que a consumiria.

      Emory olhou ao redor, tentando se orientar, e então seu olhar se fixou em mim. Eu a encarei com um sorriso perturbador.

       — Você... você tentou fugir, não foi? — Perguntei, rindo com uma desdém silencioso. — Queria escapar do seu destino, se achar uma vítima, mas as coisas não saem do jeito que a gente planeja, não é?

      Ela abriu os olhos com mais força, tentando entender minhas palavras, mas o medo estava claro agora. O pânico tomava conta dela, e eu me divertia com isso. A garota arrogante, que havia se alimentado da dor dos outros, estava agora à mercê da minha raiva.

       — Eu... achei estranho que eles sumissem — ela balbuciou, a voz fraca e rouca. — O que você... o que você fez com Caleb? E Jean? E Mark?

      Eu inclinei a cabeça para o lado, observando-a com um olhar calculista.

      — Você realmente não sabe, Emory? — falei com uma calma perturbadora. — Eu fiz o que qualquer pessoa faria se tivesse um mínimo de decência. Eu matei os filhos da puta. Mas você... você sempre foi tão boa em se esconder, não é mesmo? Fingir que tudo estava bem, que você não estava se afundando no mesmo lamaçal.

     Ela balançou a cabeça, a expressão de incredulidade tomando conta de seu rosto.

      — O que... o que você quer de mim, Gabriella? — a voz dela saiu trêmula, mas ainda havia um resquício de sua arrogância ali. Típico de uma pessoa que não entende o quanto está perdida.

ᴍɪɴʜᴀ ᴅᴇsᴛʀᴜɪçãᴏOnde histórias criam vida. Descubra agora