𝟑𝟎: 𝐓𝐡𝐞 𝐠𝐚𝐭𝐞𝐬 𝐨𝐟 𝐡𝐞𝐥𝐥

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ATO 3: O PARAÍSO

"Toda vez que fecho os meus olhos, é como um paraíso sombrio. Ninguém se compara a você. 

Tenho medo de você, não estar me esperando do outro lado." 

— Lana Del Rey

GABRIELLA HUNTER

Roma, Itália.

03:00 PM.

     O calor abafado do quarto me envolvia enquanto eu estava sobre Kaiden, nossos corpos colados, respirando em um ritmo sincronizado. A umidade no ar tornava tudo mais intenso, e a luz suave que entrava pela janela cobria a cena com um brilho dourado. Ele segurava minha cintura com firmeza, seus dedos deslizando pela minha pele, fazendo meu coração disparar. A sensação da sua mão em mim se assemelhava ao fogo, e a proximidade nos fazia perder a noção do tempo. O mundo lá fora parecia distante, e tudo que eu conseguia pensar era nele.

      — Você está tão linda assim — ele sussurrou, seu olhar profundo e carregado de emoção, e eu me perdi na intensidade do seu olhar.

     Eu sorri, um calor subindo pela minha face ao ouvir suas palavras. Havia algo nas pequenas coisas que ele dizia que sempre conseguia me fazer sentir especial, e naquele momento, eu me sentia mais viva do que nunca.

      Me inclinei mais para perto, sentindo a respiração dele em meu rosto. Os minutos se arrastavam, mas não havia pressa. Era como se estivéssemos em uma bolha, isolados do mundo, apenas nós dois e a conexão que compartilhamos. Então, com um movimento sutil, me aproximei ainda mais, os lábios a poucos centímetros dos dele. Kaiden pareceu hesitar, seu olhar buscando o meu, e a expectativa crescia entre nós.

      — Gabriella... — o jeito como disse meu nome me fez sentir como se ele estivesse segurando meu coração nas mãos.

       Meus lábios tocaram os dele, e o beijo começou suave, mas logo se intensificou, preenchendo o quarto com barulhos libidinosos. Cada toque, cada suspiro, parecia amplificar a intensidade daquele momento A mão dele invadiu minha calça, mas então um pequeno latido interrompeu o momento. Killer entrou no quarto, balançando a cauda com entusiasmo e se enfiando entre nós, como se quisesse nos impedir de prosseguir. Ele olhou para mim com aqueles olhos grandes e brilhantes, como se estivesse se perguntando por que estávamos parados.

     Kaiden riu, afastando-se um pouco e esfregando a cabeça de Killer.

      — Eu acho que ele quer nos lembrar que temos coisas mais importantes em mente — Kaiden comentou, olhando para mim com um sorriso suave, mas logo sua expressão se tornava mais séria. — Gabriella, sobre a missão... é perigosa.

   O peso das suas palavras caiu sobre mim, e a realidade do que estávamos prestes a enfrentar se solidificou ainda mais dentro de mim. Ele se virou completamente, agora mais concentrado no que precisava ser dito.

      — Precisamos estar preparados para tudo. Não é apenas uma simples busca por informações. Estamos lidando com a Nexum. Eles são implacáveis, e já vimos do que são capazes.

      Killer se aninhou aos nossos pés, como se percebesse a tensão no ar.

        — Eu sei — respondi, minha voz baixa, mas determinada. — Não podemos deixar que o medo nos paralise. Precisamos ser mais inteligentes do que eles.

      Kaiden assentiu, sua expressão relaxando um pouco, embora a seriedade ainda estivesse presente. Ele sempre foi racional — na medida certa, e eu admirava isso nele.

ᴍɪɴʜᴀ ᴅᴇsᴛʀᴜɪçãᴏOnde histórias criam vida. Descubra agora